terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Dia Litúrgico: 31 de Dezembro (Dia sétimo da Oitava de Natal) - Evangelho (Jn 1,1-18) - 31.12.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Jn 1,1-18)

No princípio era a Palavra, e a Palavra estava junto de Deus, e a Palavra era Deus. Ela existia, no princípio, junto de Deus. Tudo foi feito por meio dela, e sem ela nada foi feito de tudo o que existe. Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la.

Veio um homem, enviado por Deus; seu nome era João. Ele veio como testemunha, a fim de dar testemunho da luz, para que todos pudessem crer, por meio dele. Não era ele a luz, mas veio para dar testemunho da luz.

Esta era a luz verdadeira, que vindo ao mundo a todos ilumina. Ela estava no mundo, e o mundo foi feito por meio dela, mas o mundo não a reconheceu. Ela veio para o que era seu, mas os seus não a acolheram. A quantos, porém, a acolheram, deu-lhes poder de se tornarem filhos de Deus: são os que crêem no seu nome. Estes foram gerados não do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. E a Palavra se fez carne e veio morar entre nós. Nós vimos a sua glória, glória que recebe do seu Pai como filho único, cheio de graça e de verdade.

João dá testemunho dele e proclama: «Foi dele que eu disse: ‘Aquele que vem depois de mim passou à minha frente, porque antes de mim ele já existia». De sua plenitude todos nós recebemos, graça por graça. Pois a Lei foi dada por meio de Moisés, a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo. Ninguém jamais viu a Deus; o Filho único, que é Deus e está na intimidade do Pai, foi quem o deu a conhecer».

Comentário: Rev. D. David COMPTE i Verdaguer (Manlleu, Barcelona, Espanha)
E a Palavra se fez carne

Hoje é o último dia do ano. Frequentemente, uma mistura de sentimentos —incluso contraditórios— sussurram nos nossos corações nesta data. É como se uma amostra dos diferentes momentos vividos, e dos que gostaríamos de ter vivido, se tornassem presentes na nossa memória. O Evangelho de hoje pode ajudar-nos a decantá-los para podermos começar o novo ano com um empurrão.

«A palavra era Deus (…). Tudo foi feito por meio dela» (Jo 1,1.3). No momento de fazer o balanço do ano, devemos ter presente que cada dia vivido é um dom recebido. Por isso, seja qual for o aproveitamento realizado, hoje devemos agradecer cada minuto do ano.

Mas o dom da vida não é completo. Estamos necessitados. Por isso o Evangelho de hoje aporta-nos uma palavra-chave: “acolher”. «E a Palavra se fez carne» (Jo 1,14). Acolher o próprio Deus! Deus, feito homem, fica ao nosso alcance. “Acolher” significa abrir-lhe as nossas portas, deixar que entre nas nossas vidas, nos nossos projetos, nos atos que enchem as nossas jornadas. Até que ponto acolhemos a Deus e lhe permitimos que entre em nós?

«Esta era a luz verdadeira, que vindo ao mundo a todos ilumina» (Jo 1,9). Acolher a Jesus quer dizer deixar-se guiar por Ele. Deixar que os seus critérios dêem luz tanto aos nossos pensamentos mais íntimos como á nossa atuação social e de trabalho. Que as nossas ações se relacionem com as suas!

«A vida era a luz» (Jo 1,4). Mas a fé é algo mais que uns critérios. É a nossa vida enxertada na Vida. Não é apenas esforço —que também—. É, sobretudo, dom e graça. Vida recebida no seio da Igreja, sobretudo mediante os sacramentos. Que lugar têm eles na minha vida cristã?

«A quantos, porém, a acolheram, deu-lhes poder de se tornarem filhos de Deus» (Jo 1,12). Todo um projeto apaixonante para o ano que vamos estrear!

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Primeira Leitura (1Jo 2,18-21)

Leitura da Primeira Carta de São João.

18Filhinhos, esta é a última hora. Ouvistes dizer que o Anticristo virá. Com efeito, muitos anticristos já apareceram. Por isso, sabemos que chegou a última hora. 19Eles saíram do nosso meio, mas não eram dos nossos, pois se fossem realmente dos nossos, teriam permanecido conosco.

Mas era necessário ficar claro que nem todos são dos nossos. 20Vós já recebestes a unção do Santo, e todos tendes conhecimento. 21Se eu vos escrevi, não é porque ignorais a verdade, mas porque a conheceis, e porque nenhuma mentira provém da verdade.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório (Sl 95)

— O céu se rejubile e exulte a terra!

— O céu se rejubile e exulte a terra!

— Cantai ao Senhor Deus um canto novo, cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! Cantai e bendizei seu santo nome! Dia após dia anunciai sua salvação.

— O céu se rejubile e exulte a terra, aplauda o mar com o que vive em suas águas; os campos com seus frutos rejubilem e exultem as florestas e as matas.

— Na presença do Senhor, pois ele vem, porque vem para julgar a terra inteira. Governará o mundo todo com justiça, e os povos julgará com lealdade.

domingo, 28 de dezembro de 2014

Dia Litúrgico: 30 de Dezembro (Sexto dia da Oitava do Natal) - Evangelho (Lc 2,36-40) - 30.12.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Lc 2,36-40)

Havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Ela era de idade avançada. Quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido. Depois ficara viúva e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do templo; dia e noite servia a Deus com jejuns e orações. Naquela hora, Ana chegou e se pôs a louvar Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém.

Depois de cumprirem tudo conforme a Lei do Senhor, eles voltaram para Nazaré, sua cidade, na Galiléia. O menino foi crescendo, ficando forte e cheio de sabedoria. A graça de Deus estava com ele.

Comentário: Rev. D. Joaquim FLURIACH i Domínguez (St. Esteve de P., Barcelona, Espanha)
Se pôs a louvar Deus e a falar do menino a todos

Hoje, José e Maria acabam de celebrar o rito da apresentação do primogênito, Jesus, no Templo de Jerusalém. Maria e José não se poupam para cumprir detalhadamente tudo o que a Lei prescreve, porque cumprir aquilo que Deus quer é sinal de fidelidade, de amor a Deus.

Desde que nasceu o seu filho —e filho de Deus —, José e Maria experimentam maravilha atrás de maravilha: os pastores, os magos do Oriente, anjos… Não somente acontecimentos exteriores extraordinários, mas também interiores, no coração das pessoas que têm algum contato com este Menino.

Hoje, aparece Ana, uma senhora de idade, viúva, que num determinado momento tomou a decisão de dedicar toda a sua vida ao Senhor, com jejuns e oração. Não nos equivocamos se dissermos que esta mulher era uma das “virgens prudentes” da parábola do Senhor (cf. Mt 25,1-13): zelando sempre fielmente por tudo o que lhe parece ser a vontade de Deus. E, é claro: quando chega o momento, o Senhor encontra-a preparada. Todo o tempo que dedicou ao Senhor é recompensado com juros por aquele Menino. — Perguntai-lhe, perguntai a Ana se valeu a pena tanta oração e tanto jejum, tanta generosidade!

Diz o texto que «louvava Deus e falava do Menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém» (Lc 2,38). A alegria transforma-se em apostolado determinado: ela é o motivo e a raiz. O Senhor é imensamente generoso com os que são generosos com Ele.

Jesus, Deus Encarnado, vive a vida de Família em Nazaré, como todas as famílias: crescer, trabalhar, aprender, rezar, brincar… “Santa normalidade”, bendita rotina onde crescem e se fortalecem, quase sem dar por isso, as almas dos homens de Deus! Como são importantes as coisas pequenas de cada dia!

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Primeira Leitura (1Jo 2,12-17)

Leitura da Primeira Carta de São João.

12Eu vos escrevo, filhinhos: os vossos pecados foram perdoados por meio do seu nome. 13Eu vos escrevo, pais: vós conheceis aquele que é desde o princípio. Eu vos escrevo, jovens: vós vencestes o maligno.

14Já vos escrevi, filhinhos: vós conheceis o Pai. Já vos escrevi, jovens: vós sois fortes, a Palavra de Deus permanece em vós e vencestes o Maligno. 15Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, não está nele o amor do Pai. 16Porque tudo o que há no mundo – as paixões da natureza, a concupiscência dos olhos e a ostentação da riqueza – não vem do Pai, mas do mundo.

17Ora, o mundo passa, e também a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório (Sl 95)

— O céu se rejubile e exulte a terra!

— O céu se rejubile e exulte a terra!

— Ó família das nações, dai ao Senhor, ó nações, dai ao Senhor poder e glória, dai-lhe a glória que é devida ao seu nome!

— Oferecei um sacrifício nos seus átrios, adorai-o no esplendor da santidade, terra inteira, estremecei diante dele!

— Publicai entre as nações: Reina o Senhor! Ele firmou o universo inabalável, e os povos ele julga com justiça.

Dia Litúrgico: 29 de Dezembro (Quinto dia da Oitava do Natal) - Evangelho (Lc 2,22-35) - 29.12.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Lc 2,22-35)

E quando se completaram os dias da purificação, segundo a lei de Moisés, levaram o menino a Jerusalém para apresentá-lo ao Senhor, conforme está escrito na Lei do Senhor: «Todo primogênito do sexo masculino será consagrado ao Senhor”. Para tanto, deviam oferecer em sacrifício um par de rolas ou dois pombinhos, como está escrito na Lei do Senhor.

Ora, em Jerusalém vivia um homem piedoso e justo, chamado Simeão, que esperava a consolação de Israel. O Espírito do Senhor estava com ele. Pelo próprio Espírito Santo, ele teve uma revelação divina de que não morreria sem ver o Ungido do Senhor. Movido pelo Espírito, foi ao templo. Quando os pais levaram o menino Jesus ao templo para cumprirem as disposições da Lei, Simeão tomou-o nos braços e louvou a Deus, dizendo: «Agora, Senhor, segundo a tua promessa, deixas teu servo ir em paz, porque meus olhos viram a tua salvação, que preparaste diante de todos os povos: luz para iluminar as nações e glória de Israel, teu povo».

O pai e a mãe ficavam admirados com aquilo que diziam do menino. Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe: «Este menino será causa de queda e de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição — e a ti, uma espada traspassará tua alma! — e assim serão revelados os pensamentos de muitos corações».

Comentário: Chanoine Dr. Daniel MEYNEN (Saint Aubain, Namur, Blgica)
Agora, Senhor, deixas (...) teu servo ir em paz, porque meus olhos viram a tua salvação

Hoje, 29 de dezembro, celebramos o santo Rei Davi. Mas, é a toda a família de Davi que a Igreja quer honrar e especialmente ao mais ilustre de todos eles: a Jesus, o Filho de Deus, Filho de Davi! Hoje, nesse eterno “hoje” do Filho de Deus, a Antiga Aliança do tempo do Rei Davi realiza-se e cumpre-se em toda sua plenitude. Pois, como relata o Evangelho de hoje, o Menino Jesus é apresentado ao Templo por seus pais para cumprir com a Antiga Lei: «E quando se completaram os dias da purificação, segundo a lei de Moisés, levaram o menino a Jerusalém para apresentá-lo ao Senhor, conforme está escrito na Lei do Senhor: Todo primogênito do sexo masculino será consagrado ao Senhor (Lc 2,22-23).

Hoje, eclipsa-se a velha profecia para dar passo à nova: Aquele, a quem o Rei Davi tinha anunciado ao entonar seus salmos messiânicos, entrou por fim no Templo de Deus! Hoje é o grande dia em que aquele que São Lucas chama Simeão logo abandonará este mundo de obscuridade para entrar na visão da Luz eterna: «Agora, Senhor, segundo a tua promessa, deixas teu servo ir em paz, porque meus olhos viram a tua salvação, que preparaste diante de todos os povos: luz para iluminar as nações e glória de Israel, teu povo» (Lc 2,29-32).

Também nós, que somos o Santuário de Deus em que seu Espírito habita (cf. 1Cor 3,16), devemos ficar atentos para receber a Jesus no nosso interior. Se hoje temos a fortuna de comungar, peçamos a Maria, a Mãe de Deus que interceda por nós ante seu Filho: que morra o homem velho e que novo homem (cf) Col 3,10) nasça em todo nosso ser, a fim de converter-nos nos novos profetas, os que anunciem ao mundo inteiro a presença de Deus três vezes, Pai, Filho e Espírito Santo!

Como Simão, sejamos profetas pela morte do “homem velho”! Como disse o Papa João Paulo II «a plenitude do Espírito de Deus vem acompanhada (...) antes que nada pela disponibilidade interior que provém da fé. Disso, o ancião Simeão “homem justo e piedoso”, teve a intuição no momento da apresentação de Jesus no Templo».

Comentário: Rev. D. Joaquim MONRÓS i Guitart (Tarragona, Espanha)
Meus olhos viram a tua salvação

Hoje, contemplamos a Apresentação do Menino Jesus no Templo, cumprindo a prescrição da Lei de Moisés: purificação da mãe e apresentação e resgate do primogénito.

São Josemaria descreve esta situação no quarto mistério gozoso do seu livro O Santo Rosário, convidando-nos a fazer parte da cena: «E desta vez, meu amigo, hás-de ser tu a levar a gaiola das rolas. – Estás a ver? Ela – a Imaculada! – submete-se à Lei como se estivesse imunda. Aprenderás com este exemplo, menino tonto, a cumprir a Santa Lei de Deus, apesar de todos os sacrifícios pessoais?

«Purificação! Tu e eu, sim, que realmente precisamos de purificação! – Expiação e, além da expiação, o Amor. – Um amor que seja cautério: que abrase a sujidade da nossa alma, que incendeie, com chamas divinas, a miséria do nosso coração».

Vale a pena aproveitar o exemplo de Maria para “limpar” a nossa alma neste tempo do Natal, fazendo uma confissão sacramental sincera, para poder receber o Senhor com as melhores disposições. Assim, José apresenta a oferenda de um par de rolas, mas oferece principalmente a sua capacidade de realizar, com o seu trabalho e com o seu amor castíssimo, o plano de Deus para a Sagrada Família, modelo de todas as famílias.

Simeão recebeu do Espírito Santo a revelação de que não morreria sem ver Cristo. Vai ao Templo e, ao receber o Messias nos seus braços, cheio de alegria, diz-lhe: «Agora, Senhor, segundo a tua promessa, deixas teu servo ir em paz, porque meus olhos viram a tua salvação» (Lc 2,29-30). Neste Natal, contemplemos, com olhos de fé, Jesus que vem salvar-nos com o seu nascimento. Assim como Simeão entoou um cântico de ação de graças, alegremo-nos cantando diante do presépio, em família, e no nosso coração, pois sabemo-nos salvos pelo Menino Jesus.

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Primeira Leitura (1Jo 2,3-11)

Leitura da Primeira Carta de São João.

Caríssimos, 3para saber que conhecemos Jesus, vejamos se guardamos os seus mandamentos. 4Quem diz: “Eu conheço a Deus”, mas não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e a verdade não está nele. 5Naquele, porém, que guarda a sua palavra, o amor de Deus é plenamente realizado. O critério para sabermos se estamos com Jesus é este: 6quem diz que permanece nele, deve também proceder como ele procedeu.

7Caríssimos, não vos comunico um mandamento novo, mas um mandamento antigo, que recebestes desde o início; este mandamento antigo é a palavra que ouvistes. 8No entanto, o que vos escrevo é um mandamento novo – que é verdadeiro nele e em vós – pois que as trevas passam e já brilha a luz verdadeira. 9Aquele que diz estar na luz, mas odeia o seu irmão, ainda está nas trevas. 10O que ama o seu irmão permanece na luz e não corre perigo de tropeçar. 11Mas o que odeia o seu irmão está nas trevas, caminha nas trevas, e não sabe aonde vai, porque as trevas ofuscaram os seus olhos.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório (Sl 95)

— O céu se rejubile e exulte a terra!

— O céu se rejubile e exulte a terra!

— Cantai ao Senhor Deus um canto novo, cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! Cantai e bendizei seu santo nome!

— Dia após dia anunciai sua salvação, manifestai a sua glória entre as nações, e entre os povos do universo seus prodígios!

— Foi o Senhor e nosso Deus quem fez os céus: diante dele vão a glória e a majestade, e o seu templo, que beleza e esplendor!

sábado, 27 de dezembro de 2014

Dia Litúrgico: A Sagrada Família (B) - Evangelho (Lc 2,22-40) - 28.12.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Lc 2,22-40)

E quando se completaram os dias da purificação, segundo a lei de Moisés, levaram o menino a Jerusalém para apresentá-lo ao Senhor, conforme está escrito na Lei do Senhor:«Todo primogênito do sexo masculino será consagrado ao Senhor». Para tanto, deviam oferecer em sacrifício um par de rolas ou dois pombinhos, como está escrito na Lei do Senhor.

Ora, em Jerusalém vivia um homem piedoso e justo, chamado Simeão, que esperava a consolação de Israel. O Espírito do Senhor estava com ele. Pelo próprio Espírito Santo, ele teve uma revelação divina de que não morreria sem ver o Ungido do Senhor. Movido pelo Espírito, foi ao templo. Quando os pais levaram o menino Jesus ao templo para cumprirem as disposições da Lei, Simeão tomou-o nos braços e louvou a Deus, dizendo: «Agora, Senhor, segundo a tua promessa, deixas teu servo ir em paz, porque meus olhos viram a tua salvação, que preparaste diante de todos os povos: luz para iluminar as nações e glória de Israel, teu povo». O pai e a mãe ficavam admirados com aquilo que diziam do menino. Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe: «Este menino será causa de queda e de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição —e a ti, uma espada traspassará tua alma!— e assim serão revelados os pensamentos de muitos corações».

Havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Ela era de idade avançada. Quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido. Depois ficara viúva e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do templo; dia e noite servia a Deus com jejuns e orações. Naquela hora, Ana chegou e se pôs a louvar Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. Depois de cumprirem tudo conforme a Lei do Senhor, eles voltaram para Nazaré, sua cidade, na Galiléia. O menino foi crescendo, ficando forte e cheio de sabedoria. A graça de Deus estava com ele.
Comentário: Rev. D. Joan Ant. MATEO i García (La Fuliola, Lleida, Espanha)
Levaram o menino a Jerusalém para apresentá-lo ao Senhor

Hoje, celebramos a festa da Sagrada Família. O nosso olhar vira-se para o centro de Belém —Jesus— para contemplar perto Dele a Maria e a José. O filho eterno do Pai passa da família eterna, que é a Santíssima Trindade, à família terrena formada por Maria e José. Como deve ser importante a família aos olhos de Deus quando a primeira coisa que procura para o seu Filho é uma família!

João Paulo II, na sua Carta apostólica O Rosário da Virgem Maria, voltou a destacar a importância capital que tem a família como fundamento da Igreja e da sociedade humana e pediu-nos que rezássemos pela família e que rezássemos em família o Santo Rosário para revitalizarmos essa instituição. Se a família estiver bem, a sociedade e a Igreja estarão bem.

O Evangelho de hoje diz-nos que o Menino crescia e se fortalecia, enchendo-se de sabedoria. Jesus encontrou o calor de uma família que se ia construindo através das suas reciprocas relações de amor. Que bonito e proveitoso seria se nos esforçássemos mais e mais por construir a nossa família!: com espírito de serviço e de oração, com amor mutuo, com uma grande capacidade de compreender e de perdoar. Gostaríamos —como na casa de Nazareth— o céu e a terra! Construir a família é hoje uma das tarefas mais urgentes. Os pais, como recordava o Concilio Vaticano II, tem aí um papel insubstituível: «É dever dos pais criar um ambiente de família animado pelo amor e pela piedade para com Deus e para com os homens, e que favoreça uma educação integra a nível pessoal e social dos seus filhos». Na família aprende-se o mais importante: a ser pessoas.

Por fim, falar de família para os cristãos é falar da Igreja. O Evangelista S. Lucas diz-nos que os pais de Jesus o levaram a Jerusalém para apresentá-lo ao Senhor. Aquela oferenda era a figura da oferenda sacrificial de Jesus ao Pai, fruto da qual nascemos cristãos. Considerar esta gozosa realidade nos abrirá a uma maior fraternidade e nos levará a amar mais a Igreja.

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Primeira Leitura (Eclo 3,3-7.14-17a)

Leitura do Livro do Eclesiástico:

3Deus honra o pai nos filhos e confirma, sobre eles, a autoridade da mãe.

4Quem honra o seu pai, alcança o perdão dos pecados; evita cometê-los e será ouvido na oração cotidiana. 5Quem respeita a sua mãe é como alguém que ajunta tesouros. 6Quem honra o seu pai, terá alegria com seus próprios filhos; e, no dia em que orar, será atendido. 7Quem respeita o seu pai, terá vida longa, e quem obedece ao pai é o consolo da sua mãe.

14Meu filho, ampara o teu pai na velhice e não lhe causes desgosto enquanto ele vive. 15Mesmo que ele esteja perdendo a lucidez, procura ser compreensivo para com ele; não o humilhes, em nenhum dos dias de sua vida: a caridade feita ao teu pai não será esquecida, 16mas servirá para reparar os teus pecados 17ae, na justiça, será para tua edificação.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório (Sl 127)

— Felizes os que temem o Senhor e trilham seus caminhos!

— Felizes os que temem o Senhor e trilham seus caminhos!

— Feliz és tu, se temes o Senhor/ e trilhas seus caminhos!/ Do trabalho de tuas mãos hás de viver,/ serás feliz, tudo irá bem!

— A tua esposa é uma videira bem fecunda/ no coração da tua casa;/ os teus filhos são rebentos de oliveira/ ao redor de tua mesa.

— Será assim abençoado todo homem/ que teme o Senhor./ O Senhor te abençoe de Sião,/ cada dia de tua vida.


Segunda Leitura (Cl 3,12-21)

Leitura da Carta de São Paulo aos Colossenses:

Irmãos: 12Vós sois amados por Deus, sois os seus santos eleitos. Por isso, revesti-vos de sincera misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência, 13suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos mutuamente, se um tiver queixa contra o outro. Como o Senhor vos perdoou, assim perdoai vós também. 14Mas, sobretudo, amai-vos uns aos outros, pois o amor é o vínculo da perfeição.

15Que a paz reine em vossos corações, à qual fostes chamados como membros de um só corpo. E sede agradecidos.

16Que a palavra de Cristo, com toda a sua riqueza, habite em vós. Ensinai e admoestai-vos uns aos outros com toda a sabedoria. Do fundo dos vossos corações, cantai a Deus salmos, hinos e cânticos espirituais, em ação de graças.

17Tudo o que fizerdes, em palavras ou obras, seja feito em nome do Senhor Jesus Cristo. Por meio dele dai graças a Deus, o Pai.

18Esposas, sede solícitas para com vossos maridos, como convém, no Senhor.

19Maridos, amai vossas esposas e não sejais grosseiros com elas. 20Filhos, obedecei em tudo aos vossos pais, pois isso é bom e correto no Senhor. 21Pais, não intimideis os vossos filhos, para que eles não desanimem.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Dia Litúrgico: 27 de Dezembro: São João, apóstolo e evangelista - Evangelho (Jn 20,2-8) - 27.12.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Jn 20,2-8)

Maria Madalena saiu correndo e foi se encontrar com Simão Pedro e com o outro discípulo, aquele que Jesus mais amava. Disse-lhes: «Tiraram o Senhor do túmulo e não sabemos onde o colocaram». Pedro e o outro discípulo saíram e foram ao túmulo. Os dois corriam juntos, e o outro discípulo correu mais depressa, chegando primeiro ao túmulo. Inclinando-se, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou. Simão Pedro, que vinha seguindo, chegou também e entrou no túmulo. Ele observou as faixas de linho no chão, e o pano que tinha coberto a cabeça de Jesus: este pano não estava com as faixas, mas enrolado num lugar à parte. O outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo, entrou também, viu e creu.

Comentário: Rev. D. Manel VALLS i Serra (Barcelona, Espanha)
Viu e creu

Hoje, a liturgia celebra a solenidade de são João, apóstolo e evangelista. Ao dia seguinte de Natal, a Igreja celebra a festa do primeiro mártir da fé cristã: são Estevão. E ao dia seguinte, a festa de são João, aquele que melhor e mais profundamente penetra no mistério do Verbo encarnado, o primeiro "teólogo" e modelo de tudo verdadeiro “teólogo”. A passagem do seu Evangelho que hoje se propõe ajuda-nos a contemplar o Natal desde a perspectiva da Ressurreição do Senhor. Por isso, João, ao chegar até o túmulo vazio, «viu e creu» (Jo 20,8). Confiados na testemunha dos Apóstolos, nos vemos movidos em cada Natal a "ver" e "crer".

Cada um pode reviver esses "ver" e "crer" a propósito do nascimento de Jesus, o Verbo encarnado. João movido pela intuição do seu coração —e, deveríamos acrescentar pela "graça"— "vê mais além do que seus olhos naquele momento podem contemplar. Na realidade, se ele crê, vê sem "ter visto" ainda a Cristo, com o qual já tem implícita a louvação para aqueles que «não viram, e creram!» (Jo 20,29), com o qual acaba o capítulo do seu Evangelho.

Pedro e João "correm" juntos até o túmulo, mais o texto nos diz que João «o outro discípulo correu mais depressa, chegando primeiro ao túmulo» (Jo 20,4). Parece como se João desejasse mais estar ao lado de Aquele que amava —Cristo— do que estar fisicamente ao lado de Pedro, ante o qual, porém —com um gesto de esperá-lo e que seja ele quem entre primeiro ao túmulo— demonstra que é Pedro quem tem a primazia no Colégio Apostólico. Com tudo, o coração ardente, cheio de zelo, fervoroso de amor por João, é o que o leva a "correr" e "avançar", convidando-nos a viver igualmente a nossa fé com este desejo ardente de encontrar ao Ressuscitado.

Fonte © evangeli.net M&M Euroeditors |



Primeira Leitura (1Jo 1,1-4)

Leitura da Primeira Carta de São João.

1Caríssimos, o que era desde o princípio, o que nós ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e as nossas mãos tocaram da Palavra da Vida – 2de fato, a Vida manifestou-se e nós a vimos, e somos testemunhas, e a vós anunciamos a Vida eterna, que estava junto do Pai e que se tornou visível para nós –; 3isso que vimos e ouvimos, nós vos anunciamos, para que estejais em comunhão conosco. E a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo. 4Nós vos escrevemos estas coisas para que a nossa alegria fique completa.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório (Sl 96)

— Ó justos, alegrai-vos no Senhor!

— Ó justos, alegrai-vos no Senhor!

— Deus é Rei! Exulte a terra de alegria, e as ilhas numerosas rejubilem! Treva e nuvem o rodeiam no seu trono, que se apoia na justiça e no direito.

— As montanhas se derretem como cera ante a face do Senhor de toda a terra; e assim proclama o céu sua justiça, todos os povos podem ver a sua glória.

— Uma luz já se levanta para os justos, e a alegria, para os retos corações. Homens justos, alegrai-vos no Senhor, celebrai e bendizei seu Santo nome!

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Dia Litúrgico: 26 de Dezembro: São Estevão, promártir - Evangelho (Mt 10,17-22) - 26.12.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Mt 10,17-22)

Naquele tempo, Jesus disse aos Apóstolos: «Cuidado com as pessoas, pois vos entregarão aos tribunais e vos açoitarão nas suas sinagogas. Por minha causa, sereis levados diante de governadores e reis, de modo que dareis testemunho diante deles e diante dos pagãos. Quando vos entregarem, não vos preocupeis em como ou o que falar. Naquele momento vos será dado o que falar, pois não sereis vós que falareis, mas o Espírito do vosso Pai falará em vós. O irmão entregará à morte o próprio irmão; o pai entregará o filho; os filhos se levantarão contra seus pais e os matarão. Sereis odiados por todos, por causa do meu nome. Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo».

Comentário: + Pe. Joan BUSQUETS i Masana (Sabadell, Barcelona, Espanha)
Vos entregarão aos tribunais e vos açoitarão

Hoje, a Igreja celebra a festa do seu primeiro mártir, o diácono São Estevão. O Evangelho, às vezes, parece desconcertante. Ontem transmitia-nos sentimentos de gozo e de alegria pelo Nascimento do Menino Jesus: «Os pastores retiraram-se, louvando e glorificando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, de acordo com o que lhes tinha sido dito»(Lc 2,20). Hoje parece como se quisera-nos pôr sob aviso perante os perigos: «Cuidado com as pessoas, pois vos entregarão aos tribunais e vos açoitarão nas suas sinagogas» (Mt 10, 17). É que aqueles que queiram ser testemunhos, como os pastores na alegria do Nascimento, devem ser valentes como Estevão no momento de proclamar a Morte e Ressurreição de aquele Menino que tinha nele a Vida.

O mesmo Espirito que cobriu com sua sombra a Maria, a Mãe virgem, para que fosse possível a realização do plano de Deus de salvar aos homens; o mesmo Espirito que posou sob os Apóstolos para que saíssem do seu esconderijo e difundiram a Boa Nova —o Evangelho— pelo mundo todo, é o que dá forças àquele menino que discutia com os da sinagoga e perante o que «não podiam resistir à sabedoria e ao Espirito com que falava» (Fts 6,10).

Era um mártir na vida. Mártir significa “testemunho”. E foi também mártir por sua morte. Em vida teve em consideração as palavras do Mestre: «Quando vos entregarem, não vos preocupeis em como ou o que falar. Naquele momento vos será dado o que falar» (Mt 10,19). «Cheio do Espírito Santo, Estêvão olhou para o céu e viu a glória de Deus; e viu também Jesus, de pé, à direita de Deus».(Ats.7,55). Estevão o viu e disse. Se o cristão hoje é um testemunho de Jesus Cristo, o que viu com os olhos da fé o vai dizer sem medo com as palavras mais compreensíveis, quer dizer, com fatos, com obras.

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Primeira Leitura (At 6,8-10;7,54-59)

Leitura dos Atos dos Apóstolos.

8Naqueles dias, Estêvão, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. 9Mas alguns membros da chamada Sinagoga dos Libertos, junto com cirenenses e alexandrinos, e alguns da Cilícia e da Ásia, começaram a discutir com Estêvão. 10Porém, não conseguiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que ele falava.

7,54Ao ouvir essas palavras, eles ficaram enfurecidos e rangeram os dentes contra Estêvão. 55Estêvão, cheio do Espírito Santo, olhou para o céu e viu a glória de Deus e Jesus, de pé, à direita de Deus. 56E disse: “Estou vendo o céu aberto, e o Filho do Homem, de pé, à direita de Deus”. 57Mas eles, dando grandes gritos e, tapando os ouvidos, avançaram todos juntos contra Estêvão; 58arrastaram-no para fora da cidade e começaram a apedrejá-lo. As testemunhas deixaram suas vestes aos pés de um jovem, chamado Saulo. 59Enquanto o apedrejavam, Estêvão clamou dizendo: “Senhor Jesus, acolhe o meu espírito”.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório (Sl 30)

— Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.

— Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.

— Sede uma rocha protetora para mim, um abrigo bem seguro que me salve! Sim, sois vós a minha rocha e fortaleza; por vossa honra orientai-me e conduzi-me!

— Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, porque vós me salvareis, ó Deus fiel! Vosso amor me faz saltar de alegria, pois olhastes para as minhas aflições.

— Eu entrego em vossas mãos o meu destino; libertai-me do inimigo e do opressor! Mostrai serena a vossa face ao vosso servo, e salvai-me pela vossa compaixão!

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Dia Litúrgico: A Natividade do Senhor ( Missa da Meia Noite) - Evangelho (Lc 2,1-14) - 25.12.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Lc 2,1-14)

En ces jours-là, parut un édit de l'empereur Auguste, ordonnant de recenser toute la terre —ce premier recensement eut lieu lorsque Quirinius était gouverneur de Syrie—. Et chacun allait se faire inscrire dans sa ville d'origine. Joseph, lui aussi, quitta la ville de Nazareth en Galilée, pour monter en Judée, à la ville de David appelée Bethléem, car il était de la maison et de la descendance de David. Il venait se faire inscrire avec Marie, son épouse, qui était enceinte. Or, pendant qu'ils étaient là, arrivèrent les jours où elle devait enfanter. Et elle mit au monde son fils premier-né; elle l'emmaillota et le coucha dans une mangeoire, car il n'y avait pas de place pour eux dans la salle commune.

Dans les environs se trouvaient des bergers qui passaient la nuit dans les champs pour garder leurs troupeaux. L'ange du Seigneur s'approcha, et la gloire du Seigneur les enveloppa de sa lumière. Ils furent saisis d'une grande crainte, mais l'ange leur dit: «Ne craignez pas, car voici que je viens vous annoncer une bonne nouvelle, une grande joie pour tout le peuple: aujourd'hui vous est né un Sauveur, dans la ville de David. Il est le Messie, le Seigneur. Et voilà le signe qui vous est donné: vous trouverez un nouveau-né emmailloté et couché dans une mangeoire». Et soudain, il y eut avec l'ange une troupe céleste innombrable, qui louait Dieu en disant: «Gloire à Dieu au plus haut des cieux, et paix sur la terre aux hommes qu'il aime».

Comentário: Mons. Jaume PUJOL i Balcells Arcebispo de Tarragona e Primaz de Catalunha (Tarragona, Espanha)
E a Palavra se fez carne e veio morar entre nós (Jo 1,14)

Hoje, com a simplicidade das crianças, consideramos o grande mistério de nossa fé. O nascimento de Jesus marca a chegada da “plenitude dos tempos”. Desde o pecado de nossos primeiros pais, a linhagem humana se havia afastado do Criador. Mas Deus, compadecido de nossa triste situação, enviou o seu Filho eterno, nascido da Virgem Maria, para resgatar-nos da escravidão do pecado.

O apóstolo João o explica usando expressões de grande profundidade teológica: «No principio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus.» (Jo 1,1). João chama “Palavra” ao Filho de Deus, a segunda pessoa da Santíssima Trindade. E Complementa: «E o verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos sua glória, a glória que o filho único recebe do seu pai, cheio de graça e de verdade» (Jo 1,14).

Isto é o que celebramos hoje, por isso fazemos festa. Maravilhados, contemplamos Jesus acabado de nascer. É um recém nascido… E, ao mesmo tempo, Deus onipotente; sem deixar de ser Deus, agora é também um de nós.

Veio à terra para devolver-nos a condição de filhos de Deus. Mas é necessário que cada um acolha em seu interior a salvação que Ele nos oferece. Tal como explica São João, «Mas a todos aqueles que o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus» (Jo 1,12). Filhos de Deus! Ficamos admirados ante este mistério inefável: «O Filho de Deus se fez filho do homem para fazer aos homens filhos de Deus» (São João Crisóstomo).

Acolhamos Jesus, busquemos: somente Nele encontraremos a salvação, a verdadeira solução para nossos problemas; só Ele dá o último sentido da vida e das contrariedades e da dor. Por isto, hoje lhes proponho: vamos ler mais o Evangelho, vamos meditá-lo; vamos procurar viver verdadeiramente de acordo com os ensinamentos de Jesus, ele Filho de Deus que veio a nós. E então veremos como será verdade que, entre todos, faremos um mundo melhor.

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Primeira Leitura(Is 52,7-10)

Leitura do Livro do Profeta Isaías:

7Como são belos, andando sobre os montes, os pés de quem anuncia e prega a paz, de quem anuncia o bem e prega a salvação, e diz a Sião: “Reina teu Deus!” 8Ouve-se a voz de teus vigias, eles levantam a voz, estão exultantes de alegria, sabem que verão com os próprios olhos o Senhor voltar a Sião.

9Alegrai-vos e exultai ao mesmo tempo, ó ruínas de Jerusalém, o Senhor consolou seu povo e resgatou Jerusalém. 10O Senhor desnudou seu santo braço aos olhos de todas as nações; todos os confins da terra hão de ver a salvação que vem do nosso Deus.




- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório (Sl 97)



— Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus.

— Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus.



— Cantai ao Senhor Deus um canto novo,/ porque ele fez prodígios!/ Sua mão e o seu braço forte e santo/ alcançaram-lhe a vitória.

— O Senhor fez conhecer a salvação,/ e às nações, sua justiça;/ recordou o seu amor sempre fiel/ pela casa de Israel.

— Os confins do universo contemplaram/ a salvação do nosso Deus./ Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira,/ alegrai-vos e exultai!

— Cantai salmos ao Senhor ao som da harpa/ e da cítara suave!/ Aclamai, com os clarins e as trombetas,/ ao Senhor, o nosso Rei!



Segunda Leitura (Hb 1,1-6) 

Leitura da Carta aos Hebreus:

1Muitas vezes e de muitos modos falou Deus outrora aos nossos pais, pelos profetas; 2nestes dias, que são os últimos, ele nos falou por meio do Filho, a quem ele constituiu herdeiro de todas as coisas e pelo qual também ele criou o universo.

3Este é o esplendor da glória do Pai, a expressão do seu ser. Ele sustenta o universo com o poder de sua palavra. Tendo feito a purificação dos pecados, ele sentou-se à direita da majestade divina, nas alturas. 4Ele foi colocado tanto acima dos anjos quanto o nome que ele herdou supera o nome deles.

5De fato, a qual dos anjos Deus disse alguma vez: “Tu és o meu Filho, eu hoje te gerei?” Ou ainda: “Eu serei para ele um Pai e ele será para mim um Filho?”

6Mas, quando faz entrar o Primogênito no mundo, Deus diz: “Todos os anjos devem adorá-lo!”


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Dia Litúrgico: Feira privilegiada do Advento: 24 de Dezembro - Evangelho (Lc 1,67-79) - 24.12.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Lc 1,67-79)

Naquele tempo, Zacarias, seu pai, cheio do Espírito Santo, profetizou dizendo: «Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e libertou o seu povo. Ele fez surgir para nós um poderoso salvador na casa de Davi, seu servo, assim como tinha prometido desde os tempos antigos, pela boca dos seus santos profetas: de salvar-nos dos nossos inimigos e da mão de quantos nos odeiam. Ele foi misericordioso com nossos pais: recordou-se de sua santa aliança, e do juramento que fez a nosso pai Abraão, de nos conceder que, sem medo e livres dos inimigos, nós o sirvamos, com santidade e justiça, em sua presença, todos os dias de nossa vida. E tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque irás à frente do Senhor, preparando os seus caminhos, dando a conhecer a seu povo a salvação, com o perdão dos pecados, graças ao coração misericordioso de nosso Deus, que envia o sol nascente do alto para nos visitar, para iluminar os que estão nas trevas, na sombra da morte, e dirigir nossos passos no caminho da paz».

Comentário: Rev. D. Ignasi FABREGAT i Torrents (Terrassa, Barcelona, Espanha)
Que envia o sol nascente do alto para nos visitar, para iluminar os que estão nas trevas

Hoje, o Evangelho recolhe o cântico de louvor de Zacarias após o nascimento do seu filho. Na primeira parte, o pai de João dá graças a Deus, na segunda parte os seus olhos voltam-se para o futuro. Todo ele propaga alegria e esperança ao reconhecer a ação salvadora de Deus para com Israel, que culmina na vinda do próprio Deus encarnado, preparada pelo filho de Zacarias.

Já sabemos que Zacarias tinha sido castigado por Deus devido à sua incredulidade. Porém, agora quando a ação divina se manifesta totalmente na sua própria carne – pois recupera a fala — exclama aquilo que até então não podia dizer senão com o coração; e certamente que o dizia: «Bendito seja o Senhor, Deus de Israel … (Lc 1,68). Quantas vezes vemos as coisas de forma obscura, negativa, pessimista! Se tivéssemos a visão sobrenatural que Zacarias demonstra no Canto do Benedictus, viveríamos permanentemente com alegria e esperança.

«O Senhor está próximo; o Senhor já está aqui!» O pai do Percursor está consciente de que a vinda do Messias é, acima de tudo, luz. Uma luz que ilumina os que vivem na obscuridade, nas sombras da morte, ou seja, nós próprios! Oxalá nos demos conta, com plena consciência, de que o Menino Jesus vem iluminar as nossas vidas, vem guiar-nos, assinalar-nos por onde devemos andar…! Oxalá nos deixemos guiar pelas suas inspirações, por aquela esperança que nos transmite!

Jesus é o «Senhor» (cf. Lc 1,68.76), mas também é o «Salvador» (cf. Lc 1,69). Estas duas confissões (atribuições) que Zacarias faz a Deus, tão próximas da Noite de Natal, sempre me surpreenderam, porque são exatamente as mesmas que o Anjo do Senhor atribuirá a Jesus no anúncio aos pastores e que podemos escutar com emoção logo à noite na Missa da Meia Noite. É que quem nasce é Deus!

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Primeira Leitura (2Sm 7,1-5.8b-12.14a.16)


Leitura do Segundo Livro de Samuel.

1Tendo-se o rei Davi instalado já em sua casa e tendo-lhe o Senhor dado a paz, livrando-o de todos os seus inimigos, 2ele disse ao profeta Natã: “Vê: eu resido num palácio de Cedro, e a arca de Deus está alojada numa tenda!”

3Natã respondeu ao rei: “Vai e faze tudo o que diz o teu coração, pois o Senhor está contigo”. 4Mas naquela mesma noite, a palavra do Senhor foi dirigida a Natã nestes termos: 5“Vai dizer ao meu servo Davi: Assim fala o Senhor: Porventura és tu que me construirá uma casa para eu habitar? 8bFui eu que te tirei do pastoreio, do meio das ovelhas, para que fosses o chefe do meu povo, Israel. 9Estive contigo em toda a parte por onde andaste, e exterminei diante de ti todos os teus inimigos, fazendo o teu nome tão célebre quanto o dos homens mais famosos da terra.

10Vou preparar um lugar para o meu povo, Israel: eu o implantarei, de modo que possa morar lá sem jamais ser inquietado. Os homens violentos não tornarão a oprimi-lo como outrora, 11no tempo em que eu estabelecia juízes sobre o meu povo, Israel. Concedo-te uma vida tranquila, livrando-te de todos os teus inimigos.

E o Senhor te anuncia que te fará uma casa. 12Quando chegar o fim dos teus dias e repousares com teus pais, então, suscitarei, depois de ti, um filho teu, e confirmarei a sua realeza. 14aEu serei para ele um pai e ele será para mim um filho. 16Tua casa e teu reino serão estáveis para sempre diante de mim, e teu trono será firme para sempre”.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.



Ou (Primeira Leitura da Missa da noite)



Primeira Leitura (Is 9,1-6)

Livro do Livro do Profeta Isaías:

1O povo, que andava na escuridão, viu uma grande luz; para os que habitavam nas sombras da morte, uma luz resplandeceu.

2Fizeste crescer a alegria e aumentaste a felicidade; todos se regozijam em tua presença, como alegres ceifeiros na colheita, ou como exaltados guerreiros ao dividirem os despojos. 3Pois o jugo que oprimia o povo — a carga sobre os ombros, o orgulho dos fiscais — tu os abateste como na jornada de Madiã.

4Botas de tropa de assalto, trajes manchados de sangue, tudo será queimado e devorado pelas chamas.

5Porque nasceu para nós um menino, foi-nos dado um filho; ele traz aos ombros a marca da realeza; o nome que lhe foi dado é: Conselheiro admirável, Deus forte, Pai dos tempos futuros, Príncipe da paz.

6Grande será o seu reino e a paz não há de ter fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reinado, que ele irá consolidar e confirmar em justiça e santidade, a partir de agora e para todo o sempre. O amor zeloso do Senhor dos exércitos há de realizar essas coisas.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório (Sl 88)



— Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor!

— Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor!



— Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor, de geração em geração eu cantarei vossa verdade. Porque dissestes: “O amor é garantido para sempre”. E a vossa lealdade é tão firme quanto os céus.

— Eu firmei uma Aliança com meu servo, meu eleito, e eu fiz um juramento a Davi, meu servidor. Para sempre, no teu trono, firmarei tua linhagem, de geração em geração garantirei o teu reinado.

— Ele, então, me invocará: ‘Ó Senhor, vós sois meu Pai, sois meu Deus, sois meu Rochedo onde encontro a salvação!’ Guardarei eternamente para ele a minha graça e com ele firmarei minha Aliança indissolúvel.



Ou (Salmo para a Missa da noite)



Responsório(Sl 95) 

— Hoje nasceu para nós o Salvador, que é Cristo, o Senhor.

— Hoje nasceu para nós o Salvador, que é Cristo, o Senhor!



— Cantai ao Senhor Deus um canto novo,/ cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira!/ Cantai e bendizei seu santo nome!

— Dia após dia anunciai sua salvação,/ manifestai a sua glória entre as nações,/ e entre os povos do universo seus prodígios!

— O céu se rejubile e exulte a terra,/ aplauda o mar com o que vive em suas águas;/ os campos com seus frutos rejubilem/ e exultem as florestas e as matas.

— Na presença do Senhor, pois ele vem,/ porque vem para julgar a terra inteira./ Governará o mundo com justiça,/ e os povos julgará com lealdade.



(Segunda Leitura para a Missa da noite)

Segunda Leitura (Tt 2,11-14) 

Leitura da Carta de São Paulo a Tito:

Caríssimo: 11A graça de Deus se manifestou trazendo salvação para todos os homens. 12Ela nos ensina a abandonar a impiedade e as paixões mundanas e a viver neste mundo com equilíbrio, justiça e piedade, 13aguardando a feliz esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo.

14Ele se entregou por nós, para nos resgatar de toda maldade e purificar para si um povo que lhe pertença e que se dedique a praticar o bem.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

domingo, 21 de dezembro de 2014

Dia Litúrgico: Feira privilegiada do Advento: 23 de Dezembro - Evangelho (Lc 1,57-66) - 23.12.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Lc 1,57-66)

Quando se completou o tempo da gravidez, Isabel deu à luz um filho. Os vizinhos e os parentes ouviram quanta misericórdia o Senhor lhe tinha demonstrado, e alegravam-se com ela. No oitavo dia, foram circuncidar o menino e queriam dar-lhe o nome de seu pai, Zacarias. A mãe, porém, disse: «Não. Ele vai se chamar João». Disseram-lhe: «Ninguém entre os teus parentes é chamado com este nome!» Por meio de sinais, então, perguntaram ao pai como ele queria que o menino se chamasse. Zacarias pediu uma tabuinha e escreveu: «João é o seu nome!» E todos ficaram admirados. No mesmo instante, sua boca se abriu, a língua se soltou, e ele começou a louvar a Deus. Todos os vizinhos se encheram de temor, e a notícia se espalhou por toda a região montanhosa da Judéia. Todos os que ouviram a notícia ficavam pensando: «Que vai ser este menino?» De fato, a mão do Senhor estava com ele.

Comentário: Rev. D. Miquel MASATS i Roca (Girona, Espanha)
Que vai ser este menino? De fato, a mão do Senhor estava com ele

Hoje, na primeira leitura lemos: «Isto diz o Senhor: ‘Eis que estou enviando o meu mensageiro para preparar o caminho à minha frente’» (Mal 3,1). A profecia de Malaquias cumpre-se em João Batista. É um dos principais personagens da liturgia do Advento, que nos convida a prepararmo-nos com oração e penitência para a vinda do Senhor. Tal como reza a oração da coleta da missa de hoje: «Concede aos teus servos, que reconhecemos a proximidade do Nascimento de teu Filho, experimentar a misericórdia do Verbo que se dignou encarnar da Virgem Maria e habitar entre nós».

O nascimento de Precursor fala-nos da proximidade do Natal. O Senhor está próximo!; preparemo-nos! Questionado pelos sacerdotes vindos de Jerusalém sobre quem era, ele respondeu:«“Eu sou a voz de quem grita no deserto: ‘Endireitai o caminho para o Senhor! ’”» (Jo 1,23).

«Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir minha voz e abrir a porta, eu entrarei na sua casa e tomaremos a refeição, eu com ele e ele comigo» (Ap 3,20), lê-se na antífona da comunhão. Devemos fazer exame e analisar como nos estamos preparando para receber a Jesus no dia de Natal: Deus quer nascer principalmente nos nossos corações.

A vida do Precursor ensina-nos as virtudes que necessitamos para receber com proveito a Jesus; fundamentalmente, a humildade de coração. Ele reconhece-se instrumento de Deus para cumprir a sua vocação, a sua missão. Como diz Santo Ambrósio: «Não te glories por te chamarem filho de Deus —reconheçamos a graça sem esquecer a nossa natureza—; não te envaideças se serviste bem, porque apenas cumpriste aquilo que tinhas a fazer. O sol faz o seu trabalho a lua obedece; os anjos cumprem a sua missão. O instrumento escolhido pelo Senhor para os gentios diz: ‘Eu não mereço o nome de apóstolo, pois eu persegui a Igreja de Deus’ (1Cor 15,9)».

Busquemos tão só a glória de Deus. A virtude da humildade nos disporá a preparar-nos devidamente para as festas que se aproximam.

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Primeira Leitura (Ml 3,1-4.23-24)

Leitura da Profecia de Malaquias.

Assim fala o Senhor Deus: 1“Eis que envio o meu anjo, e ele há de preparar o caminho para mim; logo chegará ao seu templo o Dominador, que tentais encontrar, e o anjo da aliança, que desejais.

Ei-lo que vem, diz o Senhor dos exércitos; 2e quem poderá fazer-lhe frente, no dia de sua chegada? E quem poderá resistir-lhe, quando ele aparecer? Ele é como o fogo da forja e como a barrela dos lavadeiros; 3e estará a postos, como para fazer derreter e purificar a prata: assim ele purificará os filhos de Levi e os refinará como ouro e como prata, e eles poderão assim fazer oferendas justas ao Senhor.

4Será então aceitável ao Senhor a oblação de Judá e de Jerusalém, como nos primeiros tempos e nos anos antigos. 23Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o dia do Senhor, dia grande e terrível; 24o coração dos pais há de voltar-se para os filhos, e o coração dos filhos para seus pais, para que eu não intervenha, ferindo de maldição a vossa terra”.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório (Sl 24)

— Levantai vossa cabeça e olhai, pois a vossa redenção se aproxima!

— Levantai vossa cabeça e olhai, pois a vossa redenção se aproxima!

— Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos e fazei-me conhecer a vossa estrada! Vossa verdade me oriente e me conduza, porque sois o Deus da minha salvação!

— O Senhor é piedade e retidão, e reconduz ao bom caminho os pecadores. Ele dirige os humildes na justiça, e aos pobres ele ensina o seu caminho.

— Verdade e amor são os caminhos do Senhor para quem guarda sua Aliança e seus preceitos. O Senhor se torna íntimo aos que o temem e lhes dá a conhecer sua Aliança.

sábado, 20 de dezembro de 2014

Dia Litúrgico: Feira privilegiada do Advento: 22 de Dezembro - Evangelho (Lc 1,46-56) - 22.12.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Lc 1,46-56)

Maria então disse: «A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque ele olhou para a humildade de sua serva. Todas as gerações, de agora em diante, me chamarão feliz, porque o Poderoso fez para mim coisas grandiosas. O seu nome é santo, e sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que o temem. Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os que tem planos orgulhosos no coração. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Encheu de bens os famintos, e mandou embora os ricos de mãos vazias. Acolheu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre».

Maria ficou três meses com Isabel. Depois, voltou para sua casa».

Comentário: Rev. D. Francesc PERARNAU i Cañellas (Girona, Espanha)
A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador

Hoje, o Evangelho da Missa apresenta à nossa consideração o Magnificat, que Maria entoou, repleta de alegria, em casa da sua parente Isabel, mãe de João Batista. As palavras de Maria trazem-nos reminiscências de outros cânticos bíblicos, que Ela bem conhecia e tinha recitado e contemplado em tantas ocasiões. Porém, agora aquelas mesmas palavras têm, nos seus lábios, um sentido muito mais profundo: o espírito da Mãe de Deus transparece nelas e elas mostram-nos a pureza do seu coração. A Igreja fá-las suas, todos os dias, na Liturgia das Horas quando, ao rezar Vésperas, dirige ao céu aquele mesmo canto com que Maria se alegrava, bendizia e dava graças a Deus por toda a Sua magnanimidade.

Maria obteve a graça mais extraordinária que nunca nenhuma outra mulher recebeu nem receberá: foi eleita por Deus, entre todas as mulheres da História, para ser a Mãe daquele Messias Redentor que a Humanidade esperava há séculos. É a mais elevada honra jamais concedida a um ser humano, e Ela recebe-a com total singeleza e humildade, dando-se conta de que tudo é graça, dádiva, e que Ela nada é perante a imensidão do poder e da grandeza de Deus, que Nela fez coisas grandiosas (Lc 1,49). Uma grande lição de humildade para todos nós, filhos de Adão e herdeiros de uma natureza humana profundamente marcada por aquele pecado original, cujas conseqüências arrastamos, dia após dia.

Estamos já a chegar ao fim do tempo do Advento, tempo de conversão e de purificação. Hoje é Maria quem nos ensina o melhor caminho. Meditar a oração da nossa Mãe – querendo fazê-la nossa – nos ajudará a ser mais humildes. Santa Maria nos ajudará, se o pedimos com confiança.

Fonte © evangeli.net M&M Euroeditors |



Primeira Leitura (1Sm 1,24-28)

Leitura do Primeiro Livro de Samuel.

Naqueles dias, 24Ana, logo que o desmamou, levou consigo Samuel à casa do Senhor em Silo, e mais um novilho de três anos, três arrobas de farinha e um odre de vinho. O menino, porém, era ainda uma criança. 25Depois de sacrificarem o novilho, apresentaram o menino a Eli. 26E Ana disse-lhe: “Ouve, meu Senhor, por tua vida, eu sou a mulher que esteve aqui orando ao Senhor, na tua presença. 27Eis o menino por quem eu pedi, e o Senhor ouviu a minha súplica. 28Portanto, eu também o ofereço ao Senhor, a fim de que só a ele sirva em todos os dias de sua vida”. E adoraram o Senhor.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório (1Sm 2,1-8)

— Meu coração exultou no meu Senhor, Salvador.

— Meu coração exultou no meu Senhor, Salvador.

— Exulta no Senhor meu coração, e se eleva a minha fronte no meu Deus; Minha boca desafia os meus rivais porque me alegro com a vossa salvação!

— O arco dos fortes foi dobrado, foi quebrado, mas os fracos se vestiram de vigor. Os saciados se empregaram por um pão, mas os pobres e os famintos se fartaram. Muitas vezes deu à luz a que era estéril, mas a mãe de muitos filhos definhou.

— É o Senhor quem dá a morte e dá a vida, faz descer à sepultura e faz voltar; é o Senhor quem faz o pobre e faz o rico, é o Senhor quem nos humilha e nos exalta.

— O Senhor ergue do pó o homem fraco, e do lixo ele retira o indigente, para fazê-los assentar-se com os nobres num lugar de muita honra e distinção.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Dia Litúrgico: Domingo IV (B) do Advento - Evangelho (Lc 1,26-38) - 21.12.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Lc 1,26-38)

Quando Isabel estava no sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem prometida em casamento a um homem de nome José, da casa de Davi. A virgem se chamava Maria. O anjo entrou onde ela estava e disse: «Alegra-te, cheia de graça! O Senhor está contigo». Ela perturbou-se com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação.

O anjo, então, disse: «Não tenhas medo, Maria! Encontraste graça junto a Deus. Conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande; será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai. Ele reinará para sempre sobre a descendência de Jacó, e o seu reino não terá fim». Maria, então, perguntou ao anjo:«Como acontecerá isso, se eu não conheço homem?» O anjo respondeu: «O Espírito Santo descerá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso, aquele que vai nascer será chamado santo, Filho de Deus. Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na sua velhice. Este já é o sexto mês daquela que era chamada estéril, pois para Deus nada é impossível”. Maria disse: «Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra». E o anjo retirou-se».

Comentário: Fray Josep Mª MASSANA i Mola OFM (Barcelona, Espanha)
Conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus

Hoje o Evangelho se assemelha a um conto popular. Começa assim: «Era uma vez...»,apresentam-se as personagens, a época, o lugar e o tema. Esta chegará ao ponto crucial com o centro da narração e finalmente, há o desenlace.

São Lucas, de modo semelhante, conta-nos de forma popular e acessível, a maior história. Apresenta não uma narração criada pela imaginação, senão uma realidade tecida pelo mesmo Deus com colaboração humana. O ponto crucial é: «Conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus» (Lc 1,31).

Essa mensagem diz-nos que o Natal já está próximo. Maria nos abrirá a porta com a sua colaboração na obra de Deus. A humilde donzela de Nazaré escuta surpreendida o anúncio do Anjo. Precisamente orava para que Deus enviasse o Ungido, para salvar o mundo. Não podia imaginar, no seu modesto entendimento, que Deus a escolhia justamente a Ela para realizar seus planos.

Maria vive no seu coração uns momentos de tensão, dramáticos: era e queria continuar virgem; Deus agora lhe propõe uma maternidade. Maria não o entende: «Como acontecerá isso?» (Lc 1,34), pergunta. O Anjo disse-lhe que virgindade e maternidade não se contradizem, senão que, pela força do Espírito Santo, integram-se perfeitamente. Não é que ela agora o compreenda melhor. Mas já lhe é suficiente, pois o prodígio será obra de Deus: «Para Deus nada é impossível» (Lc 1,38). Por isso responde: «Faça-se em mim segundo a tua palavra» (Lc 1,38). Que se realizem! Que se faça! Fiat! Sim. Total aceitação da vontade de Deus, ainda que meio a cegas, mas sem condições.

Naquele mesmo instante, «a Palavra se fez carne e veio morar no entre nós» (Jo 1,14). Aquele conto popular converte-se ao mesmo tempo em realidade mais divina e mais humana. Paulo VI escreveu no ano 1974: «Em Maria vemos a resposta que Deus dá ao mistério do homem; e a pergunta que o homem faz sobre Deus e a sua própria vida».



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Primeira Leitura (2Sm 7,1-5.8b-12.14a.16)

Leitura do Segundo Livro de Samuel:

1Tendo-se o rei Davi instalado já em sua casa e tendo-lhe o Senhor dado a paz, livrando-o de todos os seus inimigos, 2ele disse ao profeta Natã: “Vê: eu resido num palácio de cedro, e a arca de Deus está alojada numa tenda!”

3Natã respondeu ao rei: “Vai e faze tudo o que diz o teu coração, pois o Senhor está contigo”.

4Mas, nessa mesma noite, a palavra do Senhor foi dirigida a Natã nestes termos: 5“Vai dizer ao meu servo Davi: ‘Assim fala o Senhor: Porventura és tu que construirás uma casa para eu habitar? 8bFui eu que te tirei do pastoreio, do meio das ovelhas, para que fosses o chefe do meu povo, Israel.

9Estive contigo em toda a parte por onde andaste, e exterminei diante de ti todos os teus inimigos, fazendo o teu nome tão célebre como o dos homens mais famosos da terra.

10Vou preparar um lugar para o meu povo, Israel: eu o implantarei, de modo que possa morar lá sem jamais ser inquietado. Os homens violentos não tornarão a oprimi-lo como outrora, 11no tempo em que eu estabelecia juízes sobre o meu povo, Israel. Concedo-te uma vida tranquila, livrando-te de todos os teus inimigos. E o Senhor te anuncia que te fará uma casa.

12Quando chegar o fim dos teus dias e repousares com teus pais, então, suscitarei, depois de ti, um filho teu, e confirmarei a sua realeza. 14aEu serei para ele um pai e ele será para mim um filho.

16Tua casa e teu reino serão estáveis para sempre diante de mim, e teu trono será firme para sempre”.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório (Sl 88)

— Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor!

— Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor!

— Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor,/ de geração em geração eu cantarei vossa verdade!/ Porque dissestes: “O amor é garantido para sempre!”/ E a vossa lealdade é tão firme como os céus.

— “Eu firmei uma Aliança com meu servo, meu eleito,/ e eu fiz um juramento a Davi, meu servidor./ Para sempre, no teu trono, firmarei tua linhagem,/ de geração em geração garantirei o teu reinado!

— Ele, então, me invocará: ‘Ó Senhor, vós sois meu Pai, sois meu Deus,/ sois meu Rochedo onde encontro a salvação!’/ Guardarei eternamente para ele a minha graça/ e com ele firmarei minha Aliança indissolúvel”.



Segunda Leitura (Rm 16,25-27)

Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos:

Irmãos: 25Glória seja dada àquele que tem o poder de vos confirmar na fi delidade ao meu evangelho e à pregação de Jesus Cristo, de acordo com a revelação do mistério mantido em sigilo desde sempre.

26Agora este mistério foi manifestado e, mediante as Escrituras proféticas, conforme determinação do Deus eterno, foi levado ao conhecimento de todas as nações, para trazê-las à obediência da fé.

27A ele, o único Deus, o sábio, por meio de Jesus Cristo, a glória, pelos séculos dos séculos. Amém!


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Dia Litúrgico: Feira privilegiada do Advento: 20 de Dezembro - Evangelho (Lc 1,26-38) - 20.12.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Lc 1,26-38)

Quando Isabel estava no sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem prometida em casamento a um homem de nome José, da casa de Davi. A virgem se chamava Maria. O anjo entrou onde ela estava e disse: «Alegra-te, cheia de graça! O Senhor está contigo».

Ela perturbou-se com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação. O anjo, então, disse: «Não tenhas medo, Maria! Encontraste graça junto a Deus. Conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande; será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai. Ele reinará para sempre sobre a descendência de Jacó, e o seu reino não terá fim».

Maria, então, perguntou ao anjo: «Como acontecerá isso, se eu não conheço homem?» O anjo respondeu: «O Espírito Santo descerá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso, aquele que vai nascer será chamado santo, Filho de Deus. Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na sua velhice. Este já é o sexto mês daquela que era chamada estéril, pois para Deus nada é impossível». Maria disse: «Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra». E o anjo retirou-se.

Comentário: Rev. D. Jordi PASCUAL i Bancells (Salt, Girona, Espanha)
Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra

Hoje contemplamos, mais uma vez, esta cena extraordinária da Anunciação. Deus, sempre fiel a suas promessas, por meio do anjo Gabriel, diz a Maria que tem sido escolhida para trazer o Salvador ao mundo. Assim como o Senhor costuma agir, o maior acontecimento da Humanidade —o Criador e Senhor de todas as coisas se tornou homem como nós—, acontece do jeito mais simples: uma moça, num povoado pequeno de Galiléia, sem espetáculo.

A maneira é simples, o acontecimento é excepcional. Como também são grandes as virtudes da Virgem Maria: cheia de graça, o Senhor está com Ela, humilde, simples, disposta a fazer a vontade de Deus, generosa. Deus tem planos para ela, para você e para mim, mas Ele espera a colaboração livre e amorosa de cada um para cumpri-los. Maria nos dá um exemplo disso: «Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra» (Lc 1,38). Não é só um sim à mensagem do anjo; é colocar-se nas mãos do Pai-Deus, abandonar-se confiadamente na sua providência, é dizer sim e deixar agir ao Senhor agora e em todas as circunstâncias da vida.

Da resposta de Maria, como também da nossa resposta ao que Deus nos pede- escreve São Josemaria- «não esqueças, dependem muitas coisas grandes».

Estamos nos preparando para celebrar o Natal. A melhor maneira de fazê-lo é ficar perto de Maria, contemplando a sua vida e procurando imitar suas virtudes para poder receber ao Senhor com um coração bem disposto: —O que espera Deus de mim, agora, hoje, no meu trabalho, com as pessoas que tenho contato, na relação com Ele? São situações pequenas do dia a dia, mas depende da resposta que demos!

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Primeira Leitura (Is 7,10-14)

Leitura do Livro do Profeta Isaías.

Naqueles dias, 10o Senhor falou com Acaz, dizendo: 11“Pede ao Senhor teu Deus que te faça ver um sinal, quer provenha da profundeza da terra, quer venha das alturas do céu”. 12Mas Acaz respondeu: “Não pedirei nem tentarei o Senhor”. 13Disse o profeta: “Ouvi então, vós, casa de Davi; será que achais pouco incomodar os homens e passais a incomodar até o meu Deus? 14Pois bem, o próprio Senhor vos dará um sinal. Eis que uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e lhe porá o nome de Emanuel”.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório (Sl 23)

— O Senhor vai entrar, é o Rei glorioso!

— O Senhor vai entrar, é o Rei glorioso!

— Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra, o mundo inteiro com os seres que o povoam; porque ele a tornou firme sobre os mares, e sobre as águas a mantém inabalável.

— “Quem subirá até o monte do Senhor, quem ficará em sua santa habitação? Quem tem mãos puras e inocente coração, quem não dirige sua mente para o crime.

— Sobre este desce a bênção do Senhor e a recompensa de seu Deus e Salvador”. “É assim a geração dos que o procuram, e do Deus de Israel buscam a face.”

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Dia Litúrgico: Feira privilegiada de Advento: 19 de Dezembro - Evangelho (Lc 1,5-25) - 19.12.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Lc 1,5-25)

No tempo de Herodes, rei da Judeia, havia um sacerdote, chamado Zacarias, da classe de Abias. Sua esposa era descendente de Aarão e chamava-se Isabel. Ambos eram justos diante de Deus e cumpriam fielmente todos os mandamentos e preceitos do Senhor. Não tinham filhos, pois Isabel era estéril, e os dois eram de idade avançada.

Ao exercer as funções sacerdotais diante de Deus, quando era a vez de sua classe, conforme o costume dos sacerdotes, Zacarias foi sorteado para entrar no Santuário do Senhor e fazer a oferenda do incenso. Nessa hora do incenso, todo o povo estava em oração, do lado de fora. Apareceu-lhe, então, o anjo do Senhor, de pé, à direita do altar do incenso. Quando Zacarias o viu, ficou perturbado e cheio de medo. O anjo lhe disse: «Não tenhas medo, Zacarias, porque o Senhor ouviu o teu pedido. Isabel, tua esposa, vai te dar um filho, e tu lhe porás o nome de João. Ficarás alegre e feliz, e muitos se alegrarão com seu nascimento. Ele será grande diante do Senhor. Não beberá vinho nem bebida fermentada; e, desde o ventre da mãe, ficará cheio do Espírito Santo. Ele fará voltar muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus. Caminhará à frente deles, com o espírito e o poder de Elias, para fazer voltar o coração dos pais aos filhos e os rebeldes, à sabedoria dos justos; e para preparar um povo bem disposto para o Senhor».

Zacarias disse ao anjo:«Como posso ter certeza disso? Estou velho e minha esposa já tem uma idade avançada. O anjo respondeu-lhe: «Eu sou Gabriel, e estou, sempre na presença de Deus. Eu fui enviado para falar contigo e anunciar-te esta boa nova. E agora, ficarás mudo, sem poder falar até o dia em que estas coisas acontecerem, porque não acreditaste nas minhas palavras que se cumprirão no tempo certo».

O povo estava esperando Zacarias e se admirava com sua demora no Santuário. Quando saiu, não podia falar, e perceberam que ele tivera uma visão no Santuário. Zacarias se comunicava com eles por meio de gestos e permanecia mudo. Passados os dias do seu ofício, ele voltou para casa. Algum tempo depois, sua esposa Isabel ficou grávida e permaneceu escondida durante cinco meses; ela dizia:«Assim o Senhor fez comigo nestes dias: ele dignou-se tirar a vergonha que pesava sobre mim».

Comentário: Rev. D. Ignasi FUSTER i Camp (La Llagosta, Barcelona, Espanha)
Não tenhas medo, Zacarias, porque o Senhor ouviu o teu pedido. Isabel, tua esposa, vai te dar um filho

Hoje, o anjo Gabriel anuncia ao sacerdote Zacarias o nascimento "sobrenatural" de João Batista, que vai preparar a missão do Messias. Deus, na sua amorosa providência, prepara o nascimento de Jesus, ao anunciar o nascimento de João. Ainda que Isabel seja estéril, isso não tem importância. Deus deseja fazer o milagre por amor a nós, seus filhos.

Mas Zacarias, não manifesta no momento certo a visão sobrenatural da fé: «Como posso ter certeza disso? Estou velho e minha esposa já tem uma idade avançada» (Lc 1,18). Tem um olhar excessivamente humano. Só falta a docilidade confiada nos planos de Deus, que sempre são maiores do que os nossos: Nesta circunstância, justamente, que a Encarnação do Filho de Deus para a salvação do gênero humano! O anjo encontra Zacarias "distraído", lento para as coisas de Deus, estava como "fora de jogo".

Faltando poucos dias para o Natal, convém que o anjo do Senhor encontre-nos preparados, como Maria. É preciso que tentemos manter a presença de Deus o dia todo, acrescentar o nosso amor a Jesus Cristo, no nosso tempo de oração, receber com muita devoção a Sagrada Comunhão: porque Jesus nasce e vem conosco! E que não nos falte a visão sobrenatural nos afazeres da nossa vida. Devemos ter visão sobrenatural em nosso trabalho, nos nossos estudos, em nossos apostolados, inclusive, nos inconvenientes diários. Nada escapa à providência divina! Com a certeza e a alegria de saber que colaboramos com os anjos e com o Senhor nos planos amorosos e salvadores de Deus.

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Primeira Leitura (Jz 13,2-7.24-25a)

Leitura do Livro dos Juízes.

Naqueles dias, 2havia um homem de Saraá, da tribo de Dã, chamado Manué, cuja mulher era estéril. 3O anjo do Senhor apareceu à mulher e disse-lhe: “Tu és estéril e não tiveste filhos, mas conceberás e darás à luz um filho. 4Toma cuidado de não beberes vinho nem licor, de não comeres coisa alguma impura, 5pois conceberás e darás à luz um filho. Sua cabeça não será tocada por navalha, porque ele será consagrado ao Senhor desde o ventre materno, e começará a libertar Israel das mãos dos filisteus”. 6A mulher foi dizer ao seu marido: “Veio visitar-me um homem de Deus, cujo aspecto era terrível como o de um anjo do Senhor. Não lhe perguntei de onde vinha nem ele me revelou o seu nome. 7Ele disse-me: ‘Conceberás e darás à luz um filho. De hoje em diante, toma cuidado para não beberes vinho nem licor, e não comeres nada de impuro, pois o menino será consagrado a Deus, desde o ventre materno até o dia da sua morte’”. 24Ela deu à luz um filho e deu-lhe o nome de Sansão. O menino cresceu, e o Senhor o abençoou. 25aO espírito do Senhor começou a agir nele no Campo de Dã.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório (Sl 70)

— Minha boca se encha de louvor, para que eu cante vossa glória.

— Minha boca se encha de louvor, para que eu cante vossa glória.

— Sede uma rocha protetora para mim, um abrigo bem seguro que me salve! Porque sois a minha força e meu amparo, o meu refúgio, proteção e segurança! Libertai-me, ó meu Deus, das mãos do ímpio.

— Porque sois, ó Senhor Deus, minha esperança, em vós confio desde a minha juventude! Sois meu apoio desde antes que eu nascesse, desde o seio maternal, o meu amparo.

— Cantarei vossos portentos, ó Senhor, lembrarei vossa justiça sem igual! Vós me ensinastes desde a minha juventude e até hoje canto as vossas maravilhas.

Dia Litúrgico: Feira privilegiada do Advento: 18 de Dezembro - Evangelho (Mt 1,18-24) - 18.12.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Mt 1,18-24)

Ora, a origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José e, antes de passarem a conviver, ela encontrou-se grávida pela ação do Espírito Santo. José, seu esposo, sendo justo e não querendo denunciá-la publicamente, pensou em despedi-la secretamente.

Mas, no que lhe veio esse pensamento, apareceu-lhe em sonho um anjo do Senhor, que lhe disse: «José, Filho de Davi, não tenhas receio de receber Maria, tua esposa; o que nela foi gerado vem do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, e tu lhe porás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados». Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor tinha dito pelo profeta: «Eis que a virgem ficará grávida e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus-conosco». Quando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor tinha mandado e acolheu sua esposa.

Comentário: Rev. D. Antoni CAROL i Hostench (Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)
José, Filho de Davi, não tenhas receio de receber Maria, tua esposa

Hoje, a liturgia da palavra convida-nos a considerar o maravilhoso exemplo de São José. Ele foi extraordinariamente sacrificado e delicado com sua noiva Maria.

Não há dúvidas de que ambos eram excelentes pessoas, apaixonados como nenhum outro casal. Mas, também temos que reconhecer que o Altíssimo quis que seu amor esponsalício passasse por circunstâncias muito exigentes.

O Papa João Paulo II escreveu, que «O cristianismo é a surpresa de um Deus que saiu ao encontro da sua criatura». De fato, foi Ele quem tomou a “iniciativa”; para vir a este mundo, não esperou que tivéssemos merecimentos. Apesar de tudo, Ele propõe, não impõe: quase —diríamos — nos pede “licença”. A Santa Maria propôs — não lhe impôs!— a vocação de Mãe de Deus: «Ele, que tinha o poder de criar tudo a partir de nada, negou-se a refazer o que tinha sido profanado se Maria não participasse» (Santo Anselmo)

Mas Deus não só nos pede licença, mas também contribuição para seus planos, e contribuição heróica. E assim foi o que aconteceu com Maria e José. Em resumo, o Menino Jesus necessitou ter pais. Mais ainda: Necessitou o heroísmo de seus pais, que tiveram que se esforçar muito para defender a vida do “pequeno Redentor”.

O mais bonito é que Maria revelou poucos detalhes do seu parto: um fato tão emblemático está relatado só em dois versículos (cf. Lc 2,6-7). Porém, foi mais explícita ao falar da delicadeza que seu esposo José teve com Ela. O fato foi que «antes de passarem a conviver, ela encontrou-se grávida pela ação do Espírito Santo» (Mt 1,18) e, para não infamá-la, José teria preferido desaparecer discretamente e renunciar ao seu amor (circunstância que a desfavorecia socialmente). Dessa maneira, antes de ter sido promulgada a lei da caridade, São José já a praticou: Maria (e o tratamento justo com ela) foi sua lei.

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Primeira Leitura (Jr 23,5-8)

Leitura do Livro do Profeta Jeremias.

5“Eis que virão dias, diz o Senhor, em que farei nascer um descendente de Davi; reinará como rei e será sábio, fará valer a justiça e a retidão na terra. 6Naqueles dias, Judá será salvo e Israel viverá tranquilo; este é o nome com que o chamarão: ‘Senhor, nossa Justiça’. 7Eis que virão dias, diz o Senhor, em que já não se usará jurar ‘Pela vida do Senhor que tirou os filhos de Israel do Egito’ 8— mas sim: ‘Pela vida do Senhor que tirou e reconduziu os descendentes da casa de Israel desde o país do norte e todos os outros países’, para onde os expulsará; eles então irão habitar em sua terra”.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório (Sl 71)

— Nos seus dias a justiça florirá e a paz em abundância para sempre.

— Nos seus dias a justiça florirá e paz em abundância para sempre.

— Dai ao Rei vossos poderes, Senhor Deus, vossa justiça ao descendente da realeza! Com justiça ele governe o vosso povo, com equidade ele julgue os vossos pobres.

— Libertará o indigente que suplica, e o pobre ao qual ninguém quer ajudar. Terá pena do indigente e do infeliz, e a vida dos humildes salvará.

— Bendito seja o Senhor Deus de Israel, porque só ele realiza maravilhas! Bendito seja o seu nome glorioso! Bendito seja eternamente! Amém, amém!

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Dia Litúrgico: Feira privilegiada do Advento: 17 de Dezembro - Evangelho (Mt 1,1-17) - 17.12.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Mt 1,1-17)

Livro da origem de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão: Abraão gerou Isaac, Isaac gerou Jacó, Jacó gerou Judá e seus irmãos, Judá gerou Farés e Zara, de Tamar. Farés gerou Esrom; Esrom gerou Aram; Aram gerou Aminadab; Aminadab gerou Naasson; Naasson gerou Salmon; Salmon gerou Booz, de Raab. Booz gerou Obed, de Rute. Obed gerou Jessé. Jessé gerou o rei Davi.

Davi gerou Salomão, da mulher de Urias. Salomão gerou Roboão; Roboão gerou Abias; Abias gerou Asa; Asa gerou Josafá; Josafá gerou Jorão; Jorão gerou Ozias; Ozias gerou Jotão; Jotão gerou Acaz; Acaz gerou Ezequias; Ezequias gerou Manassés; Manassés gerou Amon; Amon gerou Josias. Josias gerou Jeconias e seus irmãos, no tempo do exílio na Babilônia.

Depois do exílio na Babilônia, Jeconias gerou Salatiel; Salatiel gerou Zorobabel; Zorobabel gerou Abiud; Abiud gerou Eliaquim; Eliaquim gerou Azor; Azor gerou Sadoc; Sadoc gerou Aquim; Aquim gerou Eliud; Eliud gerou Eleazar; Eleazar gerou Matã; Matã gerou Jacó. Jacó gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado o Cristo. No total, pois, as gerações desde Abraão até Davi são quatorze; de Davi até o exílio na Babilônia, quatorze; e do exílio na Babilônia até o Cristo, quatorze.

Comentário: Rev. D. Vicenç GUINOT i Gómez (Sitges, Barcelona, Espanha)
Livro da origem de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão

Hoje, na liturgia da missa lemos a genealogia de Jesus, e vem ao pensamento uma frase que se repete nos ambientes rurais catalães: «Josés, burros e Joões, há-os em todos os lugares». Por isso para distingui-los, se usa como motivo o nome das casas. Assim, fala-se, por exemplo: José, o da casa de Filomena; José, o da casa de Soledade… dessa maneira, uma pessoa fica facilmente identificada. O problema é que se fica marcado pela boa ou má fama dos seus antepassados. É o que sucede com o «Livro da geração de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão» (Mt 1,1).

São Mateus nos disse que Jesus é verdadeiro Homem. Dito de outro modo, que Jesus —como todo o homem e como toda a mulher que chega a este mundo — não parte do zero, mas trás já atrás de si toda uma história. Isto quer dizer que a Encarnação é a sério, que quando Deus se faz homem, o faz com todas as consequências. O Filho de Deus, ao vir a este mundo, assume também um passado familiar.

Rasteando os personagens da lista, podemos ver que Jesus —pelo que refere a sua genealogia familiar—não apresenta um “processo imaculado”. Como escreveu o Cardeal Nguyen van Thuan, «neste mundo, se um povo escrever a sua história oficial, falará da sua grandeza… É um caso único, admirável e esplêndido encontrar um povo cuja história oficial não esconde os pecados dos seus antepassados». Aparecem pecados como o homicídio (Davi), a idolatria (Salomão), ou a prostituição (Rahab). E junto com isso há também momentos de graça e de fidelidade a Deus, e sobretudo as figuras de José e Maria, «da qual nasceu Jesus, chamado Cristo» (Mt 1,16).

Definitivamente, a genealogia de Jesus nos ajuda a contemplar o mistério que estamos quase a celebrar: que Deus se fez Homem, verdadeiro Homem, que «habitou entre nós» (Jo 1,14).

Fonte © evangeli.net M&M Euroeditors |



Primeira Leitura (Gn 49,2.8-10)

Leitura do Livro do Gênesis.

Naqueles dias, 2Jacó chamou seus filhos e disse: “Juntai-vos e ouvi, filhos de Jacó, ouvi Israel, vosso pai! 8Judá, teus irmãos te louvarão; pesará tua mão sobre a nuca de teus inimigos, se prostrarão diante de ti os filhos de teu pai. 9Judá, filhote de leão: subiste, meu filho, da pilhagem; ele se agacha e se deita como um leão, e como uma leoa; quem o despertará?

10O cetro não será tirado de Judá, nem o bastão de comando dentre seus pés, até que venha Aquele a quem pertencem, e a quem obedecerão os povos”.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório (Sl 71)

— Nos seus dias a justiça florirá e paz em abundância para sempre.

— Nos seus dias a justiça florirá e paz em abundância para sempre.

— Dai ao Rei vossos poderes, Senhor Deus, vossa justiça ao descendente da realeza! Com justiça ele governe o vosso povo, com equidade ele julgue os vossos pobres.

— Das montanhas venha a paz a todo o povo, e desça das colinas a justiça! Este Rei defenderá os que são pobres, os filhos dos humildes salvará.

— Nos seus dias a justiça florirá e grande paz, até que a lua perca o brilho! De mar a mar estenderá o seu domínio, e desde o rio até os confins de toda a terra!

— Seja bendito o seu nome para sempre! E que dure como o sol sua memória! Todos os povos serão nele abençoados, todas as gentes cantarão o seu louvor!