segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Dia Litúrgico: Terça-feira da 6ª semana do Tempo Comum - Evangelho (Mc 8,14-21) - 17.01.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Mc 8,14-21)

Os discípulos se esqueceram de levar pães; tinham apenas um pão consigo no barco. Jesus os advertia, dizendo: «Atenção! Cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes». Os discípulos começaram então a discutir entre si, porque não tinham pães. Percebendo, Jesus perguntou-lhes: «Por que discutis sobre o fato de não terdes pães? Ainda não entendeis, nem compreendeis? Vosso coração continua incapaz de entender? Tendo olhos, não enxergais, e tendo ouvidos, não ouvis? Não vos lembrais? Quando reparti cinco pães para cinco mil pessoas, quantos cestos recolhestes, cheios de pedaços?» — «Doze», responderam eles. «E quando reparti sete pães com quatro mil pessoas, quantos cestos recolhestes, cheios de pedaços?» —«Sete», responderam. Jesus então lhes disse: «E ainda não entendeis?».

Comentário: Rev. Pe. Juan Carlos CLAVIJO Cifuentes (Bogotá, Colombia)
Cuidado com o fermento dos fariseus

Hoje -uma vez mais- vemos a sagacidade do Senhor Jesus. Seu agir é surpreendente, já que se sai do comum da gente, é original. Ele vem de realizar uns milagres e está-se trasladando a outro setor onde a Graça de Deus também deve chegar. Nesse contexto de milagres, ante um novo grupo de pessoas que o espera, é quando lhes adverte: «Atenção! Cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes» (Mc 8,15), pois eles —os fariseus e os de Herodes— não querem que a Graça de Deus seja conhecida, e mais bem eles propagam no mundo o mau fermento, semeando discórdia.

A fé não depende das obras, pois «uma fé que nós mesmos podemos determinar, não é em absoluto uma fé» (Bento XVI). Pelo contrário, são as obras as que dependem da fé. Ter uma autêntica e verdadeira fé implica uma fé ativa e dinâmica; não uma fé condicionada e que só fica-se no externo, nas aparências, na teoria e não na pratica. A nossa deve ser uma fé real. Temos que ver com os olhos de Deus e não com os do homem pecador: «Ainda não entendeis, nem compreendeis? Vosso coração continua incapaz de entender?» (Mc 8,17).

O Reino de Deus se estende no mundo como quando se coloca uma medida de fermento na massa, ela cresce sem que se saiba como. Assim deve ser a autêntica fé, que cresce no amor de Deus. Portanto que nada nem ninguém nos distraiam do verdadeiro encontro com o Senhor e de sua mensagem Salvadora. O Senhor não perde ocasião para ensinar e isso segue fazendo hoje em dia: «Temos que nos liberar da falsa ideia de que a fé já não tem nada que dizer aos Homens de hoje» (Bento XVI).



Comentário: + Rev. D. Lluís ROQUÉ i Roqué (Manresa, Barcelona, Espanha)
Tendo olhos, não enxergais, e tendo ouvidos, não ouvis?

Hoje notamos que Jesus – como já se passava com os apóstolos – nem sempre é compreendido. Às vezes torna-se difícil. Por mais que vejamos prodígios, e que se digam as coisas claramente, e nos seja comunicada a boa doutrina, merecemos a sua repreensão: «Ainda não entendeis, nem compreendeis? Vosso coração continua incapaz de entender?» (Mc 8,17).

Gostaríamos de lhe dizer que o entendemos e que não temos o entendimento ofuscado, mas não nos atrevemos. Se ousarmos, como o cego, fazer-lhe esta súplica: «Senhor que eu veja» (Lc 18,41), para ter fé, e para ser, e como o salmista diz: «Inclina o meu coração para as tuas ordens, e não para a ganância injusta» (Sal 119,36) para ter boa disposição, escutar e acolher a palavra de Deus e fazê-la frutificar.

Será bom também, hoje e sempre, ter atenção a Jesus que nos alerta: «Atenção! Cuidado com o fermento dos fariseus» (Mc 8,15), afastados da verdade, “maníacos cumpridores”, que não são adoradores do Espírito em verdade (cf Jo 4,23), e «do fermento de Herodes», orgulhoso, despótico, sensual, que só quer ver e ouvir Jesus para seu prazer.

E, como guardamos este “fermento”? Pois fazendo uma leitura contínua, inteligente e devota da palavra de Deus e, por isso mesmo, “sábia”, fruto de ser «piedosos como crianças: mas não ignorantes, porque cada um há-de esforçar-se, na medida das suas possibilidades, no estudo sério, científico da fé (…). Piedade de crianças, pois, e doutrina de segura de teólogos» (São Josemaria).

Assim, iluminados e fortalecidos pelo Espírito Santo, alertados e conduzidos pelos bons Pastores, estimulados pelos cristãos e cristãs fiéis, cremos no que temos de crer, faremos o que temos que fazer. Agora, há que “querer” ver: «E o Verbo se fez carne» (Jo 1,14), visível, palpável; há que “querer” escutar: Maria foi o “isco” para que Jesus tenha dito: «Ditosos os que escutam a palavra de Deus e a guardam» (Lc 11,28).

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Primeira Leitura (Gn 6,5-8;7,1-5.10)



Leitura do Livro do Gênesis.

6,5O Senhor viu que havia crescido a maldade do homem na terra, e como os projetos do seu coração tendiam sempre para o mal. 6Então o Senhor arrependeu-se de ter feito o homem na terra e ficou com o coração muito magoado, 7e disse: “Vou exterminar da face da terra o homem que criei; e com ele, os animais, os répteis e até as aves do céu, pois estou arrependido de os ter feito!”

8Mas Noé encontrou graça aos olhos do Senhor. 7,1O Senhor disse a Noé: “Entra na arca com toda a tua família, pois tu és o único homem justo que vejo no meio desta geração. 2De todos os animais puros toma sete casais, machos e fêmeas, e dos animais impuros, um casal, macho e fêmea. 3Também das aves do céu tomarás sete casais, machos e fêmeas, para que suas espécies se conservem vivas sobre a face da terra. 4Pois, dentro de sete dias, farei chover sobre a terra, quarenta dias e quarenta noites, e exterminarei da superfície da terra todos os seres vivos que fiz”.

5Noé fez tudo o que o Senhor lhe havia ordenado. 10E, passados os sete dias, caíram sobre a terra as águas do dilúvio.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório (Sl 28)



— Que o Senhor abençoe, com a paz, o seu povo!

— Que o Senhor abençoe, com a paz, o seu povo!



— Filhos de Deus, tributai ao Senhor, tributai-lhe a glória e o poder! Dai-lhe a glória devida ao seu nome; adorai-o com o santo ornamento!

— Eis a voz do Senhor sobre as águas, sua voz sobre as águas imensas! Eis a voz do Senhor com poder! Eis a voz do Senhor majestosa.

— Sua voz no trovão reboando! No seu templo os fiéis bradam: “Glória!” É o Senhor que domina os dilúvios, o Senhor reinará para sempre!

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