quarta-feira, 13 de abril de 2016

Dia Litúrgico: Quarta-feira da 3ª semana da Páscoa - Evangelho (Jn 6,35-40) - 13.04.2016

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Meditando o Evangelho de hoje

Evangelho (Jn 6,35-40)

Jesus lhes disse: «Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome, e quem crê em mim nunca mais terá sede. Contudo, eu vos disse que me vistes, mas não credes. Todo aquele que o Pai me dá, virá a mim, e quem vem a mim eu não lançarei fora, porque eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia. Esta é a vontade do meu Pai: quem vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna. E eu o ressuscitarei no último dia».

«Aquele que vem a mim, não terá fome»
Fr. Gavan JENNINGS 
(Dublín, Irlanda)

Hoje, vemos o quanto preocupa a Deus nossa fome e nossa sede. Como poderíamos continuar pensando que Deus é indiferente diante de nossos sofrimentos? Mais ainda, muito frequentemente "recusamos a crer" no amor terno que Deus tem por cada um de nós. Escondendo-se a Si mesmo na Eucaristia, Deus mostra a incrível distância que Ele está disposto a percorrer para saciar nossa sede e nossa fome.

Mas, de que se trata a nossa "sede" e a nossa "fome"? Definitivamente, são a fome e a sede da "vida eterna". A fome e a sede físicas são somente um pálido reflexo de um profundo desejo que cada homem tem diante da vida divina que somente Cristo pode alcançar-nos. «Esta é a vontade do meu Pai: que todo aquele que veja ao Filho e creiam Nele, tenha vida eterna» (Jn 6,39). E o que devemos fazer para obter esta vida eterna tão desejada? Algum fato heroico ou sobre-humano? Não! É algo muito mais simples. Por isso, Jesus diz: «Aquele que vier a mim não o expulsarei» (Jn 6,37). Nós só temos que buscá-lo, ir a Ele.

Estas palavras de Cristo nos estimulam a aproximar-nos a Ele cada dia na Missa. É a coisa mais simples no mundo!: Simplesmente, assistir à Missa; rezar e então receber seu Corpo. Quando o fazemos, não somente possuímos esta nova vida, mas que ademais a irradiamos sobre outros. O Papa Francisco, então Cardeal Bergoglio, em uma homilia do Corpus Christi, disse: «Assim como é lindo despois de comungar, pensar nossa vida como uma Missa prolongada na que levamos o fruto da presença do Senhor ao mundo da família, do bairro, do estudo e do trabalho, assim também nos faz bem pensar em nossa vida cotidiana como preparação para a Eucaristia, na que o Senhor toma tudo o que é nosso e o oferece ao Pai».

«Esta é a vontade do meu Pai: quem vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna»
Rev. D. Joaquim MESEGUER García 
(Sant Quirze del Vallès, Barcelona, Espanha)

Hoje, Jesus apresenta-se como o pão da vida. À primeira vista, causa curiosidade e perplexidade a definição que dá de si mesmo; mas, quando aprofundamos, damo-nos conta de que nestas palavras se manifesta o sentido da sua missão: salvar o homem e dar-lhe vida. «E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia» (Jo 6,39). Por esta razão e para perpetuar a sua ação salvadora e a sua presença entre nós, Jesus Cristo fez-se para nós alimento de vida.

Deus torna possível que acreditemos em Jesus Cristo e nos aproximemos dele: «Todo aquele que o Pai me dá, virá a mim, e quem vem a mim eu não lançarei fora, porque eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou» (Jo 6,37-38). Aproximemo-nos, pois, com a fé Àquele que quis ser nosso alimento, nossa luz e nossa vida, «já que a fé é o princípio da verdadeira vida», como afirma Santo Inácio de Antioquia.

Jesus Cristo convida-nos a segui-lo, a alimentarmo-nos dele, dado que isto é o que significa vê-lo e crer nele, já que nos ensina a realizar a vontade do Pai, tal como Ele a leva a cabo. Ao ensinar aos discípulos a oração dos filhos de Deus, o Pai-Nosso, colocou seguidos estes pedidos: «Seja feita a tua vontade assim na terra como no céu. O pão-nosso de cada dia nos dai hoje». Este pão não se refere apenas ao alimento material, mas a si mesmo, alimento de vida eterna, com quem devemos permanecer unidos um dia atrás de outro com a coesão profunda que nos dá o Espírito Santo.

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