domingo, 31 de agosto de 2014

Dia Litúrgico: Terça-feira da 22ª semana do Tempo Comum - Evangelho (Lc 4,31-37) - 02.09.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Lc 4,31-37)

Naquele tempo, Jesus desceu para Cafarnaum, cidade da Galiléia, e lá os ensinava, aos sábados. Eles ficavam maravilhados com os seus ensinamentos, pois sua palavra tinha autoridade. Na sinagoga estava um homem que tinha um espírito impuro, e ele gritou em alta voz: «Que queres de nós, Jesus de Nazaré? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: o Santo de Deus!». Jesus o repreendeu: «Cala-te, sai dele!». O demônio então lançou o homem no chão e saiu dele, sem lhe fazer mal algum. Todos ficaram espantados e comentavam: «Que palavra é essa? Ele dá ordens aos espíritos impuros, com autoridade e poder, e eles saem». E sua fama se espalhava por todos os lugares da redondeza.

Comentário: Rev. D. Joan BLADÉ i Piñol (Barcelona, Espanha)

Eles ficavam maravilhados com os seus ensinamentos, pois sua palavra tinha autoridade

Hoje vemos como a atividade de ensinar foi, para Jesus, a missão central de sua vida pública. Porém a pregação de Jesus era muito diferente da dos outros mestres e isso fazia com que as pessoas se espantassem e se admirassem. Certamente, ainda que o Senhor não tivesse estudado (cf. Jo 7,15), desconcertava a todos com sua doutrina, porque «falava com autoridade» (Lc 4,32). Seu estilo possuía a autoridade de quem se sabia o “Santo de Deus”.

Precisamente aquela autoridade no seu falar era o que dava força a sua linguagem. Utilizava imagens vivas e concretas, sem silogismos nem definições; palavras e imagens que extraía da própria natureza quando não das Sagradas Escrituras. Não há dúvida de que Jesus era um bom observador, homem próximo das situações humanas: ao mesmo tempo em que o vemos ensinando, também o contemplamos perto das pessoas fazendo-lhes o bem (curando as doenças e expulsando demônios, etc.). Lia no livro da vida diária as experiências que depois lhe serviriam para ensinar. Ainda que fosse um material tão simples e “rudimentar”, a palavra do Senhor era sempre profunda, inquietante, radicalmente nova, definitiva.

O mais admirável da fala de Jesus Cristo, era esse saber harmonizar a autoridade divina com a mais incrível simplicidade humana. Autoridade e simplicidade eram possíveis em Jesus graças ao conhecimento que possuía do Pai e de sua relação de amorosa obediência a Ele (cf. Mt 11,25-27). Esta relação com o Pai é o que explica a harmonia única entre a grandeza e a humildade. A autoridade de seu falar não se ajustava aos parâmetros humanos; não havia disputa, nem interesses pessoais ou desejo de sobressair. Era uma autoridade que se manifestava tanto na sublimidade da palavra ou da ação como na humildade e simplicidade. Não houve nos seus lábios nem alabança pessoal, nem soberba nem gritos. Mansidão, doçura, compreensão, paz, serenidade, misericórdia, verdade, luz, justiça... Foi o aroma que rodeava a autoridade de seus ensinos.

Fonte evangeli.net M&M Euroeditors 



Primeira Leitura (1Cor 2,10b-16)


Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios.

Irmãos, 10bo Espírito esquadrinha tudo, mesmo as profundezas de Deus. 11Quem dentre os homens conhece o que se passa no homem senão o espírito do homem que está nele? Assim também, ninguém conhece o que existe em Deus, a não ser o Espírito de Deus. 12Nós não recebemos o espírito do mundo, mas recebemos o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos os dons da graça que Deus nos concedeu. 13Desses dons também falamos, não com palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas com a sabedoria aprendida do Espírito: assim, ajustamos uma linguagem espiritual às realidades espirituais.

14O homem psíquico – o que fica no nível de suas capacidades naturais – não aceita o que é do Espírito de Deus: pois isso lhe parece uma insensatez. Ele não é capaz de conhecer o que vem do Espírito, porque tudo isso só pode ser julgado com a ajuda do mesmo Espírito. 15Ao contrário, o homem espiritual – enriquecido com o dom do Espírito – julga tudo, mas ele mesmo não é julgado por ninguém. 16Com efeito, quem conheceu o pensamento do Senhor, de maneira a poder aconselhá-lo? Nós, porém, temos o pensamento de Cristo.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório(Sl 144)


— É justo o Senhor em seus caminhos.

— É justo o Senhor em seus caminhos.

— Misericórdia e piedade é o Senhor, ele é amor, é paciência, é compaixão. O Senhor é muito bom para com todos, sua ternura abraça toda criatura.

— Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, e os vossos santos com louvores vos bendigam! Narrem a glória e o esplendor do vosso reino e saibam proclamar vosso poder!

— Para espalhar vossos prodígios entre os homens e o fulgor de vosso reino esplendoroso. O vosso reino é um reino para sempre, vosso poder, de geração em geração.

— O Senhor é amor fiel em sua palavra, é santidade em toda obra que ele faz. Ele sustenta todo aquele que vacila e levanta todo aquele que tombou.

Dia Litúrgico: Segunda-feira da 22ª semana do Tempo Comum - Evangelho (Lc 4,16-30) - 01.09.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Lc 4,16-30)

Naquele tempo, Jesus foi a Nazaré, onde se tinha criado. Conforme seu costume, no dia de sábado, foi à sinagoga e levantou-se para fazer a leitura. Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, encontrou o lugar onde está escrito: «O Espírito do Senhor está sobre mim, pois ele me consagrou com a unção, para anunciar a Boa Nova aos pobres: enviou-me para proclamar a libertação aos presos e, aos cegos, a recuperação da vista; para dar liberdade aos oprimidos e proclamar um ano de graça da parte do Senhor».

Depois, fechou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-se. Os olhos de todos, na sinagoga, estavam fixos nele. Então, começou a dizer-lhes: «Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir». Todos testemunhavam a favor dele, maravilhados com as palavras cheias de graça que saíam de sua boca. E perguntavam: «Não é este o filho de José?». Ele, porém, dizia: «Sem dúvida, me citareis o provérbio: ‘Médico, cura-te a ti mesmo’. Tudo o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum, faze também aqui, na tua terra!». E acrescentou: «Em verdade, vos digo que nenhum profeta é bem recebido na sua própria terra. Ora, a verdade é esta que vos digo: no tempo do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e seis meses e uma grande fome atingiu toda a região, havia muitas viúvas em Israel. No entanto, a nenhuma delas foi enviado o profeta Elias, senão a uma viúva em Sarepta, na Sidônia. E no tempo do profeta Eliseu, havia muitos leprosos em Israel, mas nenhum deles foi curado, senão Naamã, o sírio».

Ao ouvirem estas palavras, na sinagoga, todos ficaram furiosos. Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no para o alto do morro sobre o qual a cidade estava construída, com a intenção de empurrá-lo para o precipício. Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho.

Comentário: Rev. D. David AMADO i Fernández (Barcelona, Espanha)

Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir

Hoje, «se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir» (Lc 4,21). Com essas palavras, Jesus comenta, na sinagoga de Nazaré, um texto do profeta Isaías: «O Espírito do Senhor está sobre mim, pois ele me consagrou com a unção» (Lc 4,18). Estas palavras têm um sentido que ultrapassa o momento histórico concreto em que foram pronunciadas. O Espírito Santo habita em plenitude em Jesus Cristo, e é Ele quem o envia aos crentes.

Mas, além disso, todas as palavras do Evangelho possuem uma atualidade eterna. São eternas porque foram pronunciadas pelo Eterno e, são atuais porque Deus faz com que se cumpram em todos os tempos. Quando escutamos a Palavra de Deus, temos que recebê-la não como um discurso humano, mas sim como uma Palavra que tem, sobre nós, poder de transformação. Deus não fala aos nossos ouvidos, mas ao nosso coração. Tudo o que diz está profundamente cheio de sentido e de amor. A Palavra de Deus é uma fonte inextinguível de vida: «É mais o que perdemos do que o que captamos, tal como ocorre com os sedentos que bebem de uma fonte» (Santo Efrém). Suas palavras saem do coração de Deus. E, desse coração, do seio da Trindade, veio Jesus —a Palavra do Pai — aos homens.

Por isso, cada dia, quando escutamos o Evangelho, temos que poder dizer como Maria: «Faça-se em mim segundo a tua palavra» (Lc 1,38); e Deus nos responderá: «Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir». Mas para que a Palavra seja eficaz em nós devemos nos desprender de todo o preconceito. Os contemporâneos de Jesus não o compreenderam, porque o viam somente com olhos humanos: «Não é este o filho de José?» (Lc 4,22). Enxergavam a humanidade de Cristo, mas não se deram conta de sua divindade. Sempre que escutamos a Palavra de Deus, mais a frente do estilo literário, da beleza das expressões ou da singularidade da situação, temos que saber que é Deus quem nos fala.

Fonte evangeli.net M&M Euroeditors



Primeira Leitura (1Cor 2,1-5)

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios.

1Irmãos, quando fui à vossa cidade anunciar-vos o mistério de Deus, não recorri a uma linguagem elevada ou ao prestígio da sabedoria humana. 2Pois, entre vós, não julguei saber coisa alguma, a não ser Jesus Cristo, e este, crucificado.

3Aliás, eu estive junto de vós, com fraqueza e receio, e muito tremor. 4Também a minha palavra e a minha pregação não tinham nada dos discursos persuasivos da sabedoria, mas eram uma demonstração do poder do Espírito, para que a vossa fé se baseasse no poder de Deus e não na sabedoria dos homens.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório(Sl 118)

— Quanto eu amo, ó Senhor, a vossa lei!

— Quanto eu amo, ó Senhor, a vossa lei!

— Quanto eu amo, ó Senhor, a vossa lei! Permaneço o dia inteiro a meditá-la.

— Vossa lei me faz mais sábio que os rivais, porque ela me acompanha eternamente.

— Fiquei mais sábio do que todos os meus mestres, porque medito sem cessar vossa Aliança.

— Sou mais prudente que os próprios anciãos, porque cumpro, ó Senhor, vossos preceitos.

— Quanto eu amo, ó Senhor, a vossa lei!

— De todo mau caminho afasto os passos, para que eu siga fielmente as vossas ordens.

— De vossos julgamentos não me afasto, porque vós mesmo me ensinastes vossas leis.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Dia Litúrgico: Tempo Comum, Semana XXII (A), domingo - Evangelho (Mt 16,21-27) - 31.08.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Mt 16,21-27)

A partir de então, Jesus começou a mostrar aos discípulos que era necessário ele ir a Jerusalém, sofrer muito da parte dos anciãos, sumos sacerdotes e escribas, ser morto e, no terceiro dia, ressuscitar. Então Pedro o chamou de lado e começou a censurá-lo: «Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isto nunca te aconteça!» Jesus, porém, voltou-se para Pedro e disse: «Vai para trás de mim, satanás! Tu estás sendo para mim uma pedra de tropeço, pois não tens em mente as coisas de Deus, e sim, as dos homens!».

Então Jesus disse aos discípulos: «Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar sua vida a perderá; e quem perder sua vida por causa de mim a encontrará. De fato, que adianta a alguém ganhar o mundo inteiro, se perde a própria vida? Ou que poderá alguém dar em troca da própria vida? Pois o Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com a sua conduta».

Comentário: Rev. D. Joaquim MESEGUER García (Sant Quirze del Vallès, Barcelona, Espanha)

Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me

Hoje, contemplamos Pedro — figura emblemática e grande testemunho e mestre da fé— também como homem de carne e osso, com virtudes e debilidades, como cada um de nós. Devemos agradecer aos evangelistas o fato de nos terem apresentado a personalidade dos primeiros seguidores de Jesus com realismo. Pedro, que faz uma excelente confissão de fé —como vemos no Evangelho do XXI Domingo— e merece um grande elogio por parte de Jesus e a promessa da autoridade máxima dentro da Igreja (cf. Mt 16,16-19), recebe também do Mestre uma severa reprimenda, porque no caminho da fé ainda tem muito que aprender: «Vai para trás de mim, satanás! Tu estás sendo para mim uma pedra de tropeço, pois não tens em mente as coisas de Deus, e sim, as dos homens!» (Mt 16,23).

Ouvir a reprimenda de Jesus a Pedro é um bom motivo para fazer um exame de consciência sobre a nossa forma de ser cristão. Somos de verdade fiéis aos ensinamentos de Jesus Cristo, até ao ponto de pensarmos realmente como Deus, ou preferimos moldar-nos à forma de pensar e aos critérios deste mundo? Ao longo da história, os filhos da Igreja caímos na tentação de pensar segundo o mundo, de nos apoiarmos nas riquezas materiais, de procurarmos com afinco o poder político e o prestigio social; e por vezes movem-nos mais os interesses mundanos que o espírito do Evangelho. Perante estes fatos, volta a se apresentar-nos a pergunta: «De fato, que adianta a alguém ganhar o mundo inteiro, se perde a própria vida?» (Mt 16,26).

Depois de ter posto as coisas bem claras, Jesus ensinou-nos o que quer dizer pensar como Deus: amar, com tudo o que isso comporta de renuncia pelo bem do próximo. Por isso o seguir a Cristo passa pela cruz. É um segui-lo entranhável, porque «com a presença de um amigo e capitão tão bom como Cristo Jesus, que se pôs na vanguarda dos sofrimentos, tudo se pode sofrer: ajuda-nos e anima; não falha nunca, é um verdadeiro amigo» (Santa Teresa de Ávila). E…, quando a cruz é signo de amor sincero, converte-se em luminosa e signo de salvação.

Fonte evangeli.net M&M Euroeditors



Primeira Leitura (Jr 20, 7-9)


Leitura do Livro do Profeta Jeremias:

7Seduziste-me, Senhor, e deixei-me seduzir; foste mais forte, tiveste mais poder. Tornei-me alvo de irrisão o dia inteiro, todos zombam de mim.

8Todas as vezes que falo, levanto a voz, clamando contra a maldade e invocando calamidades; a palavra do Senhor tornou-se para mim fonte de vergonha e de chacota o dia inteiro.

9Disse comigo: “Não quero mais lembrar-me disso nem falar mais em nome dele”. Senti, então, dentro de mim um fogo ardente a penetrar-me o corpo todo; desfaleci, sem forças para suportar.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório (Sl 62)

— A minh’alma tem sede de vós/ como a terra sedenta, ó meu Deus!

— A minh’alma tem sede de vós/ como a terra sedenta, ó meu Deus!

— Sois vós, ó Senhor, o meu Deus!/ Desde a aurora ansioso vos busco!/ A minh’alma tem sede de vós,/ minha carne também vos deseja,/ como terra sedenta e sem água!

— Venho, assim, contemplar-vos no templo,/ para ver vossa glória e poder./ Vosso amor vale mais do que a vida:/ e por isso meus lábios vos louvam.

— Quero, pois, vos louvar pela vida,/ e elevar para vós minhas mãos!/ A minh’alma será saciada,/ como em grande banquete de festa;/ cantará a alegria em meus lábios,/ ao cantar para vós meu louvor!

— Para mim fostes sempre um socorro;/ de vossas asas à sombra eu exulto!/ Minha alma se agarra em vós;/ com poder vossa mão me sustenta.



Segunda Leitura (Rm 12, 1-2)

Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos:

1Pela misericórdia de Deus, eu vos exorto, irmãos, a vos oferecerdes em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus: este é o vosso culto espiritual.

2Não vos conformeis com o mundo, mas transformai-vos, renovando vossa maneira de pensar e de julgar, para que possais distinguir o que é da vontade de Deus, isto é, o que é bom, o que lhe agrada, o que é perfeito.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Dia Litúrgico: Sábado XXI do Tempo Comum - Evangelho (Mt 25,14-30) - 30.08.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Mt 25,14-30)

«O Reino dos Céus é também como um homem que ia viajar para o estrangeiro. Chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens: a um, cinco talentos, a outro, dois e ao terceiro, um — a cada qual de acordo com sua capacidade. Em seguida viajou. O servo que havia recebido cinco talentos saiu logo, trabalhou com eles e lucrou outros cinco. Do mesmo modo, o que havia recebido dois lucrou outros dois. Mas aquele que havia recebido um só, foi cavar um buraco na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor.

»Depois de muito tempo, o senhor voltou e foi ajustar contas com os servos. Aquele que havia recebido cinco talentos entregou-lhe mais cinco, dizendo: ‘Senhor, tu me entregaste cinco talentos. Aqui estão mais cinco que lucrei’. O senhor lhe disse: ‘Parabéns, servo bom e fiel! Como te mostraste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da alegria do teu senhor!’. Chegou também o que havia recebido dois talentos e disse: ‘Senhor, tu me entregaste dois talentos. Aqui estão mais dois que lucrei’. O senhor lhe disse: ‘Parabéns, servo bom e fiel! Como te mostraste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da alegria do teu senhor!’.

»Por fim, chegou aquele que havia recebido um só talento, e disse: ‘Senhor, sei que és um homem severo, pois colhes onde não plantaste e ajuntas onde não semeaste. Por isso fiquei com medo e escondi o teu talento no chão. Aqui tens o que te pertence’. O senhor lhe respondeu: ‘Servo mau e preguiçoso! Sabias que eu colho onde não plantei e que ajunto onde não semeei. Então devias ter depositado meu dinheiro no banco, para que, ao voltar, eu recebesse com juros o que me pertence’. Em seguida, o senhor ordenou: ‘Tirai dele o talento e dai àquele que tem dez! Pois a todo aquele que tem será dado mais, e terá em abundância, mas daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado. E quanto a este servo inútil, lançai-o fora, nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes!’».

Comentário: Rev. D. Albert SOLS i Lúcia (Barcelona, Espanha)

Um homem que ia viajar para o estrangeiro, chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens

Hoje contemplamos a parábola dos talentos. Em Jesus apreciamos uma mudança do estilo na sua mensagem: o anúncio do Reino, já não se limita tanto em assinalar a sua proximidade, mas a descrever seu conteúdo através de narrações: é hora das parábolas!

Um grande homem decide empreender uma longa viagem, e confia todo seu patrimônio a seus servos. Podia tê-lo distribuído em partes iguais, mas não o fez assim. Deu a cada um conforme a sua capacidade (cinco, dois e um talentos). Com aquele dinheiro, cada criado podia capitalizar o início de um bom negócio. Os dois primeiros se lançaram à administração de seus depósitos, mas o terceiro —por medo ou por preguiça— preferiu guardá-lo, eludindo todo investimento: se fechou na comodidade de sua própria pobreza.

O senhor regressou e... Exigiu a prestação de contas (cf. Mt 25,19). Premiou a valentia dos dois primeiros, que duplicaram o depósito confiado. O trato com o criado “prudente” foi muito diferente.

Dois mil anos depois, a mensagem da parábola continua tendo atualidade. As modernas democracias caminham para uma separação progressiva entre a Igreja e os Estados. Isto não é mau, pelo contrário. Não obstante, esta mentalidade global e progressiva esconde um efeito secundário, perigoso para os cristãos: ser a imagem viva daquele terceiro servo a quem o amo (figura bíblica de Deus Pai) repreendeu com grande severidade. Sem malícia, por mera comodidade ou medo, corremos o perigo de esconder e reduzir a nossa fé cristã ao meio familiar e amigos íntimos. O Evangelho não pode ficar numa leitura e estéril contemplação. Devemos administrar com valentia e risco a nossa vocação cristã no próprio ambiente social e profissional, proclamando a figura de Cristo com as palavras e o testemunho.

Santo Agostinho comenta: «Quem predica a palavra de Deus aos povos, não está tão longe da condição humana e da reflexão apoiada na fé, que não possa advertir os perigos. Porém, “consola saber que onde resida o perigo por causa do ministério, aí temos a ajuda de vossas orações».

Fonte evangeli.net M&M Euroeditors



Primeira Leitura(1Cor 1,26-31)

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios.

26Irmãos, considerai vós mesmos como fostes chamados por Deus. Pois entre vós não há muitos sábios de sabedoria humana nem muitos poderosos nem muitos nobres. 27Na verdade, Deus escolheu o que o mundo considera como estúpido, para assim confundir os sábios; Deus escolheu o que o mundo considera como fraco, para assim confundir o que é forte.

28Deus escolheu o que para o mundo é sem importância e desprezado, o que não tem nenhuma serventia, para assim mostrar a inutilidade do que é considerado importante, 29para que ninguém possa gloriar-se diante dele. 30É graças a ele que vós estais em Cristo Jesus, o qual se tornou para nós, da parte de Deus: sabedoria, justiça, san­tificação e libertação, 31para que, como está escrito, “quem se gloria, glorie-se no Senhor”.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório(Sl 32)

— Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!

— Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!

— Feliz o povo cujo Deus é o Senhor, e a nação que escolheu por sua herança! Dos altos céus o Senhor olha e observa; ele se inclina para olhar todos os homens.

— Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem, e que confiam esperando em seu amor, para da morte libertar as suas vidas e alimentá-los quando é tempo de penúria.

— No Senhor nós esperamos confiantes, porque ele é nosso auxílio e proteção! Por isso o nosso coração se alegra nele, seu santo nome é nossa única esperança.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Dia Litúrgico: 29 de Agosto: Martírio de São João Batista - Evangelho (Mc 6,17-29) - 29.08.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Mc 6,17-29)

Naquele tempo, Herodes tinha mandado prender João e acorrentá-lo na prisão, por causa de Herodíades, mulher de seu irmão Filipe, com a qual ele se tinha casado. Pois João vivia dizendo a Herodes: «Não te é permitido ter a mulher do teu irmão». Por isso, Herodíades lhe tinha ódio e queria matá-lo, mas não conseguia, pois Herodes temia João, sabendo que era um homem justo e santo, e até lhe dava proteção. Ele gostava muito de ouvi-lo, mas ficava desconcertado.

Finalmente, chegou o dia oportuno. Por ocasião de seu aniversário, Herodes ofereceu uma festa para os proeminentes da corte, os chefes militares e os grandes da Galiléia. A filha de Herodíades entrou e dançou, agradando a Herodes e a seus convidados. O rei, então, disse à moça: «Pede-me o que quiseres, e eu te darei». E fez até um juramento: «Eu te darei qualquer coisa que me pedires, ainda que seja a metade do meu reino». Ela saiu e perguntou à mãe: «Que devo pedir?». A mãe respondeu: «A cabeça de João Batista». Voltando depressa para junto do rei, a moça pediu: «Quero que me dês agora, num prato, a cabeça de João Batista». O rei ficou muito triste, mas, por causa do juramento e dos convidados, não quis faltar com a palavra. Imediatamente, mandou um carrasco cortar e trazer a cabeça de João. O carrasco foi e, lá na prisão, cortou-lhe a cabeça, trouxe-a num prato e deu à moça. E ela a entregou à sua mãe. Quando os discípulos de João ficaram sabendo, vieram e pegaram o corpo dele e o puseram numa sepultura.

Comentário: Fray Josep Mª MASSANA i Mola OFM (Barcelona, Espanha)

João vivia dizendo a Herodes: ?Não te é permitido ter a mulher do teu irmão?

Hoje lembramos o martírio de São João Batista, o Precursor do Messias. A vida toda do Batista gira em torno à Pessoa de Jesus, de forma tal que sem Ele, a existência e a tarefa do Precursor do Messias não teria sentido.

E, desde as entranhas da sua mãe, sente a proximidade do Salvador. O abraço de Maria e de Isabel, duas futuras mães, abriu o dialogo dos dois meninos: o Salvador santificava a João e, este pulava de entusiasmo dentro do ventre da sua mãe.

Na sua missão de Precursor manteve esse entusiasmo ?que etimológicamente significa estar cheio de Deus?, preparou-lhe os caminhos, nivelou-lhe as rotas, rebaixou-lhe as cimas, o anunciou já presente e, o assinalou com o dedo como o Messias: «Eis aqui o Cordeiro de Deus» (Jo 1,36).

No ocaso de sua existência, João, ao predicar a liberdade messiânica a aqueles que estavam cativos dos seus vícios, é encarcerado: «João dizia a Herodes: ?Não te é permitido ter a mulher do teu irmão?» (Mc 6,18). A morte do Batista é a testemunha martirizante centrada na pessoa de Jesus. Foi seu Precursor na vida e, também lhe precede agora na morte cruenta.

São Beda nos diz que «está encerrado, na escuridão de um cárcere, aquele que tinha vindo dar testemunho da Luz e, havia merecido da boca do mesmo Cristo (...) ser denominado lâmpada ardente e luminosa. Foi batizado com seu próprio sangue, aquele a quem antes lhe foi concedido batizar ao Redentor do mundo».

Queira Deus que a festa do Martírio de São João Batista entusiasme-nos, no sentido etimológico do término e, assim cheios de Deus, também demos testemunho de nossa fé em Jesus com coragem. Que nossa vida cristã também gire em torno à Pessoa de Jesus, o que lhe dará seu pleno sentido.

Fonte evangeli.net M&M Euroeditors



Primeira Leitura(Jr 1,17-19)

Leitura do Livro do Profeta Jeremias.

Naqueles dias, a Palavra do Senhor foi-me dirigida: 17“Vamos, põe a roupa e o cinto, levanta-te e comunica-lhes tudo que eu te mandar dizer. Não tenhas medo, senão, eu te farei tremer na presença deles.

18Com efeito, eu te transformarei hoje numa cidade fortificada, numa coluna de ferro, num muro de bronze contra todo o mundo, frente aos reis de Judá e seus príncipes, aos sacerdotes e ao povo da terra; 19eles farão guerra contra ti, mas não prevalecerão, porque eu estou contigo para defender-te”, diz o Senhor.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório(Sl 70)

— Minha boca anunciará vossa justiça!

— Minha boca anunciará vossa justiça!

— Eu procuro meu refúgio em vós, Senhor: que eu não seja envergonhado para sempre! Porque sois justo, defendei-me e libertai-me! Escutai a minha voz, vinde salvar-me!

— Sede uma rocha protetora para mim, um abrigo bem seguro que me salve! Porque sois a minha força e meu amparo, o meu refúgio, proteção e segurança! Li­bertai-me, ó meu Deus, das mãos do ímpio.

— Porque sois, ó Senhor Deus, minha esperança, em vós confio desde a minha juventude! Sois meu apoio desde antes que eu nascesse, desde o seio maternal, o meu amparo.

— Minha boca anunciará todos os dias vossa justiça e vossas graças incontáveis. Vós me ensinastes desde a minha juventude, e até hoje canto as vossas maravilhas.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Dia Litúrgico: Quinta-feira da 21ª semana do Tempo Comum - Evangelho (Mt 24,42-51) - 28.08.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Mt 24,42-51)

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: «Vigiai, portanto, pois não sabeis em que dia virá o vosso Senhor. Ficai certos: se o dono de casa soubesse a que horas da noite viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que sua casa fosse arrombada. Por isso, também vós, ficai preparados! Pois na hora em que menos pensais, virá o Filho do Homem. Quem é o servo fiel e prudente, que o Senhor encarregou do pessoal da casa, para lhes dar alimento na hora certa? Feliz aquele servo que o senhor, ao chegar, encontrar agindo assim. Em verdade vos digo, ele lhe confiará a administração de todos os seus bens. O servo mau, porém, se pensar consigo mesmo: ‘Meu senhor está demorando’, e começar a bater nos companheiros e a comer e a beber com os bêbados, então o senhor desse servo virá num dia inesperado e numa hora imprevista. Ele o excluirá e lhe imporá a sorte dos hipócritas. Ali haverá choro e ranger de dentes».

Comentário: + Rev. D. Albert TAULÉ i Viñas (Barcelona, Espanha)

Estejam preparados

Hoje, o texto evangélico nos fala sobre a incerteza do momento em que virá o Senhor: «Vigiai, portanto, pois não sabeis em que dia virá o vosso Senhor» (Mt 24,42). Se quisermos que nos encontre velando no momento de sua chegada, não podemos nos distrair nem dormir: temos de estar sempre preparados. Jesus dá muitos exemplos desta atenção: o que vigia se vem um ladrão, o servo que deseja comprazer a seu amo... Talvez nos falasse hoje de um goleiro de futebol que não sabe quando nem de que maneira virá a bola...

Porém, talvez, devêssemos antes esclarecer de qual vinda nos fala. Trata-se da hora da morte?; Trata-se do fim do mundo? Certamente, são vindas do Senhor que Ele deixou na incerteza exatamente para provocar em nós uma atenção constante. Porém, fazendo um cálculo de probabilidades, talvez ninguém de nossa geração venha a ser testemunha de um cataclismo universal que ponha fim à existência da vida humana neste planeta. E, pelo que se refere à morte, isto só vai acontecer uma vez. Mas, enquanto esta não chega, não haverá nenhuma outra vinda mais próxima ante a qual convenha estar sempre preparados?

«Como passam os anos! Os meses se reduzem a semanas, as semanas a dias, os dias a horas, e as horas a segundos...» (São Francisco de Sales). Cada dia, cada hora, em cada instante, o Senhor está próximo da nossa vida. Através de inspirações internas, através das pessoas que nos rodeiam, dos fatos que se vão sucedendo, o Senhor chama à nossa porta e, como diz o Apocalipse: «Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir minha voz e abrir a porta, eu entrarei na sua casa e tomaremos a refeição, eu com ele e ele comigo» (Ap 3,20). Hoje, se comungamos isto voltará a acontecer. Hoje, se escutamos pacientemente os problemas que outro nos confia ou, damos generosamente nosso dinheiro para ajudar numa necessidade, isto voltará a acontecer. Hoje, se em nossa oração pessoal recebemos —repentinamente — uma inspiração inesperada, isto tornará a acontecer.

Fonte evangeli.net M&M Euroeditors



Primeira Leitura(1Cor 1,1-9)

Início da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios.

1Paulo, chamado a ser apóstolo de Jesus Cristo, por vontade de Deus, e o irmão Sóstenes, 2à Igreja de Deus que está em Corinto: aos que foram santificados em Cristo Jesus, chamados a ser santos junto com todos que, em qualquer lugar, invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso. 3Para vós, graça e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.

4Dou graças a Deus sempre a vosso respeito, por causa da graça que Deus vos concedeu em Cristo Jesus: 5Nele fostes enriquecidos em tudo, em toda palavra e em todo conhecimento, 6à medida que o testemunho sobre Cristo se confirmou entre vós. 7Assim, não tendes falta de nenhum dom, vós que aguardais a revelação do Senhor nosso, Jesus Cristo. 8É ele também que vos dará perseverança em vosso procedimento irrepreensível, até o fim, até o dia de nosso Senhor Jesus Cristo. 9Deus é fiel; por ele fostes chamados à comunhão com seu Filho, Jesus Cristo, Senhor nosso.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório(Sl 144)

— Bendirei o vosso nome, pelos séculos, Senhor!

— Bendirei o vosso nome, pelos séculos, Senhor!

— Todos os dias haverei de bendizer-vos, hei de louvar o vosso nome para sempre. Grande é o Senhor e muito digno de louvores, e ninguém pode medir sua grandeza.

— Uma idade conta à outra vossas obras e publica os vossos feitos poderosos; proclamam todos o esplendor de vossa glória e divulgam vossas obras portentosas!

— Narram todos vossas obras poderosas, e de vossa imensidade todos falam. Eles recordam vosso amor tão grandioso e exaltam, ó Senhor, vossa justiça.

Dia Litúrgico: Quarta-feira da 21ª semana do Tempo Comum - Evangelho (Mt 23,27-32) - 27.08.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Mt 23,27-32)

Naquele tempo, disse Jesus: «Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Sois como sepulcros caiados: por fora parecem belos, mas por dentro estão cheios de ossos de cadáveres e de toda podridão! Assim também vós: por fora, pareceis justos diante dos outros, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e injustiça. Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Construís sepulcros para os profetas e enfeitais os túmulos dos justos, e dizeis: ‘Se tivéssemos vivido no tempo de nossos pais, não teríamos sido cúmplices da morte dos profetas’. Com isso, confessais que sois filhos daqueles que mataram os profetas. Vós, pois, completai a medida de vossos pais!

Comentário: + Rev. D. Lluís ROQUÉ i Roqué (Manresa, Barcelona, Espanha)

Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas!

Hoje, assim como nos dias anteriores e nos que seguiram, contemplamos Jesus fora de si, condenando atitudes incompatíveis com um viver digno, não somente cristão, mas também humano: «Por fora, pareceis justos diante dos outros, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e injustiça» (Mt 23,28). Vem confirmar que a sinceridade, a honestidade, a lealdade, a nobreza..., são virtudes amadas por Deus, e também, muito valorizadas pelo homem.

Para evitar, portanto, a hipocrisia, devo ser muito sincera. Em primeiro lugar com Deus, porque me quer limpo de coração, e que eu deteste toda mentira por ser Ele totalmente puro, a Verdade absoluta. Em segundo lugar, comigo mesmo, para não ser eu o primeiro a ser enganado, expondo-me a cometer um pecado contra o Espírito Santo por não reconhecer meus próprios pecados nem deixá-los de manifestar claramente no sacramento da Penitência, ou por não confiar suficientemente em Deus, que nunca condena quem faz como o filho pródigo, nem perde ninguém por ser um pecador, mas por não reconhecer-se como tal. Em terceiro lugar, com os outros, já que também —como a Jesus — a todos coloca fora de si, a mentira, o engano, a falta de sinceridade, de honradez, de lealdade, de nobreza..., e, por isso mesmo, havemos de nos aplicar o princípio: «O que não quer para você, não o deseje para ninguém».

Essas três atitudes —que são do senso comum — as temos que tornar nossas para evitar cair na hipocrisia, e devemos tomar consciência da necessidade da graça santificante, por causa do pecado original provocada pelo “pai da mentira”: o diabo. Por isso levaremos em conta o conselho de São Josemaria: «Na hora da prova, ide prevenido contra o demônio mudo»; teremos também presente a Orígenes, que diz: «Uma falsa santidade jaz morta, porque não trabalha movida por Deus», e nós nos regeremos sempre, pelo princípio elementar e simples proposto por Jesus: «Seja o vosso ‘sim, sim ’; e o vosso ‘não, não’» (Mt 5,37).

Maria não se esvai em palavras, mas o seu sim ao bem, à graça, foi único e verdadeiro; seu não ao mal, ao pecado, foi rotundo e sincero.: Quem desesperará de si mesmo quando este alcança a graça?» (Santo Ambrósio).

Fonte evangeli.net M&M Euroeditors



Primeira Leitura (2Ts 3,6-10.16-18)

Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Tessalonicenses.

6Nós vos ordenamos, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos afasteis de todo irmão que se comporta de maneira desordenada e contrária à tradição que de nós receberam. 7Bem sabeis como deveis seguir o nosso exemplo, pois não temos vivido entre vós na ociosidade.

8De ninguém recebemos de graça o pão que comemos. Pelo contrário, trabalhamos com esforço e cansaço, de dia e de noite, para não sermos pesados a ninguém. 9Não que não tivéssemos o direito de fazê-lo, mas queríamos apresentar-nos como exemplo a ser imitado. 10Com efeito, quando estávamos entre vós, demos esta regra: “Quem não quer trabalhar também não deve comer”.

16Que o Senhor da paz, ele próprio, vos dê a paz, sempre e em toda a parte. O Senhor esteja com todos vós. 17Esta saudação é de meu próprio punho, de Paulo. Assim é que assino todas as minhas cartas; é a minha letra. 18A graça de nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos vós.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório(Sl 127)

— Felizes todos que respeitam o Senhor!

— Felizes todos que respeitam o Senhor!

— Feliz és tu se temes o Senhor e trilhas seus caminhos! Do trabalho de tuas mãos hás de viver, serás feliz, tudo irá bem!

— Será assim abençoado todo homem que teme o Senhor. O Senhor te abençoe de Sião, cada dia de tua vida.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Dia Litúrgico: Terça-feira da 21ª semana do Tempo Comum - Evangelho (Mt 23,23-26) - 26.08.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Mt 23,23-26)

Naquele tempo, disse Jesus: «Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Pagais o dízimo da hortelã, da erva-doce e do cominho, e deixais de lado os ensinamentos mais importantes da Lei, como o direito, a misericórdia e a fidelidade. Isto é que deveríeis praticar, sem contudo deixar aquilo. Guias cegos, filtrais o mosquito, mas engolis o camelo! Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Limpais o copo e o prato por fora, mas por dentro estais cheios de roubo e cobiça. Fariseu cego! Limpa primeiro o copo por dentro, que também por fora ficará limpo».

Comentário: Fr. Austin NORRIS (Mumbai, India)

«Limpa primeiro o copo por dentro, que também por fora ficará limpo»

Hoje, temos a impressão de “pilhagem” a Jesus em um arrebato de mau humor, realmente alguém o tem feito se sentir molestado e irritado. Jesus Cristo se sente incomodado com a falsa religiosidade, as petições pomposas e a piedade egoísta. Ele tem notado um vazio de amor, a saber, esta em falta “a justiça, a misericórdia e a fé” (Mt 23,23) com as ações superficiais, as quais tratam de cumprir a Lei. Jesus encarna essas qualidades em sua pessoa e ministério. Ele era a justiça e a misericórdia. Suas ações, milagres, curas e palavras escorriam estes verdadeiros fundamentos, que fluem de seu coração amoroso. Para Jesus Cristo não se tratava de uma questão de “Lei”, mais sim, de um assunto de coração...

Inclusive nas palavras de castigo, vemos em Deus um toque de amor, importante para quem quer voltar ao básico “Foi indicado, homem, que é bom e que exige de ti o Senhor: nada mais que praticar a justiça, amar a fidelidade e caminhar humildemente com teu Deus” (Miq 6,8). O Papa Francisco disse: “Um pouco de misericórdia faz o mundo menos frio e mais justo”. Necessitamos compreender bem esta misericórdia de Deus, este Padre misericordioso que tem tanta paciência... Recordemos ao profeta Isaias, quando afirma que, embora nossos pecados sejam escarlates, o amor de Deus os transformará em brancos como a neve. É harmonioso, isto da misericórdia”.

“Purifica primeiro por dentro da taça, para que também fique pura por fora” (Mt 23,26). Quanto é certo para cada um de nós! Sabemos como a limpeza pessoal nos faz sentir frescos e vibrantes por dentro e por fora. Mas mesmo no âmbito espiritual e moral de nosso interior, nosso espírito, se está limpo e são, brilhará em boas obras e ações que honrem a Deus e lhe rendam uma verdadeira homenagem (cf. Jn 5,23). Fixemo-nos no marco maior do amor, da justiça e da fé e nos perdemos em ninharias que consomem nosso tempo, nos apequenamos e que nos fazem exigente. Mergulhemos no vasto oceano do amor de Deus e não nos conformemos com riachos e mesquinharias!

Comentário: Ir. Lluís SERRA i Llançana (Roma, Italia)
Limpa primeiro o copo por dentro, que também por fora ficará limpo

Hoje, Jesus faz claramente uma denúncia: «Ai de vós (...)! Ai de vós (...)!» (Mt 23,23.25). Seu alvo são os mestres da Lei e os fariseus, representantes das classes poderosas que exercem seu domínio espiritual e moral sobre o povo. Como podem orientar as pessoas sendo? guias cegos? Sua cegueira consiste na incoerência de cumprir escrupulosamente pequenos detalhes, que tem lá sua importância, mas deixar de lado coisas fundamentais, como a justiça, o amor e a fidelidade. Cuidam de sua imagem, que não corresponde ao seu interior, cheios «de roubo e cobiça» (Mt 23,25). Curiosamente, Jesus emprega termos relativos a aspectos econômicos.

O Evangelho de hoje é um convite às pessoas e aos grupos que desempenham papéis relevantes nas comunidades cristãs, ou seja, seus líderes, para que façam um exame de consciência. Respeitamos os valores fundamentais? Valorizamos mais as normas do que as pessoas? Impomos aos demais aquilo que nós mesmos não somos capazes de fazer? Falamos a partir da presunção de nossas ideias ou da humildade de nosso coração? Como dizia Dom Hélder Câmara: «Quisera ser uma poça d'água para refletir o céu». As pessoas vêem, nos seus pastores, homens de Deus que diferenciam o supérfluo do essencial? A fraqueza merece a compreensão, a hipocrisia provoca rejeição.

Ao escutar o Evangelho de hoje podemos cair numa cilada. Jesus disse aos mestres da Lei e aos fariseus que eram hipócritas. Também havia os que eram sinceros. Nós podemos pensar que este texto também se aplica atualmente aos bispos e sacerdotes. Certamente, como guias das comunidades cristãs, devem estar atentos para não cair nas atitudes que Jesus denuncia, mas há que se recordar que todo homem ou mulher-crente pode guardar em seu interior um "fariseu cego". Jesus nos convida: «Limpa primeiro o copo por dentro, que também por fora ficará limpo» (Mt 23,26). A espiritualidade tem suas raízes no interior do coração.

Fonte evangeli.net M&M Euroeditors 



Primeira Leitura (2Ts 2,1-3a.14-17)


Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Tessalonicenses.

1No que se refere à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa união com ele, nós vos pedimos, irmãos: 2não deixeis tão facilmente transtornar a vossa cabeça, nem vos alarmeis por causa de alguma revelação ou carta atribuída a nós, afirmando que o Dia do Senhor está próximo. 3aQue ninguém vos engane de modo algum. 14Deus vos chamou para que, por meio do nosso evangelho, alcanceis a glória de nosso senhor Jesus Cristo.

15Assim, portanto, irmãos, ficai firmes e conservai firmemente as tradições que vos ensinamos, de viva voz ou por carta. 16Nosso Senhor Jesus Cristo e Deus nosso Pai, que nos amou em sua graça e nos proporcionou uma consolação eterna e feliz esperança, 17animem os vossos corações e vos confirmem em toda boa ação e palavra.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório(Sl 95)


— O Senhor vem julgar nossa terra.

— O Senhor vem julgar nossa terra.


— Publicai entre as nações: “Reina o Senhor!” Ele firmou o universo inabalável, e os povos ele julga com justiça.

— O céu se rejubile e exulte a terra, aplauda o mar com o que vive em suas águas; os campos com seus frutos rejubilem.

— E exultem as florestas e as matas na presença do Senhor, pois ele vem, porque vem para julgar a terra inteira. Governará o mundo todo com justiça, e os povos julgará com lealdade.

sábado, 23 de agosto de 2014

Dia Litúrgico: Segunda-Feira da 21ª semana do Tempo Comum - Evangelho (Mt 23,13-22) - 25.08.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Mt 23,13-22)

«Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Fechais aos outros o Reino dos Céus, mas vós mesmos não entrais, nem deixais entrar aqueles que o desejam. Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Percorreis o mar e a terra para converter alguém, e quando o conseguis, o tornais merecedor do inferno, duas vezes mais do que vós. Ai de vós, guias cegos! Dizeis: ‘Se alguém jura pelo Santuário, não vale; mas se alguém jura pelo ouro do Santuário, então vale!’ Insensatos e cegos! Que é mais importante, o ouro ou o Santuário que santifica o ouro? Dizeis também: ‘Se alguém jura pelo altar, não vale; mas, se alguém jura pela oferenda que está sobre o altar, então vale!’ Cegos! Que é mais importante: a oferenda ou o altar que santifica a oferenda? De fato, quem jura pelo altar jura por ele e por tudo o que está sobre ele. E quem jura pelo Santuário jura por ele e por Deus, que habita no Santuário. E quem jura pelo céu jura pelo trono de Deus e por aquele que nele está sentado».

Comentário: P. Raimondo M. SORGIA Mannai OP (San Domenico di Fiesole, Florencia, Italia)

Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Fechais aos outros o Reino dos Céus

Hoje, o Senhor nos quer iluminar sobre um conceito que em si mesmo é elementar, mas que poucos chegam aprofundar: guiar para o desastre não é guiar à vida, senão à morte. Quem ensina morrer ou matar aos demais não é um mestre da vida, senão um “assassino”.

O Senhor hoje está —diríamos— de mau-humor, está justamente enfadado com os guias que extraviam ao próximo e lhe tiram o gosto de viver e, finalmente, a vida: «Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Percorreis o mar e a terra para converter alguém, e quando o conseguis, o tornais merecedor do inferno, duas vezes mais do que vós» (Mt 23,15).

Há gente que tenta de verdade entrar no Reino dos Céus, e tirar esta ilusão é uma culpa verdadeiramente grave. Têm se apoderado das chaves da entrada, mas para eles representam um “brinquedo”, algo chamativo para ter pendurado no cinturão e nada mais. Os fariseus perseguem os indivíduos, e “andam a caça” para levá-los a sua própria convicção religiosa; não à de Deus, senão à própria; com o fim convertê-los não em filhos de Deus, senão do inferno. O seu orgulho não eleva ao céu, não conduz à vida, senão à perdição. Que erro tão grave!

«Guias —diz-lhes Jesus— cegos! Filtrais um mosquito e engolis um camelo» (Mt 23,24). Todo está trocado, revolvido; o Senhor repetidamente há tentado destampar as orelhas e desvendar os olhos dos fariseus, mas diz o profeta Zacarias: «Eles, porém, não quiseram escutar: voltaram-me as costas, revoltados, e taparam os ouvidos para nada ouvir» (Za 7,11). Então, no momento do juízo, o juiz emitirá uma sentença severa: «Nunca vos conheci. Retirai-vos de mim, operários maus!» (Mt 7,23). Não é suficiente saber mais: faz falta saber a verdade e ensiná-la com humilde fidelidade. Lembremo-nos do que disse um autêntico mestre da sabedoria, Santo Tomás de Aquino: «Enquanto louvam a sua própria bravura, os soberbos envilecem a excelência da verdade!».

Fonte evangeli.net M&M Euroeditors



Primeira Leitura (2Ts 1,1-5.11b-12)

Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Tessalonicenses.

1Paulo, Silvano e Timóteo, à Igreja dos Tessalonicenses reunida em Deus nosso Pai e no Senhor Jesus Cristo: 2a vós, graça e paz da parte de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo. 3Devemos agradecer sempre por vós, irmãos, com toda justiça, porque progredis sempre mais na fé e porque aumenta a caridade que tendes uns para com os outros.

4Assim, nos gloriamos nas Igrejas de Deus por causa da vossa perseverança e da vossa fé em todas as perseguições e sofrimentos que suportais. 5Estes constituem um sinal do justo juízo de Deus, pois servem para serdes julgados dignos do reino de Deus, pelo qual também estais sofrendo. 11bQue o nosso Deus vos faça dignos da sua vocação. Que ele, por seu poder, realize todo o bem que desejais e torne ativa a vossa fé. 12Assim o nome de nosso Senhor Jesus Cristo será glorificado em vós, e vós nele, em virtude da graça do nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório(Sl 95)

— Anunciai as maravilhas do Senhor entre todas as nações!

— Anunciai as maravilhas do Senhor entre todas as nações!

— Cantai ao Senhor Deus um canto novo, cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! Cantai e bendizei seu santo nome!

— Dia após dia anunciai sua salvação, manifestai a sua glória entre as nações, e entre os povos do universo seus prodígios!

— Pois Deus é grande e muito digno de louvor, é mais terrível e maior que os outros deuses; porque um nada são os deuses dos pagãos. Foi o Senhor e nosso Deus quem fez os céus.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Dia Litúrgico: Tempo Comum, Semana XXI (A), domingo - Evangelho (Mt 16,13-20) - 24.08.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Mt 16,13-20)

Jesus foi à região de Cesareia de Filipe e ali perguntou aos discípulos: «Quem é que as pessoas dizem ser o Filho do Homem?». Eles responderam: «Alguns dizem que és João Batista; outros, Elias; outros ainda, Jeremias ou algum dos profetas». «E vós», retomou Jesus, «quem dizeis que eu sou?». Simão Pedro respondeu: «Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo». Jesus então declarou: «Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi carne e sangue quem te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. Por isso, eu te digo: tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e as forças do Inferno não poderão vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus». Em seguida, recomendou aos discípulos que não dissessem a ninguém que ele era o Cristo.

Comentário: Rev. D. Joaquim MESEGUER García (Sant Quirze del Vallès, Barcelona, Espanha)

Quem é que as pessoas dizem ser o Filho do Homem? (…) E vós, quem dizeis que eu sou?

Hoje, a profissão de fé de Pedro em Cesareia de Filipe abre a ultima etapa do ministério público de Jesus preparando-nos para o acontecimento supremo da sua morte e ressurreição. Depois da multiplicação dos pães e dos peixes, Jesus decide retirar-se por algum tempo com os seus apóstolos para intensificar a sua formação. Neles começa a tornar-se visível a Igreja, semente do Reino de Deus no mundo.

Há dois Domingos atrás, ao contemplar como Pedro andava sobre as águas e se afundava nelas, escutávamos a repreensão de Jesus: «Que pouca fé! Porque duvidaste?» (Mt 14,31). Hoje, a repreensão é trocada por um elogio: «Feliz és tu, Simão, filho de Jonas» (Mt 16,17). Pedro é ditoso porque abriu o seu coração à revelação divina e reconheceu em Jesus Cristo o Filho de Deus Salvador. Ao longo da história colocam-se-nos as mesmas perguntas: «Quem é que as pessoas dizem ser o Filho do Homem? (…) e vós, quem dizeis que eu sou?» (Mt 16,13.15). Também nós, num momento ou outro, tivemos que responder quem é Jesus para mim e o que é que reconheço Nele; de uma fé recebida e transmitida por testemunhos (pais, catequistas, sacerdotes, professores, amigos…) passamos a uma fé personalizada em Jesus Cristo, da qual também nos convertemos em testemunhas, já que nisso consiste o núcleo essencial da fé cristã.

Somente desde a fé e a comunhão com Jesus Cristo venceremos o poder do mal. O Reino da morte manifesta-se entre nós, causa-nos sofrimento e apresenta-nos muitas interrogações; no entanto, também o Reino de Deus se faz presente no meio de nós e revela a esperança; e a Igreja, sacramento do Reino de Deus no mundo, cimentada na rocha da fé confessada por Pedro, nos faz nascer à esperança e à alegria da vida eterna. Enquanto houver humanidade no mundo, será preciso dar esperança e enquanto for preciso dar esperança, será necessária a missão da Igreja; por isso, o poder do inferno não a derrotará, já que Cristo, presente no seu povo, assim nos garante. 
Fonte evangeli.net M&M Euroeditors 



Primeira Leitura (Is 22,19-23)

Leitura do Livro do Profeta Isaías:

Assim diz o Senhor a Sobna, o administrador do palácio: 19“Eu vou te destituir do posto que ocupas e demitir-te do teu cargo. 20Acontecerá que nesse dia chamarei meu servo Eliacim, filho de Helcias, 21e o vestirei com a tua túnica e colocarei nele a tua faixa, porei em suas mãos a tua autoridade; ele será um pai para os habitantes de Jerusalém e para a casa de Judá.

22Eu o farei levar aos ombros a chave da casa de Davi; ele abrirá, e ninguém poderá fechar; ele fechará, e ninguém poderá abrir. 23Hei de fixá-lo como estaca em lugar seguro e aí ele terá o trono de glória na casa de seu pai”.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório (Sl 137)

— Ó Senhor, vossa bondade é para sempre!/ Completai em mim a obra começada!

— Ó Senhor, vossa bondade é para sempre!/ Completai em mim a obra começada!

— Ó Senhor, de coração eu vos dou graças,/ porque ouvistes as palavras dos meus lábios!/ Perante os vossos anjos vou cantar-vos/ e ante o vosso templo vou prostrar-me.

— Ó Senhor, vossa bondade é para sempre!/ Completai em mim a obra começada!

— Eu agradeço vosso amor, vossa verdade,/ porque fizestes muito mais que prometestes;/ naquele dia, em que gritei, vós me escutastes/ e aumentastes o vigor da minha alma.

— Altíssimo é o Senhor, mas olha os pobres,/ e de longe reconhece os orgulhosos./ Ó Senhor, vossa bondade é para sempre!/ Eu vos peço: não deixeis inacabada/ esta obra que fizeram vossas mãos!



Segunda Leitura (Rm 11,33-36)

Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos:

33Ó profundidade da riqueza, da sabedoria e da ciência de Deus! Como são inescrutáveis os seus juízos e impenetráveis os seus caminhos!

34De fato, quem conheceu o pensamento do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro? 35Ou quem se antecipou em dar-lhe alguma coisa, de maneira a ter direito a uma retribuição? 36Na verdade, tudo é dele, por ele e para ele. A ele a glória para sempre. Amém!


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Dia Litúrgico: Sábado XX do Tempo Comum - Evangelho (Mt 23,1-12) - 23.08.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Mt 23,1-12)

Naquele tempo, Jesus falou às multidões e aos discípulos:«Os escribas e os fariseus sentaram-se no lugar de Moisés para ensinar. Portanto, tudo o que eles vos disserem, fazei e observai, mas não imiteis suas ações! Pois eles falam e não praticam. Amarram fardos pesados e insuportáveis e os põem nos ombros dos outros, mas eles mesmos não querem movê-los, nem sequer com um dedo. Fazem todas as suas ações só para serem vistos pelos outros, usam faixas bem largas com trechos da Lei e põem no manto franjas bem longas. Gostam do lugar de honra nos banquetes e dos primeiros assentos nas sinagogas, de serem cumprimentados nas praças públicas e de serem chamados de "Rabi".

»Quanto a vós, não vos façais chamar de "Rabi", pois um só é vosso Mestre e todos vós sóis irmãos. Não chameis a ninguém na terra de "Pai", pois um só é vosso Pai, aquele que está nos céus. Não deixeis que vos chamem de "Guia", pois um só é o vosso Guia, o Cristo. Pelo contrário, o maior dentre vós deve ser aquele que vos serve. Quem se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado».

Comentário: Rev. D. Antoni CAROL i Hostench (Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)

Quem se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado

Hoje, Jesus Cristo chama-nos novamente à humildade, é um convite para situarmos no lugar certo, que nos pertence: «Quanto a vós, não vos façais chamar de ‘rabi’, (...). Não chameis a ninguém na terra de ‘pai’, pois um só é vosso Pai, aquele que está nos céus. Não deixeis que vos chamem de ‘guia’, pois um só é o vosso Guia, o Cristo» (Mt 23,8-10). Antes de nos apropriar de todos esses títulos, procuremos dar graças a Deus, por tudo o que temos e que recebemos dele.

Como diz São Paulo, «Que tens que não tenhas recebido? Mas, se recebeste tudo que tens, por que, então, te glorias, como se não o tivesses recebido?» (I Cor 4,7). De maneira que, quando tenhamos consciência de ter agido corretamente, faremos bem em repetir: «Somos simples servos, fizemos o que devíamos fazer» (Lc 17,10).

O homem moderno padece de uma lamentável amnésia: vivemos e agimos como se fôssemos, nós mesmos, os autores da vida e os criadores do mundo. Ao contrário disto, Aristóteles provoca admiração, ele quem na sua teologia natural —desconhecia o conceito de "criação" (noção conhecida naqueles tempos somente pela Divina Revelação), ao menos, tinha claro que este mundo dependia da Divindade (a "causa incausada"). João Paulo II chama-nos a conservar a memória da dívida que temos contraída com nosso Deus: «É preciso que o homem dê honra ao Criador, oferecendo-lhe, em ação de graças e louvores, tudo o que dele tem recebido. O homem não pode perder o sentido desta dívida, que somente Ele, dentre todas as outras realidades terrestres, pode reconhecer».

Alem do mais, pensando na vida sobrenatural, nossa colaboração — Ele não fará nada sem nossa autorização, sem nosso esforço!— consiste em não perturbar o trabalho do Espírito Santo: Deixar Deus fazer! Que a santidade não a "fabricamos" nós, mas Ele a outorga, Ele que é Mestre, Pai e Guia. Em todo caso, se acreditamos que somos e temos algo, esforcemo-nos em colocá-lo ao serviço dos outros: «o maior dentre vós deve ser aquele que vos serve» (Mt 23,11).
Fonte evangeli.net M&M Euroeditors 



Primeira Leitura (2Cor 10,17–11,2)


Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios.

Irmãos, 17quem se gloria, glorie-se no Senhor. 18Pois é aprovado só aquele que o Senhor recomenda e não aquele que se recomenda a si mesmo. 11,1Oxalá pudésseis suportar um pouco de insensatez, da minha parte. Na verdade, vós me suportais. 2Sinto por vós um amor ciumento semelhante ao amor que Deus vos tem. Fui eu que vos desposei a um único esposo, apresentando-vos a Cristo como virgem pura.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório(Sl 148)


— Vós jovens, vós moças e rapazes, louvai todos o nome do Senhor!

— Vós jovens, vós moças e rapazes, louvai todos o nome do Senhor!


— Louvai o Senhor Deus nos altos céus, louvai-o no excelso firmamento! Louvai-o, anjos seus, todos louvai-o, louvai-o, legiões celestiais!

— Reis da terra, povos todos, bendizei-o, e vós, príncipes e todos os juízes; e vós, jovens, e vós, moças e rapazes, anciãos e criancinhas, bendizei-o! Louvem o nome do Senhor, louvem-no todos.

— A majestade e o esplendor de sua glória ultrapassam em grandeza o céu e a terra! Ele exaltou seu povo eleito em poderio, ele é o motivo de louvor para os seus santos. É um hino para os filhos de Israel, este povo que ele ama e lhe pertence.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Dia Litúrgico: Sexta-feira da 20ª semana do Tempo Comum - Evangelho (Mt 22,34-40) - 22.08.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Mt 22,34-40)

Naquele tempo, os fariseus ouviram dizer que Jesus tinha feito calar os saduceus. Então se reuniram, e um deles, um doutor da Lei, perguntou-lhe, para experimentá-lo: «Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?». Ele respondeu: «Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu entendimento! Esse é o maior e o primeiro mandamento. Ora, o segundo lhe é semelhante: Amarás teu próximo como a ti mesmo. Toda a Lei e os Profetas dependem desses dois mandamentos».

Comentário: Rev. D. Pere CALMELL i Turet (Barcelona, Espanha)

Amarás o Senhor, teu Deus (...)Amarás teu próximo

Hoje, o Mestre da Lei pergunta a Jesus: «Qual é o mandamento mais importante da Lei?» (Mt 22,36), o mais importante, o primeiro. A resposta, porém, fala do primeiro mandamento e do segundo, que lhe «é semelhante» (Mt 22,39). Dois elos inseparáveis, que são uma coisa só. Inseparáveis, mas uma primeira e outra segunda, uma de ouro, outra de prata. O Senhor nos leva ao âmago da catequese cristã, porque «toda a Lei e os Profetas dependem desses dois mandamentos» (Mt 22,40).

Eis aqui a razão de ser do comentário clássico sobre as duas madeiras da Cruz do Senhor: a que está fincada na terra é a verticalidade, que olha na direção do Céu, a Deus. O transverso representa a horizontalidade, a relação com nossos iguais. Também nesta imagem há um primeiro e um segundo. A horizontalidade estaria em nível da terra, se antes não possuíssemos uma haste na vertical e, quando mais queremos elevar o nível dos nossos serviços aos nossos semelhantes —a horizontalidade— mais elevado deve ser nosso amor a Deus. Do contrário, virá facilmente o desânimo, a inconstância, a exigência de compensações quaisquer que elas sejam. Disse S. João da Cruz: «Quanto mais ama uma alma, mais perfeita é naquilo que ama; daqui que essa alma, que já é perfeita, toda ela é amor e, todas suas ações são amor».

De fato, nos santos que conhecemos vemos como o amor a Deus, que sabem manifestar-lhe de muitas maneiras, lhes outorga uma grande iniciativa no momento de ajudar o próximo. Peçamos hoje à Virgem Santíssima que nos encha de desejo de surpreender ao Nosso Senhor com obras e palavras de afeto. Assim nosso coração será capaz de descobrir como surpreender com algum detalhe simpático aos que vivem e trabalham ao nosso lado e, não somente fazer isso nos dias assinalados, que isso todos sabem como agir. Surpreender!: Forma prática de pensar menos em nós mesmos.
Fonte evangeli.net M&M Euroeditors



Primeira Leitura(Is 9,1-6)

Leitura do Livro do Profeta Isaías.

1O povo, que andava na escuridão, viu uma grande luz; para os que habitavam nas sombras da morte, uma luz resplandeceu. 2Fizeste crescer a alegria, e aumentaste a felicidade; todos se regozijam em tua presença como alegres ceifeiros na colheita, ou como exaltados guerreiros ao dividirem os despojos. 3Pois o jugo que oprimia o povo, —a carga sobre os ombros, o orgulho dos fiscais — tu os abateste como na jornada de Madiã.

4Botas de tropa de assalto, trajes manchados de sangue, tudo será queimado e devorado pelas chamas. 5Porque nasceu para nós um menino, foi-nos dado um filho; ele traz aos ombros a marca da realeza; o nome que lhe foi dado é: Conselheiro admirável, Deus forte, Pai dos tempos futuros, Príncipe da Paz.

6Grande será o seu reino e a paz não há de ter fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reinado, que ele irá consolidar e confirmar em justiça e santidade, a partir de agora e para todo o sempre. O amor zeloso do Senhor dos exércitos há de realizar estas coisas.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório(Sl 112)

— Bendito seja o nome do Senhor, agora e por toda a eternidade!

— Bendito seja o nome do Senhor, agora e por toda a eternidade!

— Louvai, louvai ó servos do Senhor, louvai, louvai o nome do Senhor! Bendito seja o nome do Senhor, agora e por toda a eternidade!

— Do nascer do sol até o seu ocaso, louvado seja o nome do Senhor! O Senhor está acima das nações, sua glória vai além dos altos céus.

— Quem pode comparar-se ao nosso Deus, ao Senhor, que no alto céu tem o seu trono e se inclina para olhar o céu e a terra?

— Levanta da poeira o indigente e do lixo ele retira o pobrezinho, para fazê-lo assentar-se com os nobres, assentar-se com os nobres do seu povo!

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Dia Litúrgico: Quinta-feira da 20ª semana do Tempo Comum - Evangelho (Mt 22,1-14) - 21.08.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Mt 22,1-14)

Naquele tempo, Jesus voltou a falar em parábolas aos sumos sacerdotes e aos anciãos do povo, dizendo: «O Reino dos Céus é como um rei que preparou a festa de casamento do seu filho. Mandou seus servos chamar os convidados para a festa, mas estes não quiseram vir. Mandou então outros servos, com esta ordem: ‘Dizei aos convidados: já preparei o banquete, os bois e os animais cevados já foram abatidos e tudo está pronto. Vinde para a festa!’. Mas os convidados não deram a menor atenção: um foi para seu campo, outro para seus negócios, outros agarraram os servos, bateram neles e os mataram. O rei ficou irritado e mandou suas tropas matar aqueles assassinos e incendiar a cidade deles.

»Em seguida, disse aos servos: ‘A festa de casamento está pronta, mas os convidados não foram dignos dela. Portanto, ide às encruzilhadas dos caminhos e convidai para a festa todos os que encontrardes’. Os servos saíram pelos caminhos e reuniram todos os que encontraram, maus e bons. E a sala da festa ficou cheia de convidados. Quando o rei entrou para ver os convidados, observou um homem que não estava em traje de festa, e perguntou-lhe: ‘Meu caro, como entraste aqui sem o traje de festa?’. Mas o homem ficou sem responder. Então o rei disse aos que serviam: ‘Amarrai os pés e as mãos desse homem e lançai-o fora, nas trevas! Ali haverá choro e ranger de dentes’. Pois muitos são chamados, mas poucos são escolhidos».

Comentário: Rev. D. David AMADO i Fernández (Barcelona, Espanha)

Já preparei o banquete, os bois e os animais cevados já foram abatidos e tudo está pronto. Vinde para a festa!

Hoje, a parábola evangélica nos fala do banquete do Reino. É uma figura recorrente na predicação de Jesus. Trata-se dessa festa de casamento que acontecerá ao final dos tempos e que será a união de Jesus com a sua Igreja. Ela é a esposa de Cristo que caminha pelo mundo, mas que vai se unir finalmente ao seu Amado para sempre. Deus Padre tem preparado essa festa e quer que todos os homens assistam a ela. Por isso diz a todos os homens: «Vinde para a festa!» (Mt 22,4).

A parábola, no entanto, tem um desenvolvimento trágico, pois muitos, «não deram a menor atenção: um foi para seu campo, outro para seus negócios... » (Mt 22,5). Por isso, a misericórdia de Deus vai se dirigindo a pessoas cada vez mais distantes. É como um noivo que vai se casar e convida a seus familiares e amigos, mas eles não querem assistir; chama depois a conhecidos e colegas de trabalho e vizinhos, mas todos dão desculpas; finalmente convida qualquer pessoa que encontra, pois tem preparado um banquete e quer que hajam convidados na mesa. Algo parecido acontece com Deus.

Mas também, os diferentes personagens que aparecem na parábola podem ser imagem dos estados da nossa alma. Pela graça batismal somos amigos de Deus e coerdeiros com Cristo: temos um lugar reservado no banquete. Se esquecermos nossa condição de filhos, Deus passa a nos tratar como conhecidos, mas continua nos convidando. Se deixarmos morrer em nós a graça, convertemo-nos em gente do caminho, transeuntes sem oficio nem beneficio sob as coisas do Reino. Mas Deus segue chamando.

A chamada chega a qualquer momento. É por convite. Ninguém tem direito. É Deus quem presta atenção em nós e diz: «Vinde para a festa!». E o convite há de ser aceito com palavras e fatos. Por isso aquele convidado mal vestido é expulso: «Meu caro, como entraste aqui sem o traje de festa?» (Mt 22,12).

Fonte evangeli.net M&M Euroeditors



Primeira Leitura (Ez 36,23-28)


Leitura da Profecia de Eze­quiel.

Assim fala o Senhor: 23“Vou mostrar a santidade do meu grande nome, que profanastes no meio das nações. As nações saberão que eu sou o Senhor – oráculo do Senhor Deus –, quando eu manifestar minha santidade à vista delas por meio de vós. 24Eu vos tirarei do meio das nações, vos reunirei de todos os países, e vos conduzirei para a vossa terra. 25Derramarei sobre vós uma água pura, e sereis purificados. Eu vos purificarei de todas as impurezas e de todos os ídolos.

26Eu vos darei um coração novo e porei um espírito novo dentro de vós. Arrancarei do vosso corpo o coração de pedra e vos darei um coração de carne; 27porei meu espírito dentro de vós e farei com que sigais a minha lei e cuideis de observar os meus mandamentos. 28Habitareis no país que dei a vossos pais. Sereis o meu povo e eu serei o vosso Deus”.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório(Sl 50)


— Eu hei de derramar sobre vós uma água pura, e de vossas imundícies sereis purificados.

— Eu hei de derramar sobre vós uma água pura, e de vossas imundícies sereis purificados.

— Criai em mim um coração que seja puro, dai-me de novo um espírito decidido. Ó Senhor, não me afasteis de vossa face, nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!

— Dai-me de novo a alegria de ser salvo e confirmai-me com espírito generoso! Ensinarei vosso caminho aos pecadores, e para vós se voltarão os transviados.

— Pois não são de vosso agrado os sacrifícios, e, se oferto um holocausto, o rejeitais. Meu sacrifício é minha alma penitente, não desprezeis um coração arrependido!

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Dia Litúrgico: Quarta-feira da 20ª semana do Tempo Comum - Evangelho (Mt 20,1-16) - 20.08.2014

Meditando o Evangelho de hoje






Evangelho (Mt 20,1-16)

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos esta parábola: «Pois o Reino dos Céus é como o proprietário que saiu de madrugada para contratar trabalhadores para a sua vinha. Combinou com os trabalhadores a diária e os mandou para a vinha. Em plena manhã, saiu de novo, viu outros que estavam na praça, desocupados, e lhes disse: ‘Ide também vós para a minha vinha. Eu pagarei o que for justo’. E eles foram. Ao meio-dia e em plena tarde, ele saiu novamente e fez a mesma coisa. Saindo outra vez pelo fim da tarde, encontrou outros que estavam na praça e lhes disse: ‘Por que estais aí o dia inteiro desocupados?’. Eles responderam: ‘Porque ninguém nos contratou’. E ele lhes disse: ‘Ide vós também para a minha vinha’.

»Ao anoitecer, o dono da vinha disse ao administrador: ‘Chama os trabalhadores e faze o pagamento, começando pelos últimos até os primeiros!’. Vieram os que tinham sido contratados no final da tarde, cada qual recebendo a diária. Em seguida vieram os que foram contratados primeiro, pensando que iam receber mais. Porém, cada um deles também recebeu apenas a diária. Ao receberem o pagamento, começaram a murmurar contra o proprietário: ‘Estes últimos trabalharam uma hora só, e tu os igualaste a nós, que suportamos o peso do dia e o calor ardente’. Então, ele respondeu a um deles: ‘Companheiro, não estou sendo injusto contigo. Não combinamos a diária? Toma o que é teu e vai! Eu quero dar a este último o mesmo que dei a ti. Acaso não tenho o direito de fazer o que quero com aquilo que me pertence? Ou estás com inveja porque estou sendo bom?’. Assim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos».

Comentário: Rev. D. Antoni CAROL i Hostench (Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)

Assim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos

Hoje, a Palavra de Deus nos convida a perceber que a “lógica” divina vai muito além da lógica meramente humana. Enquanto nós homens calculamos («Pensando que iam receber mais»: Mt 20,10), Deus —que é Pai entranhável— simplesmente, ama («Ou estás com inveja porque estou sendo bom?» : Mt 20,15.) E a medida do Amor é não ter medida: «Amo porque amo, amo para amar» (São Bernardo).

Mas isso não torna a justiça inútil: «Eu pagarei o que for justo» (Mt 20,4). Deus não é arbitrário e quer nos tratar como filhos inteligentes: por isso é lógico que tenha “acordos” conosco. De fato, em outros momentos, os ensinamentos de Jesus deixam claro que quem recebe mais também será mais exigido (lembremos da parábola dos talentos). Enfim, Deus é justo, mas a caridade não se desentende da justiça, mas sim, a supera. (cf. 1Cor 13,5).

Um ditado popular afirma que «a justiça por justiça é a pior das injustiças». Felizmente para nós, a justiça de Deus —repitamos, transbordante de seu Amor— supera nossos esquemas. Se unicamente se tratasse de estrita justiça, nós, então, estaríamos pendentes de redenção. Além disso, não teríamos nenhuma esperança de redenção. Em justiça estrita não mereceríamos nenhuma redenção: simplesmente, ficaríamos despossuídos daquilo que se nos tinha dado no momento da criação e que rejeitamos no momento do pecado original. Examinemo-nos, portanto, como agimos nos julgamentos, comparações e cálculos quando tratamos os demais.

Além disso, se falarmos de santidade, temos que partir da base de que tudo é graça. A mostra mais clara é o caso de Dimas, o bom ladrão. Inclusive a possibilidade de merecer diante de Deus, é também uma graça (algo que nos é concedido gratuitamente). Deus é o amo, nosso «proprietário que saiu de madrugada para contratar trabalhadores para a sua vinha» (Mt 20,1). A vinha (quer dizer, a vida, o céu...) é dele; nós somos convidados, e não de qualquer maneira: é uma honra poder trabalhar aí e, assim “ganhar” o céu.
Fonte evangeli.net M&M Euroeditors



Primeira Leitura(Ez 34,1-11)

Leitura da Profecia de Eze­quiel.

1A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: 2“Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel! Profetiza, dizendo-lhes: Assim fala o Senhor Deus aos pastores: Ai dos pastores de Israel, que se apascentam a si mesmos! Não são os pastores que devem apascentar as ovelhas? 3Vós vos alimentais com o seu leite, vestis a sua lã e matais os animais gordos, mas não apas­centais as ovelhas. 4Não fortale­cestes a ovelha fraca, não curas­tes a ovelha doente, nem enfai­xastes a ovelha ferida. Não trou­xestes de volta a ovelha extraviada, não pro­cu­rastes a ovelha perdida; ao contrário, do­minastes sobre elas com dureza e brutalidade.

5As ovelhas dispersaram-se por falta de pastor, tornando-se presa de todos os animais selvagens. 6Minhas ovelhas vaguearam sem rumo por todos os montes e colinas elevadas. Dispersaram-se minhas ovelhas por toda a extensão do país, e ninguém perguntou por elas, nem as procurou.

7Por isso, ó pastores, escutai a palavra do Senhor: 8Eu juro por minha vida – oráculo do Senhor Deus – já que minhas ovelhas foram entregues à pilhagem e se tornaram presa de todos os animais selvagens, por falta de pastor; e porque os meus pastores não procuraram as minhas ovelhas, mas apascentaram-se a si mesmos e não as ovelhas, 9por isso, ó pastores, escutai a palavra do Senhor!

10Assim diz o Senhor Deus: Aqui estou para enfrentar os pastores e reclamar deles as minhas ovelhas. Vou tirar-lhes o ofício de pastor, e eles não mais poderão apascentar-se a si mesmos. Vou libertar da boca deles as minhas ovelhas, para não mais lhes servirem de alimento. 11Assim diz o Senhor Deus: Vede! Eu mesmo vou procurar minhas ovelhas e tomar conta delas.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório(Sl 22)

— O Senhor é o pastor que me conduz, não me falta coisa alguma.

— O Senhor é o pastor que me conduz, não me falta coisa alguma.

— O Senhor é o pastor que me conduz; não me falta coisa alguma. Pelos prados e campinas verdejan­tes ele me leva a descansar. Para as águas repousantes me encaminha e restaura as minhas forças.

— Ele me guia no caminho mais seguro, pela honra do seu nome. Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei. Estais comigo com bastão e com cajado, eles me dão a segurança!

— Preparais à minha frente uma mesa, bem à vista do inimigo; com óleo vós ungis minha cabeça, e o meu cálice transborda.

— Felicidade e todo bem hão de seguir-me, por toda a minha vida; e, na casa do Senhor, habitarei pelos tempos infinitos.

domingo, 17 de agosto de 2014

Dia Litúrgico: Terça-feira da 20ª semana do Tempo Comum - Evangelho (Mt 19,23-30) - 19.08.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Mt 19,23-30)

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: «Em verdade vos digo, dificilmente um rico entrará no Reino dos Céus. E digo ainda: é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus». Ouvindo isso, os discípulos ficaram perplexos e perguntaram: «Quem, pois, poderá salvar-se?». Jesus olhou bem para eles e disse: «Para os homens isso é impossível, mas para Deus tudo é possível».

Em seguida, Pedro tomou a palavra e disse-lhe: «Olha! Nós deixamos tudo e te seguimos. Que haveremos de receber?». Jesus respondeu: «Em verdade vos digo, quando o mundo for renovado e o Filho do Homem se sentar no trono de sua glória, também vós, que me seguistes, havereis de sentar-vos em doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel. E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou campos, por causa do meu nome, receberá cem vezes mais e terá como herança a vida eterna. Ora, muitos que são primeiros serão últimos, e muitos que são últimos serão primeiros».

Comentário: Rev. D. Fernando PERALES i Madueño (Terrassa, Barcelona, Espanha)
Dificilmente um rico entrará no Reino dos Céus (...) Quem, pois, poderá salvar-se?

Hoje, contemplamos a reação que suscitou entre os ouvintes o diálogo do jovem rico com Jesus: «Quem, pois, poderá salvar-se?» (Mt 19,25). As palavras do Senhor dirigidas ao jovem rico são manifestamente duras, pretendem surpreender, despertar as nossas sonolências. Não se tratam de palavras isoladas, acidentais no Evangelho: repete vinte vezes este tipo de mensagem. Devemos recordá-lo: Jesus adverte contra os obstáculos que implicam as riquezas, para entrar na vida...

E, no entanto, Jesus amou e chamou homens ricos, sem lhes exigir que abandonassem as suas responsabilidades. A riqueza em si mesma não é má, a não ser que a sua origem tenha sido adquirida de forma injusta, ou o seu destino, que se utilize de forma egoísta sem ter em conta os mais desfavorecidos, se fecha o coração aos verdadeiros valores espirituais (onde não há necessidade de Deus).

«Quem, pois, poderá salvar-se?». Jesus responde: «Para os homens isso é impossível, mas para Deus tudo é possível». (Mt 19,26). «Senhor, tu conheces bem as habilidades dos homens para atenuar a tua Palavra. Tenho que o dizer, Senhor ajuda-me! Converte o meu coração».

Depois do jovem rico ter ido embora, entristecido pelo seu apego às suas riquezas, Pedro tomou a palavra e disse: «Concede, Senhor, à tua Igreja, aos teus Apóstolos que sejam capazes de deixar tudo por Ti».

«Quando o mundo for renovado e o Filho do Homem se sentar no trono de sua glória?» (Mt 19,28). O Teu pensamento dirige-se para esse “dia”, até esse futuro. Tu és um homem com tendência para o fim do mundo, para a plenitude do homem. Nesse tempo, Senhor, tudo será novo, renovado, belo.

Jesus Cristo diz-nos: «Vós que deixastes tudo pelo Reino, vos sentareis com o Filho do Homem... Recebereis cem vezes mais do que tiveres deixado... E herdareis a vida eterna...» (cf. Mt 19,28-29).

O futuro que Tu prometes aos teus, aos que te seguiram renunciando a todos os obstáculos... É um futuro feliz, é a abundância da vida, é a plenitude divina.

«Obrigado, Senhor. Conduz-me até esse dia!».

Fonte evangeli.net M&M Euroeditors



Primeira Leitura(Ez 28,1-10)

Leitura da Profecia de Eze­quiel.

1A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: 2“Filho do homem, dize ao príncipe da cidade de Tiro: Assim fala o Senhor Deus: Porque o teu coração se tornou orgulhoso, tu disseste: ‘Eu sou um deus e ocupo o trono divino no coração dos mares’. Tu, porém, és homem e não um deus, mas pensaste ter a mente igual à de um deus.

3Sim, tu és mais sábio do que Daniel! Segredo algum te é obscuro. 4Com talento e habilidade adquiriste uma fortuna, acumulaste ouro e prata em teus tesouros. 5Com grande tino comercial aumentaste tua fortuna, e com ela teu coração se tornou soberbo. 6Por isso, assim diz o Senhor Deus: Por teres igualado tua mente à de um deus, 7vou trazer contra ti os povos mais violentos dos estrangeiros. Eles puxarão suas espadas contra a tua bela sabedoria e profanarão o teu esplendor.

8Eles te farão baixar à cova, e morrerás de morte violenta no coração dos mares. 9Porventura, ousarás dizer: ‘Sou um deus!’ na presença de teus algozes, tu que és um homem e não deus, nas mãos dos que te apunhalam? 10Morrerás da morte dos incir­cuncisos, pela mão de estrangeiros, pois fui eu que falei —oráculo do Senhor Deus”.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório(Dt 32)

— Sou eu que tiro a vida, sou eu quem faz viver!

— Sou eu que tiro a vida, sou eu quem faz viver!

— Pensei: “Vou espalhá-los pela terra, farei cessar sua memória inteiramente”. Mas receava a reação dos inimigos, a má interpretação dos adversários.

— Eles diriam: Nossa mão prevaleceu, não foi o Senhor Deus que isto fez. Porque meu povo é gente sem juízo, é gente que não tem discernimento.

— Como pode um homem só perseguir mil, como dois podem fazer fugir dez mil? Não é porque sua Rocha os vendeu, não é porque o Senhor os entregou?

— Já vem o dia em que serão arruinados e o seu destino se apressa em chegar. Porque o Senhor fará justiça ao seu povo e salvará todos aqueles que o servem.