quarta-feira, 6 de julho de 2016

Dia Litúrgico: Quinta-feira da 14ª semana do Tempo Comum - Evangelho (Mt 10,7-15) - 07.07.2016

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Meditando o Evangelho de hoje

Evangelho (Mt 10,7-15)

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: «No vosso caminho, proclamai:O Reino dos Céus está próximo.Curai doentes, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expulsai demônios.De graça recebestes, de graça deveis dar! Não leveis ouro, nem prata, nem dinheiro à cintura; nem sacola para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem bastão, pois o trabalhador tem direito a seu sustento. Em qualquer cidade ou povoado em que entrardes, procurai saber quem ali é digno e permanecei com ele até a vossa partida. Ao entrardes na casa, saudai-a: se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; se ela não for digna, volte para vós a vossa paz. Se alguém não vos receber, nem escutar vossas palavras, saí daquela casa ou daquela cidade e sacudi a poeira dos vossos pés. Em verdade, vos digo: no dia do juízo, a terra de Sodoma e Gomorra receberá uma sentença menos dura do que aquela cidade».

«No vosso caminho, proclamai: O Reino dos Céus está próximo»
Rev. D. Antonio BORDAS i Belmonte 
(L’Ametlla de Mar, Tarragona, Espanha)

Hoje, o texto do Evangelho nos convida a evangelizar; diz-nos: «Predicai» (cf. Mt 10,7). O anúncio é a boa nova de Jesus, que tenta nos falar sobre o reino de Deus, que Ele é nosso salvador, enviado pelo Pai ao mundo e, por este motivo, o único que nos pode renovar desde nosso interior e mudar a sociedade na que vivemos.

Jesus anunciava que «o Reino dos Céus está próximo» (Mt 10,7). Ele era o anunciador do reino de Deus que se fazia presente entre os homens e mulheres a medida que o bem avançava e retrocedia o mal.

Jesus quer a salvação total do homem, em seu corpo e em seu espírito; mais ainda, ante o enigma que preocupa a humanidade, que é a morte, Jesus propõe a ressurreição. Quem vive morto pelo pecado, quando recupera a graça, experimenta uma nova vida. Este é um grande mistério que começamos a experimentar a partir de nosso batismo: os cristãos estamos chamados à ressurreição.

Uma amostra de como o Papa Francisco busca o bem do homem: «Esta cultura do descarte tornou-nos insensíveis também aos desperdícios e aos restos alimentares. Outrora, os nossos avós prestavam muita atenção a não descartar nada da comida que sobejava. A comida que se descarta é como se fosse roubada da mesa de quem é pobre, de quantos têm fome!».

Jesus nos diz que sejamos sempre portadores de paz. Quando os sacerdotes levam a Comunhão a um enfermo dizemos: «A paz do Senhor a esta casa!». E a paz de Cristo permanece ai, se há pessoas dignas dela. Para receber os dons do reino de Deus se necessita uma boa disposição interior. Por outro lado, também vemos como muita gente põe escusas para não receber o Evangelho.

Nos temos uma grande responsabilidade entre os homens, e é que não podemos deixar de anunciar o Evangelho depois de crer, porque vivemos dele e queremos que outros também o vivem.

«Não leveis nem ouro, nem prata (...) para o caminho»
Rev. D. David COMPTE i Verdaguer 
(Manlleu, Barcelona, Espanha)

Hoje, até o imprevisível queremos prever. Hoje, se multiplicam os serviços a domicílio. E se hoje falamos tanto de paz, talvez seja porque temos muita necessidade dela. Hoje, o Evangelho nos fala exatamente desses vários “hoje”. Mas vamos por partes.

Queremos prever até o imprevisível: em breve estaremos fazendo um seguro para o caso do nosso seguro falhar. Ou então quando comprarmos uma calça o vendedor nos vai oferecer um modelo com manchas ou com o desbotado já incluído! O Evangelho de hoje, com a sua proposta de irmos sem bagagem («Não leveis nem ouro nem prata...»), nos convida à confiança e à disponibilidade. Mas nos alerta: isto não significa um descuido nem tampouco improviso. Viver esta realidade só é possível quando nossa vida está enraizada no fundamental: na pessoa de Cristo. Como dizia o Papa João Paulo II, «é necessário respeitar um princípio essencial da visão cristã de vida: a primazia da graça (...). Não se há de esquecer que, sem Cristo, nada podemos fazer» (cf. Jo 15,5).

Também afirmamos que hoje proliferam os serviços a domicílio: não cozinhamos mais em casa, agora o arroz com feijão é feito para você, na sua casa, por outros. Isto é um exemplo de como a sociedade pretende se organizar prescindindo dos outros. Hoje Jesus nos diz: «Ide»; saí. Isto quer dizer, preocupe-se com quem está ao seu lado. Estejamos, portanto atentos e abertos para as necessidades dos mais próximos.

Férias! Uma paisagem tranquila... Serão sinônimos de paz? Talvez devêssemos duvidar disto. Às vezes é um descanso para as angústias interiores, que mais adiante voltarão a despertar. Nós cristãos sabemos que somos portadores de paz, e mais ainda, que esta paz impregna todo nosso ser —mesmo quando à nossa volta o ambiente seja hostil— na medida em que seguirmos de perto a Jesus.

Deixemos que Jesus nos toque, pela força do Cristo de Hoje! E..., «quem encontrou verdadeiramente a Cristo não deve guardá-Lo só para si, deve anunciá-Lo» (João Paulo II).

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