quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Dia Litúrgico: 6 de Agosto, Transfiguração do Senhor - Evangelho (Mt 17,1-9) - 06.08.2015

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Mt 17,1-9)

Naquele tempo, Jesus levou consigo Pedro, Tiago e João e os fez subir a um lugar retirado, no alto de uma montanha, a sós. Lá, ele foi transfigurado diante deles. Sua roupa ficou muito brilhante, tão branca como nenhuma lavadeira na terra conseguiria torná-la assim. Apareceram-lhes Elias e Moisés, conversando com Jesus. Pedro então tomou a palavra e disse a Jesus: «Rabi, é bom ficarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias». Na realidade, não sabia o que devia falar, pois eles estavam tomados de medo.

Desceu, então, uma nuvem, cobrindo-os com sua sombra. E da nuvem saiu uma voz: «Este é o meu Filho amado. Escutai-o!». E, de repente, olhando em volta, não viram mais ninguém: só Jesus estava com eles. Ao descerem da montanha, Jesus ordenou-lhes que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem ressuscitasse dos mortos. Eles ficaram pensando nesta palavra e discutiam entre si o que significaria esse «ressuscitar dos mortos».

«Rabi, é bom ficarmos aqui»
Rev. D. Ignasi NAVARRI i Benet 
(La Seu d'Urgell, Lleida, Espanha)

Hoje celebramos a solenidade da Transfiguração do Senhor. A montanha do Tabor, como a do Sinai, é o lugar da proximidade com Deus. É o espaço elevado, com respeito à existência diária onde se respira o ar puro da Criação. é o lugar da oração donde se está na presença do Senhor, como Moisés e Elias que aparecem com Jesus transfigurado falando com Ele sobre o Êxodo que lhe esperava em Jerusalém (ou seja, sua Páscoa).

«As suas vestes tornaram-se resplandecentes, de tal brancura que nenhum lavadeiro sobre a terra as poderia assim branquear» (Mc 9,3). Este fato simboliza a purificação da Igreja. E Pedro disse a Jesus: «Vamos fazer três cabanas, una para ti, outra para Moisés e outra para Elias» (Mc 9,5). Santo Agostinho comenta belamente que Pedro buscava três cabanas porque ainda não conhecia a unidade entre a Lei, a Profecia e o Evangelho.

«Nisto veio uma nuvem que os cobriu, e dela saiu uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado; a ele ouvi» (Mc 9,7). A Transfiguração não é uma mudança em Jesus, e sim a Revelação de sua Divindade. Pedro, Santiago e João, contemplando a Divindade do Senhor, se preparam para afrontar o escândalo da Cruz. A Transfiguração é um antecipo da Ressurreição!

«Rabi, bom é nós estarmos aqui» (Mc 9,5). A Transfiguração nos recorda que as alegrias semeadas por Deus na vida não são pontos de chegada, e sim luzes que Ele nos dá na peregrinação terrena para que “Jesus só” seja nossa Lei, e sua Palavra seja o critério, o gozo e a bem-aventurança de nossa existência.

Que a Virgem Maria nos ajude a viver intensamente nossos momentos de encontro com o Senhor para que possamos seguir cada dia com alegria, e nos ajude a escutar e seguir sempre ao Senhor Jesus, até a paixão e a Cruz com intensão de participar também de sua Gloria.

«Este é o meu Filho amado»
+ Rev. D. Joan SERRA i Fontanet 
(Barcelona, Espanha)

Hoje o Evangelho nos fala da Transfiguração de Jesus Cristo no monte Tabor. Jesus, depois da confissão de Pedro, começou a mostrar a necessidade de que o Filho do homem fosse condenado à morte e anunciou também a sua ressurreição ao terceiro dia. É neste contexto que devemos situar o episódio da Transfiguração de Jesus. Anastácio, o Sinaíta escreve que «Ele tinha se revestido com nossa miserável túnica de pele, hoje se colocou a veste divina, e a luz o envolveu como um manto». A mensagem que Jesus transfigurado nos traz são as palavras do Pai: «Este é o meu Filho amado. Escutai-o!».(Mc 9,7). Escutar significa fazer sua vontade, contemplar sua pessoa, imitá-lo, por em prática seus conselhos, tomar nossa cruz e segui-lo.

Com o propósito de evitar equívocos e más interpretações, Jesus «ordenou-lhes que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem ressuscitasse dos mortos». (Mc 9,9). Os três apóstolos contemplam a Jesus transfigurado, sinal de sua divindade, mas o Salvador não quer que se divulgue até depois de sua Ressurreição, quando se poderá compreender a dimensão deste episódio. Cristo nos fala no Evangelho e em nossa oração; então poderemos repetir as palavras de Pedro: «Rabi, que bem estamos aqui» (Mc 9,5), sobretudo depois de ir a comungar.

O prefácio da Missa de hoje nos oferece um belo resumo da Transfiguração de Jesus. Diz assim: «Porque Cristo, Senhor, tendo anunciado sua morte aos discípulos, revelou sua glória na montanha sagrada e, tendo também a Lei e os profetas como testemunhas, os fez compreender que a paixão é necessária para chegar à gloria da ressurreição». Lição que cristãos não devem esquecer nunca.

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