sábado, 31 de janeiro de 2015

Dia Litúrgico: Tempo Comum, Semana IV (B), domingo - (Mc 1,21-28) - 01.02.2015

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Mc 1,21-28)

Entraram em Cafarnaum. No sábado, Jesus foi à sinagoga e pôs-se a ensinar. Todos ficaram admirados com seu ensinamento, pois ele os ensinava como quem tem autoridade, não como os escribas. Entre eles na sinagoga estava um homem com um espírito impuro; ele gritava: «Que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: o Santo de Deus!». Jesus o repreendeu: «Cala-te, sai dele!».O espírito impuro sacudiu o homem com violência, deu um forte grito e saiu. Todos ficaram admirados e perguntavam uns aos outros: «Que é isto? Um ensinamento novo, e com autoridade: ele dá ordens até aos espíritos impuros, e eles lhe obedecem!». E sua fama se espalhou rapidamente por toda a região da Galileia.

Comentário: Rev. D. Jordi CASTELLET i Sala (Sant Hipòlit de Voltregà, Barcelona, Espanha)
Um ensinamento novo, e com autoridade

Hoje, Cristo dirige-nos o seu grito enérgico, sem dúvidas e com autoridade: «Cala-te, sai dele!» (Mc 1,25). Disse-o aos espíritos malignos que vivem em nós e que não nos deixam ser livres, tal como Deus nos criou e desejou.

Se repararmos, os fundadores das ordens religiosas, a primeira norma que põem quando estabelecem a vida comunitária, é a do silêncio: numa casa onde se tenha que rezar, há-de reinar o silêncio e a contemplação. Como diz o ditado: «O bem não faz ruído; o ruído não faz bem». Por isto, Cristo ordena àquele espírito maligno que se cale, porque a sua obrigação é render-se diante de quem é a palavra, que «se fez carne, e habitou entre nós» (Jo 1,14).

Mas é certo que com a admiração que sentimos diante do Senhor, se pode misturar também um sentimento de suficiência, de tal maneira que cheguemos a pensar tal como Santo Agostinho dizia nas próprias confissões: «Senhor, faz-me casto, mas ainda não». A tentação é a de deixar para mais tarde a própria conversão, porque agora não encaixa com os nossos próprios planos pessoais.

O chamamento ao seguimento radical de Jesus Cristo é para o aqui e agora, para tornar possível o seu reino, que irrompe com dificuldade entre nós. Ele conhece a nossa tibieza, sabe que não nos gastamos fortemente na opção do Evangelho, mas que queremos contemporizar, ir tirando, ir vivendo, sem alarido e sem pressa.

O mal não pode conviver com o bem. A vida santa não permite o pecado. «Ninguém pode servir a dois senhores; porque odiará um e amará o outro» (Mt 6,24), disse Jesus Cristo. Refugiemo-nos na árvore sagrada da Cruz e que a sua sombra se projete sobre a nossa vida, e deixemos que seja Ele quem nos conforte, nos faça entender o porquê da nossa existência e nos conceda uma vida digna de Filhos de Deus.

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Primeira Leitura (Dt 18,15-20)



Leitura do Livro do Deuteronômio:

Moisés falou ao povo, dizendo: 15“O Senhor teu Deus fará surgir para ti, da tua nação e do meio de teus irmãos, um profeta como eu: a ele deverás escutar. 16Foi exatamente o que pediste ao Senhor teu Deus, no monte Horeb, quando todo o povo estava reunido, dizendo: ‘Não quero mais escutar a voz do Senhor meu Deus, nem ver este grande fogo, para não acabar morrendo’.

17Então o Senhor me disse: ‘Está bem o que disseram. 18Farei surgir para eles, do meio de seus irmãos, um profeta semelhante a ti. Porei em sua boca as minhas palavras e ele lhes comunicará tudo o que eu lhe mandar. 19Eu mesmo pedirei contas a quem não escutar as minhas palavras que ele pronunciar em meu nome. 20Mas o profeta que tiver a ousadia de dizer em meu nome alguma coisa que não lhe mandei, ou se falar em nome de outros deuses, esse profeta deverá morrer’”.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório (Sl 94)



— Não fecheis o coração, ouvi hoje a voz de Deus!

— Não fecheis o coração, ouvi hoje a voz de Deus!



— Vinde, exultemos de alegria no Senhor,/ aclamemos o Rochedo que nos salva!/ Ao seu encontro caminhemos com louvores,/ e com cantos de alegria o celebremos!

— Não fecheis o coração, ouvi hoje a voz de Deus!

— Vinde, adoremos e prostremo-nos por terra,/ e ajoelhemos ante o Deus que nos criou!/ Porque ele é o nosso Deus, nosso Pastor,/ e nós somos o seu povo e seu rebanho,/ as ovelhas que conduz com sua mão.

— Oxalá ouvísseis hoje a sua voz:/ “Não fecheis os corações como em Meriba,/ como em Massa, no deserto, aquele dia,/ em que outrora vossos pais me provocaram,/ apesar de terem visto as minhas obras”.



Segunda Leitura (1Cor 7,32-35)



Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios:

Irmãos: 32Eu gostaria que estivésseis livres de preocupações. O homem não casado é solícito pelas coisas do Senhor e procura agradar ao Senhor.

33O casado preocupa-se com as coisas do mundo e procura agradar à sua mulher 34e, assim, está dividido. Do mesmo modo, a mulher não casada e a jovem solteira têm zelo pelas coisas do Senhor e procuram ser santas de corpo e espírito. Mas a que se casou preocupa-se com as coisas do mundo e procura agradar ao seu marido.

35Digo isto para o vosso próprio bem e não para vos armar um laço. O que eu desejo é levar-vos ao que é melhor, permanecendo junto ao Senhor, sem outras preocupações.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

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