sexta-feira, 13 de março de 2015

Dia Litúrgico: Domingo IV (B) de Quaresma - Evangelho (Jn 3,14-21) - 15.03.2015

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Jn 3,14-21)

«Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim também será levantado o Filho do Homem, a fim de que todo o que nele crer tenha vida eterna. De fato, Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. Quem crê nele não será condenado, mas quem não crê já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho único de Deus.

»Ora, o julgamento consiste nisto: a luz veio ao mundo, mas as pessoas amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Pois todo o que pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, para que suas ações não sejam denunciadas. Mas quem pratica a verdade se aproxima da luz, para que suas ações sejam manifestadas, já que são praticadas em Deus».

Comentário: Rev. D. Joan Ant. MATEO i García (La Fuliola, Lleida, Espanha)
Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho único

Hoje a liturgia oferece-nos um aroma antecipado da alegria pascal. Os ornamentos do celebrante são rosados. É o do “laetare” que nos convida a uma serena alegria. «Festejai a Jerusalém, alegrai-vos todos os que a amais...», canta a antífona da entrada.

Deus quer que estejamos contentes. A psicologia mais elementar diz-nos que uma pessoa que não vive contente acaba enferma de corpo e espírito. Mas, a nossa alegria deve estar bem fundamentada, deve ser a expressão da serenidade de viver uma vida com pleno sentido. De outra forma, a alegria degeneraria em superficialidade, em tolice. Santa Teresa distinguia acertadamente entre “santa alegria” e “louca alegria”. Esta última é apenas exterior, dura pouco e deixa um sabor amargo.

Vivemos tempos difíceis para a vida da fé. Mas também são tempos apaixonantes. Experimentamos, de certa forma, o exílio babilônico que canta o salmo. Na verdade, também nós podemos viver uma experiência de exílio «chorando a nostalgia de Sion» (Sal 136,1). As dificuldades exteriores e, sobre tudo o pecado, pode levar-nos perto dos rios da Babilônia. Apesar de tudo, temos motivos de esperança e Deus continua dizendo: «Que se me cole a língua ao paladar se não me lembrar de ti» (Sal 136,6).

Podemos viver sempre contentes porque Deus nos ama loucamente, tanto que nos «deu o seu Filho único» (Jo 3,16). Brevemente acompanharemos este Filho único no seu caminho de morte e ressurreição. Contemplaremos o amor Daquele que tanto ama, que se entregou por nós, por ti e por mim. Ficaremos cheios de amor e olharemos Aquele que trespassaram (Jo 19,37), e crescerá em nós uma alegria que ninguém nos poderá tirar.

A verdadeira alegria que ilumina a nossa vida não provem do nosso esforço. São Paulo recorda-nos: não vem de vós, é um dom de Deus, somos obra sua (Col 1,11). Deixemo-nos amar por Deus e amemo-lo, e a alegria será grande na próxima Páscoa e na vida. E não nos esqueçamos de nos deixarmos acariciar e regenerar por Deus com uma boa confissão antes da Páscoa.

© evangeli.net M&M Euroeditors |


Primeira Leitura (2Cr 36,14-16.19-23)



Leitura do Segundo Livro das Crônicas:

Naqueles dias, 14todos os chefes dos sacerdotes e o povo multiplicaram suas infidelidades, imitando as práticas abomináveis das nações pagãs, e profanaram o templo que o Senhor tinha santificado em Jerusalém.

15Ora, o Senhor Deus de seus pais dirigia-lhes frequentemente a palavra por meio de seus mensageiros, admoestando-os com solicitude todos os dias, porque tinha compaixão do seu povo e da sua própria casa.

16Mas eles zombavam dos enviados de Deus, desprezavam as suas palavras, até que o furor do Senhor se levantou contra o seu povo e não houve mais remédio.

19Os inimigos incendiaram a casa de Deus e deitaram abaixo os muros de Jerusalém, atearam fogo a todas as construções fortificadas e destruíram tudo o que havia de precioso.

20Nabucodonosor levou cativos para a Babilônia, todos os que escaparam à espada, e eles tornaram-se escravos do rei e de seus filhos, até que o império passou para o rei dos persas.

21Assim se cumpriu a palavra do Senhor pronunciada pela boca de Jeremias: “Até que a terra tenha desfrutado de seus sábados, ela repousará durante todos os dias da desolação, até que se completem setenta anos”.

22No primeiro ano do reinado de Ciro, rei da Pérsia, para que se cumprisse a palavra do Senhor pronunciada pela boca de Jeremias, o Senhor moveu o espírito de Ciro, rei da Pérsia, que mandou publicar em todo o seu reino, de viva voz e por escrito, a seguinte proclamação:

23“Assim fala Ciro, rei da Pérsia: O Senhor, Deus do céu, deu-me todos os reinos da terra, e encarregou-me de lhe construir um templo em Jerusalém, que está no país de Judá. Quem dentre vós todos pertence ao seu povo? Que o Senhor, seu Deus, esteja com ele, e que se ponha a caminho”.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 136)



— Que se prenda a minha língua ao céu da boca, / se de ti, Jerusalém, eu me esquecer!

— Que se prenda a minha língua ao céu da boca, / se de ti, Jerusalém, eu me esquecer!



— Junto aos rios da Babilônia / nos sentávamos chorando, / com saudades de Sião. / Nos salgueiros por ali / penduramos nossas harpas.

— Pois foi lá que os opressores / nos pediram nossos cânticos; / nossos guardas exigiam / alegria na tristeza: / “Cantai hoje para nós / algum canto de Sião!”

— Como havemos de cantar / os cantares do Senhor / numa terra estrangeira? / Se de ti, Jerusalém, / algum dia eu me esquecer, / que resseque a minha mão!

— Que se cole a minha língua / e se prenda ao céu da boca, / se de ti não me lembrar! / Se não for Jerusalém / minha grande alegria!


Segunda Leitura(Ef 2,4-10)



Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios:

Irmãos: 4Deus é rico em misericórdia. Por causa do grande amor com que nos amou, 5quando estávamos mortos por causa das nossas faltas, ele nos deu a vida com Cristo. É por graça que vós sois salvos!

6Deus nos ressuscitou com Cristo e nos fez sentar nos céus, em virtude de nossa união com Jesus Cristo. 7Assim, pela bondade que nos demonstrou em Jesus Cristo, Deus quis mostrar, através dos séculos futuros, a incomparável riqueza de sua graça.

8Com efeito, é pela graça que sois salvos, mediante a fé. E isso não vem de vós; é dom de Deus! 9Não vem das obras, para que ninguém se orgulhe. 10Pois é ele quem nos fez; nós fomos criados em Jesus Cristo para as obras boas, que Deus preparou de antemão, para que nós as praticássemos.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Nenhum comentário:

Postar um comentário