segunda-feira, 20 de abril de 2015

Dia Litúrgico: Terça-feira da 3ª semana da Páscoa - Evangelho (Jn 6,30-35) - 21.04.2015

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Jn 6,30-35)

Eles perguntaram: «Que sinais realizas para que possamos ver e acreditar em ti? Que obras fazes? Nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito: ‘Deu-lhes a comer o pão do céu’».Jesus respondeu: «Em verdade, em verdade, vos digo: não foi Moisés quem vos deu o pão do céu. É meu Pai quem vos dá o verdadeiro pão do céu. Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo». Eles então pediram: «Senhor, dá-nos sempre desse pão!». Jesus lhes disse: «Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome, e quem crê em mim nunca mais terá sede».

Comentário: Rev. D. Joaquim MESEGUER García (Sant Quirze del Vallès, Barcelona, Espanha)
É meu Pai quem vos dá o verdadeiro pão do céu

Hoje, nas palavras de Jesus podemos constatar a contraposição e a complementaridade entre o Antigo e o Novo Testamento: o Antigo é a figura do Novo e, no Novo as promessas feitas por Deus aos pais no Antigo chegam a sua plenitude. Assim, o maná que os israelitas comeram no deserto não era o autêntico pão do céu, e sim a figura do verdadeiro pão que Deus, nosso Pai, nos deu na pessoa de Jesus Cristo, a quem enviou como Salvador do mundo. Moisés solicitou a Deus, a favor dos israelitas, um alimento material; Jesus Cristo, em troca, se dá a si mesmo como alimento divino que outorga a vida.

«Eles perguntaram: «Que sinais realizas para que possamos ver e acreditar em ti? Que obra realizas?» (Jo 6,30), exigem incrédulos e impertinentes os judeus. Pareceu-lhes pouco o sinal da multiplicação dos pães e dos peixes feita por Jesus no dia anterior? Por que ontem queriam proclamar rei a Jesus e hoje já não acreditam nele? Que inconstante é frequentemente o coração humano! Diz são Bernardo de Claraval: «Os incrédulos andam em volta, porque naturalmente, querem satisfazer o apetite, e desprezar o modo de conseguir o fim». Assim sucedia com os judeus: submergidos em uma visão materialista, pretendiam que alguém lhes alimentasse e solucionasse seus problemas, mas não queriam acreditar; isso era tudo o que lhes interessava de Jesus. Não é esta a perspectiva de quem deseja uma religião cômoda, feita sob medida e sem compromisso?

«Senhor, dá-nos sempre desse pão!» (Jo 6,34): que estas palavras, pronunciadas pelos judeus desde seu modo materialista de ver a realidade, sejam ditas por mim com a sinceridade que me proporciona a fé; que expressem realmente um desejo de alimentar-me com Jesus Cristo e de viver unidos a Ele para sempre.

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Primeira Leitura (At 7,51-8,1a)



Leitura dos Atos dos Apóstolos.

Naqueles dias, Estêvão disse ao povo, aos anciãos e aos doutores da lei: 51“Homens de cabeça dura, insensíveis e incircuncisos de coração e ouvido! Vós sempre resististes ao Espírito Santo e como vossos pais agiram, assim fazeis vós! 52A qual dos profetas vossos pais não perseguiram? Eles mataram aqueles que anunciavam a vinda do Justo, do qual, agora, vós vos tornastes traidores e assassinos. 53Vós recebestes a Lei, por meio de anjos, e não a observastes!”

54Ao ouvir essas palavras, eles ficaram enfurecidos e rangeram os dentes contra Estêvão. 55Estêvão, cheio do Espírito Santo, olhou para a céu e viu a glória de Deus e Jesus, de pé, à direita de Deus. 56E disse: “Estou vendo o céu aberto, e o Filho do Homem, de pé, à direita de Deus”.

57Mas eles, dando grandes gritos e, tapando os ouvidos, avançaram todos juntos contra Estêvão; 58arrastaram-no para fora da cidade e começaram a apedrejá-lo. As testemunhas deixaram suas vestes aos pés de um jovem, chamado Saulo. 59Enquanto o apedrejavam, Estêvão clamou dizendo: “Senhor Jesus, acolhe o meu espírito”. 60Dobrando os joelhos, gritou com voz forte: “Senhor, não os condenes por este pecado”. E, ao dizer isto, morreu. 8,1aSaulo era um dos que aprovavam a execução de Estêvão.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 30)



— Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.

— Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.



— Sede uma rocha protetora para mim, um abrigo bem seguro que me salve! Sim, sois vós a minha rocha e fortaleza; por vossa honra orientai-me e conduzi-me!

— Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, porque vós me salvareis, ó Deus fiel! Quanto a mim, é ao Senhor que me confio, vosso amor me faz saltar de alegria.

— Mostrai serena a vossa face ao vosso servo e salvai-me pela vossa compaixão! Na proteção de vossa face os defendeis bem longe das intrigas dos mortais.

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