sábado, 31 de outubro de 2015

Dia Litúrgico: 1 de Novembro: Todos os Santos - Evangelho (Mt 5,1-12a) - 01.11.2015

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Mt 5,1-12a)

Naquele tempo, Vendo as multidões, Jesus subiu à montanha e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, e ele começou a ensinar: Felizes os pobres no espírito, porque deles é o Reino dos Céus. Felizes os que choram, porque serão consolados. Felizes os mansos, porque receberão a terra em herança. Felizes os que têm fome e sede da justiça, porque serão saciados. Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Felizes os puros de coração, porque verão a Deus. Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. Felizes os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. Felizes sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque é grande a vossa recompensa nos céus. Pois foi deste modo que perseguiram os profetas que vieram antes de vós.

«Alegrai-vos e exultai»
Mons. F. Xavier CIURANETA i Aymí Bispo Emérito de Lleida 
(Lleida, Espanha)

Hoje, celebramos a realidade de um mistério salvador, expresso no credo, que se torna muito consolador: Creio na comunhão dos santos. Todos os santos que já passaram para a vida eterna, a começar pela Virgem Maria, formam uma unidade: Felizes os puros de coração, porque verão a Deus (Mt 5,8). E também estão, ao mesmo tempo, em comunhão conosco. A fé e a esperança não podem unir-nos, porque eles já gozam da visão eterna de Deus; mas une-nos, por outro lado, o amor que não passa nunca (1Cor 13,13); esse amor que nos une, juntamente com eles, ao mesmo Pai, ao mesmo Cristo Redentor e ao mesmo Espírito Santo. O amor que os torna solidários e solícitos para conosco. Portanto, não veneramos os santos somente pela sua exemplaridade, mas sobretudo pela unidade no Espírito de toda a Igreja, que se fortalece com a prática do amor fraterno.

Por esta profunda unidade, devemos sentir-nos perto de todos os santos que, antes de nós, acreditaram e esperaram o mesmo que nós cremos e esperamos e, acima de tudo, amaram Deus Pai e os seus irmãos, os homens, procurando imitar o amor de Cristo.

Os santos apóstolos, os santos mártires, os santos confessores que viveram ao longo da história são, portanto, nossos irmãos e intercessores; neles se cumpriram as palavras proféticas de Jesus: Felizes sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque é grande a vossa recompensa nos céus, (Mt 5,11-12). Os tesouros da sua santidade são bens de família, com que podemos contar. São estes os tesouros do céu, que Jesus convida a juntar (cf. Mt 6,20). Como afirma o Concílio Vaticano II, A nossa fraqueza é assim grandemente ajudada pela sua solicitude de irmãos (Lumen gentium, 49). Esta solenidade traz-nos uma notícia reconfortante, que nos convida à alegria e à festa.

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sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Dia Litúrgico: Sábado XXX do Tempo Comum - Evangelho (Lc 14,1.7-11) - 31.10.2015

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Lc 14,1.7-11)

Num dia de sábado, Jesus foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus. Estes o observavam. Jesus notou como os convidados escolhiam os primeiros lugares. Então contou-lhes uma parábola: «Quando fores convidado para uma festa de casamento, não ocupes o primeiro lugar. Pode ser que tenha sido convidado alguém mais importante, e o dono da casa, que convidou os dois, venha a te dizer: ‘Cede o lugar a ele’. Então irás cheio de vergonha ocupar o último lugar. Ao contrário, quando fores convidado, vai sentar-te no último lugar. Quando chegar então aquele que te convidou, ele te dirá: ‘Amigo, vem para um lugar melhor!’ Será uma honra para ti, à vista de todos os convidados. Pois todo aquele que se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado».

«Notou como os convidados escolhiam os primeiros lugares....»
Rev. D. Josep FONT i Gallart 
(Tremp, Lleida, Espanha)

Hoje, você reparou no inicio deste Evangelho? Estes, os fariseus, o observavam. E Jesus também observa: «Notou como os convidados escolhiam os primeiros lugares» (Lc 14,1). Que jeito diferente de observar!

A observação, como todas as ações internas e externas, varia conforme a motivação que a provoca, conforme as inseguranças internas, conforme ao que existe no coração do observador. Os fariseus –como diz o Evangelho em diversas partes- observam a Jesus para acusá-lo. E Jesus observa para ajudar, para servir, para fazer o bem. E, como uma mãe atenciosa, aconselha: «Quando fores convidado para uma festa de casamento, não ocupes o primeiro lugar» (Lc 13,8).

Jesus disse com palavras o que Ele é e o que leva em seu coração: não procura ser honrado, mas honrar; não pensa em sua honra, mas na honra do Pai. Não pensa nele, mas nos outros. Toda a vida de Jesus é uma revelação de quem é Deus: “Deus é amor”.

Por isso, em Jesus se faz realidade –mais que em ninguém- seu ensino: «Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome» (Flp 2, 9-10).

Jesus é o Mestre em obras e palavras. Os cristãos queremos ser seus discípulos. Somente podemos ter a conduta do Mestre se dentro do nosso coração temos o que Ele tinha, se temos seu Espírito, o Espírito do amor. Trabalhemos para nos abrir totalmente ao seu Espírito e para nos deixar tocar e possuir completamente por Ele.

E isso sem pensar em ser “exaltados”, sem pensar em nós, mas somente nele. «Mesmo que não existisse o céu, eu te amaria; mesmo que não existisse o inferno, eu te temeria; igual como te quero, te quereria» (Autor anônimo). Levados somente pelo amor.

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quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Dia Litúrgico: Sexta-feira da 30ª semana do Tempo Comum - Evangelho (Lc 14,1-6) - 30.10.2015

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Lc 14,1-6)

Num dia de sábado, Jesus foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus. Estes o observavam. Em frente de Jesus estava um homem que sofria de hidropisia. Tomando a palavra, Jesus disse aos doutores da Lei e aos fariseus: «Em dia de sábado, é permitido curar ou não?» Eles ficaram em silêncio. Então Jesus tomou o homem pela mão, curou-o e o despediu. Depois lhes disse: «Se algum de vós tem um filho ou um boi que caiu num poço, não o tira logo daí, mesmo em dia de sábado?» E eles não foram capazes de responder a isso.

«Em dia de sábado, é permitido curar ou não?»
Rvdo. D. Manuel COCIÑA Abella 
(Madrid, Espanha)

Hoje fixamos nossa atenção na pergunta aguçada que Jesus faz aos fariseus: «Em dia de sábado, é permitido curar ou não?» (Lc 14,3), e na significativa anotação que faz são Lucas: «E eles não foram capazes de responder a isso» (Lc 14,4).

São muitos os episódios evangélicos nos quais o Senhor joga na cara dos fariseus sua hipocrisia. É notável o empenho de Deus em nos deixar claro até que ponto lhe desagrada esse pecado –a falsa aparência, o engano vaidoso-, que situa-se nas antípodas daquele elogio de Cristo a Natanael: «Aí está um verdadeiro israelita, em quem não há falsidade» (Jo 1,47). Deus ama a simplicidade de coração, a ingenuidade do espírito e, pelo contrário, rechaça energicamente o que é emaranhado, o olhar vago, a dupla moral, a hipocrisia.

O significativo da pergunta do Senhor e da resposta silenciosa dos fariseus, é a má consciência que estes, no fundo, tinham. Diante jazia um doente que buscava sua cura por Jesus. O cumprimento da Lei judaica –mera atenção à letra com desprezo ao espírito- e a fátua presunção de sua conduta honorável os leva a escandalizar-se ante a atitude de Cristo que, levado pelo seu coração misericordioso, não se deixa amarrar pelo formalismo de uma lei, e quer devolver a saúde a quem carecia dela.

Os fariseus se dão conta de que sua conduta hipócrita não é justificável e, por isso, calam. Nesta parte resplandece uma clara lição: a necessidade de entender que a santidade é seguimento de Cristo –até o enamorar-se plenamente- e não frio cumprimento legal de uns preceitos. Os mandamentos são santos porque procedem diretamente da Sabedoria infinita de Deus, mas que é possível vive-los de uma maneira legalista e vazia, e então se dá a incongruência –autêntico sarcasmo- de pretender seguir a Deus para terminar indo atrás de nós mesmo.

Deixemos que a encantadora simplicidade da Virgem Maria se imponha nas nossas vidas.

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quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Dia Litúrgico: Quinta-feira da 30ª semana do Tempo Comum - Evangelho (Lc 13,31-35) - 29.10.2015

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Lc 13,31-35)

Naquela hora, alguns fariseus aproximaram-se e disseram a Jesus: Sai daqui, porque Herodes quer te matar. Ele disse: Ide dizer a essa raposa: eu expulso demônios e faço curas hoje e amanhã; e no terceiro dia chegarei ao termo. Entretanto, preciso caminhar hoje, amanhã e depois de amanhã, pois não convém que um profeta morra fora de Jerusalém.

Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes eu quis reunir teus filhos, como a galinha reúne os pintainhos debaixo das asas, mas não quiseste! Vede, vossa casa ficará abandonada. Eu vos digo: não mais me vereis, até que chegue o tempo em que digais: Bendito aquele que vem em nome do Senhor.

«Jerusalém, Jerusalém! Quantas vezes eu quis reunir teus filhos, mas não quiseste!»
Rev. D. Àngel Eugeni PÉREZ i Sánchez 
(Barcelona, Espanha)

Hoje podemos admirar a firmeza de Jesus no cumprimento da missão encomendada pelo Pai do céu. Ele não se deteve por nada: Eu expulso demônios e faço curas hoje e amanhã (Lc 13,32). Com esta atitude, o Senhor marcou a pauta de conduta que ao longo dos séculos seguiriam os mensageiros do Evangelho ante as persecuções: não dobrar-se ante o poder temporário. Santo Agostinho disse que, em tempo de persecuções, os pastores não devem abandonar os fiéis: nem os que sofrerão o martírio nem os que sobreviverão como o Bom Pastor, que quando vê que vem o lobo, não abandona o rebanho, senão que o defende. Mas visto o fervor com que todos os pastores da Igreja se dispunham a derramar o seu sangue, indica que o melhor será jogar a sorte quem dos clérigos se entregarão ao martírio e quais se porão a salvo para logo cuidarem dos sobreviventes.

Na nossa época, com freqüência, nos chegam notícias de persecuções religiosas, violências tribais ou revoltas étnicas em países do Terceiro Mundo. As embaixadas ocidentais aconselham aos seus concidadãos que abandonem a região e repatriem o seu pessoal. Os únicos que permanecem são os missioneiros e as organizações de voluntários, porque para eles pareceria uma traição abandonar os seus em momentos difíceis.

Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes eu quis reunir teus filhos, como a galinha reúne os pintainhos debaixo das asas, mas não quiseste! (Lc 13,34-35). Esse lamento do Senhor produz em nós, os cristãos do século XXI, uma tristeza especial, devido ao sangrento conflito entre judeus e palestinos. Para nós, essa região do Próximo Oriente é a Terra Santa, a terra de Jesus e de Maria. E o clamor pela paz em todos os países deve ser mais intenso e sentido pela paz em Israel e Palestina.

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terça-feira, 27 de outubro de 2015

Dia Litúrgico: 28 de Outubro: São Simão e São Judas, apóstolos - Evangelho (Lc 6,12-19) - 28.10.2015

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Lc 6,12-19)

Naqueles dias, Jesus foi à montanha para orar. Passou a noite toda em oração a Deus. Ao amanhecer, chamou os discípulos e escolheu doze entre eles, aos quais deu o nome de apóstolos: Simão, a quem chamou Pedro, e seu irmão André; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu; Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado zelote; Judas, filho de Tiago, e Judas Iscariotes, que se tornou o traidor.

Jesus desceu com eles da montanha e parou num lugar plano. Ali estavam muitos dos seus discípulos e uma grande multidão de gente de toda a Judéia e de Jerusalém, e do litoral de Tiro e Sidônia. Vieram para ouvi-lo e serem curados de suas doenças. Também os atormentados por espíritos impuros eram curados. A multidão toda tentava tocar nele, porque dele saía uma força que curava a todos

«Jesus foi à montanha para orar»
+ Rev. D. Albert TAULÉ i Viñas 
(Barcelona, Espanha)

Hoje contemplamos um dia inteiro da vida de Jesus. Uma vida que tem duas vertentes claras: a oração e a ação. Se a vida do cristão há de imitar a vida de Jesus, não podemos prescindir de ambas as dimensões. Todos os cristãos, inclusive aqueles que têm se consagrado à vida contemplativa, temos de dedicar uns momentos à oração e outros à ação, ainda que varie o tempo que dediquemos a cada uma. Até os monges e as freiras de clausura dedicam bastante tempo de sua jornada a um trabalho. Em contrapartida, os que somos mais seculares, se desejamos imitar Jesus, não deveríamos nos mover numa ação desenfreada sem ungi-la com a oração. Ensina-nos São Jerónimo: «Embora o Apóstolo mandou-nos que orássemos sempre, (...) convém que destinemos umas horas determinadas a esse exercício».

É que Jesus precisava de longos momentos de oração em solitário quando todos dormiam? Os teólogos estudiam qual era a psicologia de Jesus homem: até que ponto tinha acesso direto à divindade e até que ponto era «homem semelhante em tudo a nós, menos no pecado» (He 4,5). Na medida que o consideremos mais cercano, sua prática de oração será um exemplo evidente para nós.

Assegurada já a oração, só nos fica imitá-lo na ação. No fragmento de hoje, vemo-lo organizando a Igreja, quer dizer, escolhendo os que serão os futuros evangelizadores, chamados a continuar sua misão no mundo. «Ao amanhecer, chamou os discípulos e escolheu doze entre eles, aos quais deu o nome de apóstolos» (Lc 6,13). Depois encontramo-lo curando todo tipo de doença. «A multidão toda tentava tocar nele porque dele saía uma força que curava a todos» (Lc 6,19), diz-nos o evangelista. Para que nossa identificação com Ele seja total, unicamente nos falta que também saia de nós uma força que cure a todos, o que só será possível se estamos inseridos Nele, para que demos muitos frutos (cf. Jn 15,4)

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Dia Litúrgico: Terça-feira da 30ª semana do Tempo Comum - Evangelho (Lc 13,18-21) - 27.10.2015

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Lc 13,18-21)

Naquele tempo, Jesus dizia: A que é semelhante o Reino de Deus, e com que poderei compará-lo? É como um grão de mostarda que alguém pegou e semeou no seu jardim: cresceu, tornou-se um arbusto, e os pássaros do céu foram fazer ninhos nos seus ramos. Jesus disse ainda: Com que mais poderei comparar o Reino de Deus? É como o fermento que uma mulher pegou e escondeu em três porções de farinha, até tudo ficar fermentado.

«A que é semelhante o Reino de Deus»
+ Rev. D. Francisco Lucas MATEO Seco 
(Pamplona, Navarra, Espanha)

Hoje, os textos da liturgia, mediante duas parábolas, põem diante de nossos olhos uma das características próprias do Reino de Deus: é algo que cresce lentamente - como um grão de mostarda - mas que chega a ser grande ao ponto de oferecer refúgio às aves do céu. Assim o manifestava Tertuliano: Somos de ontem e enchemos tudo!. Com essa parábola, Nosso Senhor exorta à paciência, à fortaleza e à esperança. Essas virtudes são particularmente necessárias a aqueles que se dedicam à propagação do Reino de Deus. É necessário saber esperar a que a semente plantada, com a graça de Deus e com a cooperação humana, vá crescendo, aprofundando suas raízes na boa terra y elevando-se pouco a pouco até converter-se em árvore. Faz falta, em primeiro lugar, ter fé na virtualidade -fecundidade-contida na semente do Reino de Deus. Essa semente é a Palavra; é também a Eucaristia, que se semeia em nós mediante a comunhão. Nosso Senhor Jesus Cristo se comparou a si mesmo com : verdade, em verdade vos digo; se o grão de trigo, caído na terra, não morrer, fica só; se morrer produz muito fruto;(Jn 12,24).

O Reino de Deus prossegue Nosso Senhor, é semelhante, é semelhante ao fermento que uma mulher tomou e misturou em três medidas de farinha e toda a massa ficou levedada (Lc 13,21). Também aqui se fala da capacidade que tem a levedura de fazer fermentar toda a massa. Assim sucede com : o resto de Israel, de que se fala no Antigo Testamento: o resto salvará e fermentará a todo o povo. Seguindo com a parábola, só é necessário que o fermento esteja dentro da massa, que chegue ao povo, que seja como o sal capaz de preservar da corrupção e de dar bom sabor a todo alimento (cf. Mt 5,13). Também é necessário dar tempo para que a levedura realize seu labor.

Parábolas que animam a paciência e a esperança; parábolas que se referem ao Reino de Deus e à Igreja, e que se aplicam também ao crescimento deste mesmo Reino em cada um de nós.

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domingo, 25 de outubro de 2015

Dia Litúrgico: Segunda-feira da 30ª semana do Tempo Comum - Evangelho (Lc 13,10-17) - 26.10.2015

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Lc 13,10-17)

Naquele tempo, Jesus estava ensinando numa sinagoga, num dia de sábado. Havia aí uma mulher que, dezoito anos já, estava com um espírito que a tornava doente. Era encurvada e totalmente incapaz de olhar para cima. Vendo-a, Jesus a chamou e lhe disse: «Mulher, estás livre da tua doença». Ele impôs as mãos sobre ela, que imediatamente se endireitou e começou a louvar a Deus.

O chefe da sinagoga, porém, furioso porque Jesus tinha feito uma cura em dia de sábado, se pôs a dizer à multidão: Há seis dias para trabalhar. Vinde, pois, nesses dias para serdes curados, mas não em dia de sábado. O Senhor respondeu-lhe: «Hipócritas! Não solta cada um de vós seu boi ou o jumento do curral, para dar-lhe de beber, mesmo que seja em dia de sábado? Esta filha de Abraão, que Satanás amarrou durante dezoito anos, não devia ser libertada dessa prisão, mesmo em dia de sábado?». Essa resposta envergonhou todos os inimigos de Jesus. E a multidão inteira se alegrava com as maravilhas que ele fazia.

«O chefe da sinagoga, porém, furioso porque Jesus tinha feito uma cura em dia de sábado»
Rev. D. Francesc JORDANA i Soler 
(Mirasol, Barcelona, Espanha)

Hoje, vemos a Jesus realizar uma ação que proclama seu messianismo. E ante ela o chefe da sinagoga se indigna e repreende as pessoas para que não venham curar-se em dia de sábado: Mas o chefe da sinagoga, indignado de ver que Jesus curava no sábado, disse ao povo: «São seis os dias em que se deve trabalhar; vinde, pois, nestes dias para vos curar, mas não em dia de sábado» (Lc 13,14).

Eu gostaria que nos concentrássemos na atitude deste personagem. Sempre me surpreendeu que, diante de um milagre evidente, alguém seja capaz de fechar-se de tal modo que o que Ele viu, não lhe afeta no mais mínimo. É como se não tivesse visto o que acabava de ocorrer e o que isso significa. O motivo está na vivência equivocada das mediações que muitos judeus tinham naquele tempo. Por diferentes motivos - antropológicos, culturais, desígnio divino- é inevitável que entre Deus e o homem haja umas mediações. O problema é que alguns judeus fazem da mediação um absoluto. De maneira que a mediação não lhes põe em comunicação com Deus, e sim, ficam na sua própria mediação. Esquecem que são os últimos e ficam no meio. Dessa maneira não pode comunicar-lhes suas graças, seus dons, seu amor e, portanto sua experiência religiosa não enriquecerá sua vida.

Tudo isso lhes conduz a uma vivência rigorosa da religião, a encerrar seu deus em uns meios. Fazem um deus sob medida e não o deixam entrar em suas vidas. Na sua religiosidade acham que tudo está solucionado se cumprem com algumas normas. Compreende-se assim a reação de Jesus: «Hipócritas!, disse-lhes o Senhor. Não desamarra cada um de vós no sábado o seu boi ou o seu jumento da manjedoura, para os levar a beber?»(Lc 13,15). Jesus descobre a falta de sentido dessa equivocada vivência do sabath.

Esta palavra de Deus deveria nos ajudar a examinar nossa vivência religiosa e descobrir se realmente as mediações que utilizamos nos põe em comunicação com Deus e com a vida. Somente desde a correta vivência das mediações podemos entender a frase de Santo Agostinho: «Ama e faz o que queiras».

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sábado, 24 de outubro de 2015

Dia Litúrgico: Domingo XXX (B) do Tempo Comum - Evangelho (Mc 10,46-52) - 25.10.2015

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Mc 10,46-52)

Naquele tempo, chegaram a Jericó. Quando Jesus estava saindo da cidade, acompanhavam-no os discípulos e uma grande multidão. O mendigo cego, Bartimeu, filho de Timeu, estava sentado à beira do caminho. Ouvindo que era Jesus Nazareno, começou a gritar: Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim. Muitos o repreendiam para que se calasse. Mas ele gritava ainda mais alto: Filho de Davi, tem compaixão de mim. Jesus parou e disse: Chamai-o! Eles o chamaram, dizendo: Coragem, levanta-te! Ele te chama!. O cego jogou o manto fora, deu um pulo e se aproximou de Jesus. Este lhe perguntou: Que queres que eu te faça? O cego respondeu: Rabûni, meu Mestre, que eu veja. Jesus disse: Vai, tua fé te salvou. No mesmo instante, ele recuperou a vista e foi seguindo Jesus pelo caminho

«Que queres que eu te faça? O cego respondeu: Rabûni, meu Mestre, que eu veja»
Rev. D. Pere CAMPANYÀ i Ribó 
(Barcelona, Espanha)

Hoje, contemplamos um homem que, na sua desgraça, encontra a verdadeira felicidade graças a Jesus Cristo. Trata-se de uma pessoa com duas carências: falta de visão corporal e incapacidade de ganhar a vida, o que o obriga a mendigar. Precisa de ajuda e fica junto do caminho, à saída de Jericó, onde passam muitos caminhantes.

Por sorte dele, naquela ocasião quem passa é Jesus, acompanhado dos seus discípulos e outras pessoas. Sem dúvida, o cego já tinha ouvido falar de Jesus; haviam-lhe comentado que fazia prodígios e, ao saber que passa perto dele, começa a gritar: Filho de Davi, tem compaixão de mim!(Mc 10,47). Os acompanhantes do Mestre ficam incomodados com os gritos do cego, não pensam na triste situação daquele homem, são egoístas. Porém Jesus quer responder ao mendigo e faz com que o chamem. Imediatamente o cego se encontra perante o Filho de Davi e o diálogo começa com uma pergunta e uma resposta: Jesus, dirigindo-se a ele, disse: Que queres que eu te faça? O cego respondeu: Rabûni, que eu veja!(Mc 10,51). E Jesus concede-lhe a dupla visão: a física e a mais importante, a fé, que é a visão interior de Deus. São Clemente de Alexandria diz: Ponhamos fim ao esquecimento da verdade; despojemo-nos da ignorância e da obscuridade que, como uma nuvem, ofuscam os nossos olhos, e contemplemos Aquele que é realmente Deus.

Queixamo-nos freqüentemente e dizemos: Não sei rezar. Sigamos, então, o exemplo do cego do Evangelho: Insiste em chamar Jesus e, com três palavras, diz-lhe do que necessita. Falta-nos fé? Digamos-lhe: Senhor, aumenta a minha fé. Temos familiares ou amigos que deixaram de praticar? Então, rezemos assim: Senhor Jesus, faz que vejam. A fé é assim tão importante? Se a compararmos com a visão física, que diremos? A situação do cego é triste, mas muito mais triste é a daqueles que não crêem. Digamos-lhes: O Mestre lhe chama, apresenta-lhe as suas necessidades e Jesus responderá com generosidade.

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sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Dia Litúrgico: Sábado XXIX do Tempo Comum - Evangelho (Lc 13,1-9) - 24.10.2015

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Lc 13,1-9)

Nesse momento, chegaram algumas pessoas trazendo a Jesus notícias a respeito dos galileus que Pilatos tinha matado, misturando o sangue deles com o dos sacrifícios que ofereciam. Ele lhes respondeu: «Pensais que esses galileus eram mais pecadores do que qualquer outro galileu, por terem sofrido tal coisa? Digo-vos que não. Mas se vós não vos converterdes, perecereis todos do mesmo modo. E aqueles dezoito que morreram quando a torre de Siloé caiu sobre eles? Pensais que eram mais culpados do que qualquer outro morador de Jerusalém? Eu vos digo que não. Mas, se não vos converterdes, perecereis todos do mesmo modo».

E Jesus contou esta parábola: «Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha. Foi lá procurar figos e não encontrou. Então disse ao agricultor: Já faz três anos que venho procurando figos nesta figueira e nada encontro. Corta-a! Para que está ocupando inutilmente a terra? Ele, porém, respondeu: ‘Senhor, deixa-a ainda este ano. Vou cavar em volta e pôr adubo. Pode ser que venha a dar fruto. Se não der, então a cortarás’».

«Foi lá procurar figos (...) e não encontrou»
+ Rev. D. Antoni ORIOL i Tataret 
(Vic, Barcelona, Espanha)

Hoje, as palavras de Jesus convidam-nos a meditar sobre o inconveniente da hipocrisia: «Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha. Foi lá procurar figos e não encontro» (Lc 13,6). O hipócrita aparenta ser o que não é. Essa mentira, no seu extremo, chega a parecer virtude (aspecto moral) sendo um vício, ou devoção (aspecto religioso), uma vez que procura o próprio eu e os seus interesses e não a Deus. A hipocrisia moral pulula no mundo, a religiosa prejudica a Igreja.

As inventivas de Jesus contra os escribas e os fariseus mais claras e diretas em outras passagens do Evangelho são terríveis. Não podemos ler ou ouvir o que acabamos de escutar e ler sem que estas palavras nos cheguem ao fundo do coração, se realmente as escutamos e entendemos.

O direi no plural, uma vez que todos experimentamos a distância entre o que parecemos ser e o que realmente somos. É o que se passa com os políticos quando nos aproveitamos do país, proclamando que estamos ao seu serviço; com os agentes de segurança quando protegemos grupos corruptos em nome da ordem pública; com os profissionais de saúde quando eliminamos vidas incipientes ou terminais em nome da medicina; com os meios de comunicação social quando falseamos as notícias e pervertemos as pessoas afirmando que as estamos divertindo; com os administradores dos fundos públicos quando desviamos parte deles para os nossos bolsos (individuais ou do partido) e alardeamos honestidade pública; com os leigos quando impedimos a dimensão pública da religião em nome da liberdade de consciência; com os religiosos quando vivemos das nossas instituições sem fidelidade ao espírito e às exigências dos fundadores; com os sacerdotes quando vivemos do altar mas não servimos abnegadamente os nossos fiéis, com espírito evangélico; etc.

Ah!: E tu e eu também, na medida em que a nossa consciência nos diz o que devemos fazer e deixamos de o fazer para nos dedicarmos unicamente a ver o argueiro no olho dos outros, sem sequer querer dar-nos conta da trave que cega o nosso. Ou não?

- Jesus, Salvador do mundo, salva-nos das nossas pequenas, médias e grandes hipocrisias!

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quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Dia Litúrgico: Sexta-feira da 29ª semana do Tempo Comum - Evangelho (Lc 12,54-59) - 23.10.2015

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Lc 12,54-59)

Naquele tempo, Jesus dizia também às multidões: Quando vedes uma nuvem vinda do ocidente, logo dizeis que vem chuva. E assim acontece. Quando sentis soprar o vento sul, logo dizeis que vai fazer calor. E assim acontece. Hipócritas! Sabeis avaliar o aspecto da terra e do céu. Como é que não sabeis avaliar o tempo presente? Por que não julgais por vós mesmos o que é justo? Quando, pois, estás indo com teu adversário apresentar-te diante do magistrado, procura resolver o caso com ele enquanto ainda a caminho. Senão ele te levará ao juiz, o juiz te entregará ao oficial de justiça, e o oficial de justiça te jogará na prisão. Eu te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo.

«Como é que não sabeis avaliar (...) o tempo presente? Por que não julgais por vós mesmos o que é justo»
Rev. D. Frederic RÀFOLS i Vidal 
(Barcelona, Espanha)

Hoje, Jesus quer que levantemos os olhos para o céu. Esta manhã, depois de três dias de chuva persistente, o céu apareceu luminoso e claro num dos dias mais esplêndidos deste outono. Vamos entendendo o tema das mudanças do tempo, já que agora os meteorologistas são quase da família. Pelo contrário, custa-nos mais a entender em que tempo estamos ou vivemos: «Sabeis avaliar o aspecto da terra e do céu. Como é que não sabeis avaliar o tempo presente?». (Lc 12,56). Muitos dos que escutavam Jesus perderam uma oportunidade única na História de toda a Humanidade. Não viram em Jesus o Filho de Deus. Não perceberam o tempo, a hora da salvação.

O Concílio Vaticano II, na Constituição Gaudium et Spes (n. 4), atualiza o Evangelho de hoje: «Pesa sobre a Igreja o dever permanente de escutar a fundo os sinais dos tempos e interpretá-los à luz do Evangelho (...)». É preciso, portanto, conhecer e compreender o mundo em que vivemos e as suas esperanças, as suas aspirações, o seu modo de ser, frequentemente dramático.

Quando vemos a história, não nos custa muito assinalar as ocasiões perdidas pela Igreja por não ter descoberto o momento que então se vivia. Mas, Senhor: «Quantas ocasiões não teremos perdido agora por não descobrir os sinais dos tempos ou, o que significa o mesmo, por não viver e iluminar a problemática atual com a luz do Evangelho? Por que não julgais por vós mesmos o que é justo?» (Lc 12,57), continua a recordar-nos hoje Jesus.

Não vivemos num mundo de maldade, ainda que também haja bastante. Deus não abandonou o seu mundo. Como recordava São João da Cruz, habitamos uma terra onde andou o próprio Deus e que ele encheu de formosura. A beata Teresa de Calcutá captou os sinais dos tempos, e o tempo, o nosso tempo, entendeu a beata Teresa de Calcutá. Que ela nos estimule. Não deixemos de olhar para o alto, sem perder de vista a terra

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quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Dia Litúrgico: Quinta-feira da 29ª semana do Tempo Comum - Evangelho (Lc 12,49-53) - 22.10.2015

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Lc 12,49-53)

Naquele tempo, o Senhor disse aos seus discípulos: O servo que, conhecendo a vontade do senhor, nada preparou, nem agiu conforme a sua vontade, será chicoteado muitas vezes. O servo, porém, que não conhecendo essa vontade fez coisas que merecem castigo, será chicoteado poucas vezes. Portanto, todo aquele a quem muito foi dado, muito lhe será pedido; a quem muito foi confiado, dele será exigido muito mais! Fogo eu vim lançar sobre a terra, e como gostaria que já estivesse aceso! Um batismo eu devo receber, e como estou ansioso até que isto se cumpra! Pensais que eu vim trazer a paz à terra? Pelo contrário, eu vos digo, vim trazer a divisão. Pois daqui em diante, numa família de cinco pessoas, três ficarão divididas contra duas e duas contra três; ficarão divididos: pai contra filho e filho contra pai; mãe contra filha e filha contra mãe; sogra conta nora e nora contra sogra.

«Fogo eu vim lançar sobre a terra»
Rev. D. Joan MARQUÉS i Suriñach 
(Vilamarí, Girona, Espanha)

Hoje, o Evangelho apresenta-nos Jesus como uma pessoa de grandes desejos: Fogo eu vim lançar sobre a terra, e como gostaria que já estivesse aceso! (Lc 12,49). Jesus já queria ver o mundo a arder em caridade e em virtude. Nada menos! Tem que passar pela prova de um batismo, quer dizer, da cruz, e já queria tê-la passado. Naturalmente! Jesus tem planos e tem pressa em vê-los realizados. Poderíamos dizer que é pressa de uma santa impaciência. Também nós temos idéias e projetos, e queríamos vê-los realizados rapidamente. O tempo estorva-nos. Como estou ansioso até que isto se cumpra! (Lc 12,50), disse Jesus.

É a pressão da vida, a inquietude experimentada pelas pessoas que têm grandes projetos. Por outro lado, quem não tenha desejos é um covarde, um morto, um freio. E, além disso, é um triste, um amargurado que costuma desabafar criticando os que trabalham. São as pessoas com desejos que se mexem e originam movimento à sua volta, as que avançam e fazem avançar.

Tem grandes desejos! Aponta bem para o alto! Busca a perfeição pessoal, a da tua família, a do teu trabalho, a das tuas obras, a dos cargos que te confiem. Os santos aspiraram ao máximo. Não se assustaram diante do esforço e da pressão. Mexeram-se. Mexe-te tu também! Lembra-te das palavras de Santo Agostinho: Se dizes já chega, estás perdido. Acrescenta sempre, caminha sempre. Avança sempre; não pares no caminho, não retrocedas, não te desvies. O que não avança, pára; retrocede o que volta a pensar no ponto de partida, desvia-se o que deserta. É melhor o coxo que anda no caminho que o que corre fora do caminho. E acrescenta: Examina-te e não te contentes com o que és se queres chegar ao que não és. Porque no instante em que te deleites contigo mesmo, terás parado. Mexes-te ou estás parado? Pede ajuda à Santíssima Virgem, Mãe da Esperança.

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terça-feira, 20 de outubro de 2015

Dia Litúrgico: Quarta-feira da 29ª semana do Tempo Comum - Evangelho (Lc 12,39-48) - 21.10.2015

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Lc 12,39-48)

Naquele tempo, o Senhor disse aos seus discípulos: Ficai certos: se o dono da casa soubesse a que horas viria o ladrão, não deixaria que fosse arrombada sua casa. Vós também ficai preparados! Pois na hora em que menos pensais, virá o Filho do Homem.

Então Pedro disse: Senhor, é para nós ou para todos que contas esta parábola? O Senhor respondeu: Quem é o administrador fiel e atento, que o senhor encarregará de dar à criadagem a ração de trigo na hora certa? Feliz aquele servo que o senhor, ao chegar, encontrar agindo assim! Em verdade, vos digo: ele lhe confiará a administração de todos os seus bens. Ora, se um outro servo pensar: Meu senhor está demorando e começar a bater nos criados e nas criadas, a comer, beber e embriagar-se, o senhor daquele servo chegará num dia inesperado e numa hora imprevista, ele o excluirá e lhe imporá a sorte dos infiéis.

O servo que, conhecendo a vontade do senhor, nada preparou, nem agiu conforme a sua vontade, será chicoteado muitas vezes. O servo, porém, que não conhecendo essa vontade fez coisas que merecem castigo, será chicoteado poucas vezes. Portanto, todo aquele a quem muito foi dado, muito lhe será pedido; a quem muito foi confiado, dele será exigido muito mais!

«Vós também ficai preparados! Pois na hora em que menos pensais, virá o Filho do Homem»
Rev. D. Josep Lluís SOCÍAS i Bruguera 
(Badalona, Barcelona, Espanha)

Hoje, com a leitura deste fragmento do Evangelho, podemos ver que cada pessoa é um administrador: quando nascemos, nos é dada uma herança nos genes e algumas capacidades para nos realizarmos na vida. Descobrimos que estas potencialidades e a própria vida são dons de Deus, pois nós nada fizemos para consegui-las. É um presente pessoal, único e intransferível e, é isso o que nos confere a nossa personalidade. São os talentos de que o próprio Jesus nos fala (cf. Mt 25,15), as qualidades que devemos fazer crescer durante a nossa existência.

«Pois na hora em que menos pensais, virá o Filho do Homem» (Lc 12,40), Termina dizendo Jesus no primeiro parágrafo. A nossa esperança está na vinda do Senhor Jesus no fim dos tempos; mas agora e aqui também Jesus se faz presente na nossa vida, na simplicidade e na complexidade de cada momento. É hoje quando, com a força do Senhor, podemos viver o seu Reino. Santo Agostinho nos o lembra com as palavras do Salmo 32,12: «Ditosa a nação cujo Deus é o Senhor, para que podamos ser conscientes disso, formando parte desta nação».

«Vós também ficai preparados!» (Lc 12,40), esta exortação representa uma chamada à fidelidade, a qual está subordinada ao egoísmo. Temos a responsabilidade de saber "dar resposta" aos bens que recebemos juntos com a nossa vida. «Conhecendo a vontade do senhor» (Lc 12,47), é aquilo a que chamamos a nossa "consciência" e, é o que nos torna dignamente responsáveis pelos nossos atos. A resposta generosa pela nossa parte à face da humanidade, à face de cada um dos seres vivos, é algo justo e cheio de amor.

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segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Dia Litúrgico: Terça-feira da 29ª semana do Tempo Comum - Evangelho (Lc 12,35-38) - 20.10.2015

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Lc 12,35-38)

Naquele tempo, o Senhor disse aos seus discípulos: Ficai de prontidão, com o cinto amarrado e as lâmpadas acesas. Sede como pessoas que estão esperando seu senhor voltar de uma festa de casamento, para lhe abrir a porta, logo que ele chegar e bater. Felizes os servos que o Senhor encontrar acordados quando chegar. Em verdade, vos digo: ele mesmo vai arregaçar sua veste, os fará sentar à mesa e passará para servi-los. E caso ele chegue pela meia-noite ou já perto da madrugada, felizes serão, se assim os encontrar!.

«Sede como pessoas que estão esperando seu senhor voltar de uma festa de casamento»
Rev. D. Miquel VENQUE i To 
(Barcelona, Espanha)

Hoje é necessário reparar nessas palavras de Jesus: Sede como pessoas que estão esperando seu senhor voltar de uma festa de casamento, para lhe abrir a porta, logo que ele chegar e bater (Lc 12,36) Que alegria descobrir que, apesar de ser pecador e pequeno, eu próprio abrirei a porta ao Senhor quando ele chegar! Sim, no momento da minha morte serei eu quem abra a porta ou a feche, ninguém o poderá fazer por mim. Persuadamo-nos que Deus nos pedirá contas não apenas pelas nossas ações e palavras, mas também pela forma como utilizamos o tempo (S. Gregório Nazianceno).

Estar à porta e com os olhos abertos é uma orientação-chave e, ao meu alcance. Não me posso distrair. Estar distraído é esquecer o objetivo, querer ir para o céu mas sem uma vontade operativa; é fazer bolas de sabão sem um desejo comprometido e avaliável. Ter posto um avental significa estar na cozinha, preparado até ao último detalhe. O meu pai, que era agricultor, dizia que não se pode semear se a terra não está no momento; para fazer uma boa semeadura é necessário passear pelo campo e tocar nas sementes com atenção.

O cristão não é um náufrago sem bússola, ele sabe de onde vem, para onde vai e como chegar; conhece o objetivo os meios para ir e as dificuldades. Ter isto em conta nos ajudará a vigiar e a abrir a porta quando o Senhor nos avise. A exortação à vigilância e à responsabilidade repetem-se com freqüência na predicação de Jesus por duas razões óbvias: porque Jesus nos ama e nos vela; o que ama não adormece. E, porque o inimigo, o diabo, não para de nos tentar. O pensamento do céu e do inferno não nos poderá distrair nunca das nossas obrigações da vida presente, mas é um pensamento saudável e encarnado, e merece a felicitação do Senhor: E caso ele chegue pela meia-noite ou já perto da madrugada, felizes serão, se assim os encontrar!(Lc 12,38). Jesus, ajuda-me a viver atento e vigilante cada dia, amando-te sempre.

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Primeira Leitura (Rm 5,12.15b.17-19.20b-21)



Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos.

Irmãos, 12o pecado entrou no mundo por um só homem. Através do pecado, entrou a morte. E a morte passou para todos os homens, porque todos pecaram. 15bA transgressão de um só levou a multidão humana à morte, mas foi de modo bem mais superior que a graça de Deus, ou seja, o dom gratuito concedido através de um só homem, Jesus Cristo, se derramou em abundância sobre todos.

17Por um só homem, pela falta de um só homem, a morte começou a reinar. Muito mais reinarão na vida, pela mediação de um só, Jesus Cristo, os que recebem o dom gratuito e superabundante da justiça.

18Como a falta de um só acarretou condenação para todos os homens, assim o ato de justiça de um só trouxe, para todos os homens, a justificação que dá a vida. 19Com efeito, como pela desobediência de um só homem a humanidade toda foi estabelecida numa situação de pecado, assim também, pela obediência de um só, toda a humanidade passará para uma situação de justiça.

20bPorém, onde se multiplicou o pecado, aí superabundou a graça. 21Enfim, como o pecado tem reinado pela morte, que a graça reine pela justiça, para a vida eterna, por Jesus Cristo, Senhor nosso.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 39)



— Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor.

— Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor.



— Sacrifício e oblação não quisestes, mas abristes, Senhor, meus ouvidos; não pedistes ofertas nem vítimas, holocaustos por nossos pecados, e então eu vos disse: “Eis que venho!”

— Sobre mim está escrito no livro: “Com prazer faço a vossa vontade, guardo em meu coração vossa lei!”

— Boas novas de vossa justiça anunciei numa grande assembleia; vós sabeis: não fechei os meus lábios!

— Mas se alegre e em vós rejubile todo ser que vos busca, Senhor!” Digam sempre: “É grande o Senhor!” os que buscam em vós seu auxílio.

Dia Litúrgico: Segunda-feira da 29ª semana do Tempo Comum - Evangelho (Lc 12,13-21) - 19.10.2015

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Lc 12,13-21)

Alguém do meio da multidão disse a Jesus: Mestre, diz ao meu irmão que reparta a herança comigo. Ele respondeu: Homem, quem me encarregou de ser juiz ou árbitro entre vós?. E disse-lhes: Atenção! Guardai-vos de todo tipo de ganância, pois mesmo que se tenha muitas coisas, a vida não consiste na abundância de bens.

E contou-lhes uma parábola: A terra de um homem rico deu uma grande colheita. Ele pensava consigo mesmo: Que vou fazer? Não tenho onde guardar minha colheita. Então resolveu: Já sei o que fazer! Vou derrubar meus celeiros e construir maiores; neles vou guardar todo o meu trigo, junto com os meus bens. Então poderei dizer a mim mesmo: Meu caro, tens uma boa reserva para muitos anos. Descansa, come, bebe, goza a vida! Mas Deus lhe diz: Tolo! Ainda nesta noite, tua vida te será retirada. E para quem ficará o que acumulaste? Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo, mas não se torna rico diante de Deus.

«A vida não consiste na abundância de bens»
Fray Lluc TORCAL Monje del Monastério de Sta. Mª de Poblet 
(Santa Maria de Poblet, Tarragona, Espanha)

Hoje, o Evangelho, se não nos tapamos os ouvidos e não fechamos os olhos, provocará em nós uma grande comoção pela sua clareza: E disse então ao povo: Guardai-vos escrupulosamente de toda a avareza, porque a vida de um homem, ainda que ele esteja na abundância, não depende de suas riquezas (Lc 12,15). Que é o que garante a vida do homem?

Sabemos muito bem em que está garantida a vida de Jesus, porque Ele mesmo disse: Pois como o Pai tem a vida em si mesmo, assim também deu ao Filho o ter a vida em si mesmo (Jn 5,26). Sabemos que a vida de Jesus não somente procede do Pai, mas que consiste em fazer sua vontade, já que este é seu alimento, e a vontade do Pai equivale a realizar sua grande obra de salvação entre os homens, dando a vida por seus amigos, signo do mais sublime amor. A vida de Jesus é, pois, uma vida recebida totalmente do Pai e entregada totalmente ao mesmo Pai e, por amor ao Padre, aos homens. A vida humana poderá ser então suficiente em si mesma? Poderá negar-se que nossa vida é um dom, que a recebemos e que, somente por isso, já devemos agradecer? Que ninguém pense que é dono de sua própria vida (São Jerônimo).

Seguindo esta lógica, só falta perguntar-nos: Que sentido pode ter nossa vida se se encerra em si mesma, se tem prazer ao dizer: E direi à minha alma: ó minha alma, tens muitos bens em depósito para muitíssimos anos; descansa, come, bebe e regala-te (Lc 12,19) Se a vida de Jesus é um dom recebido e entregue sempre em amor, nossa vida; que não podemos negar ter recebido; deve converter-se, seguindo à de Jesus, em uma doação total a Deus e aos irmãos, porque, Quem ama a sua vida, perdê-la-á; mas quem odeia a sua vida neste mundo, conservá-la-á para a vida eterna (Jn 12,25).

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Primeira Leitura (Rm 4,20-25)



Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos.

Irmãos, 20diante da promessa divina, Abraão não duvidou por falta de fé, mas revigorou-se na fé e deu glória a Deus, 21convencido de que Deus tem poder para cumprir o que prometeu.

22Esta sua atitude de fé lhe foi creditada como justiça. 23Afirmando que a fé lhe foi creditada como justiça, a Escritura visa não só à pessoa de Abraão, mas também a nós, pois a fé será creditada também a nós que cremos naquele que ressuscitou dos mortos Jesus, nosso Senhor. 25Ele, Jesus, foi entregue por causa de nossos pecados e foi ressuscitado para nossa justificação.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Lc 1,69-75)



— Bendito seja o Senhor Deus de Israel, porque a seu povo visitou e libertou.

— Bendito seja o Senhor Deus de Israel, porque a seu povo visitou e libertou.



— Fez surgir um poderoso Salvador na casa de Davi, seu servidor, como falara pela boca de seus santos, os profetas desde os tempos mais antigos.

— Para salvar-nos do poder dos inimigos e da mão de todos quantos nos odeiam. Assim mostrou misericórdia a nossos pais, recordando a sua santa Aliança.

— E o juramento a Abraão, o nosso pai, de conceder-nos que, libertos do inimigo, a ele nós sirvamos sem temor em santidade e em justiça diante dele, enquanto perdurarem nossos dias.

sábado, 17 de outubro de 2015

Dia Litúrgico: Domingo XXIX (B) do Tempo Comum - Evangelho (Mc 10,35-45) - 18.10.2015

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Mc 10,35-45)

Tiago e João, filhos de Zebedeu, aproximaram-se de Jesus e lhe disseram: Mestre, queremos que faças por nós o que te vamos pedir. Ele perguntou: Que quereis que eu vos faça?. Responderam: Permite que nos sentemos, na tua glória, um à tua direita e o outro à tua esquerda!. Jesus lhes disse: Não sabeis o que estais pedindo. Podeis beber o cálice que eu vou beber? Ou ser batizados com o batismo com que eu vou ser batizado?. Responderam: Podemos. Jesus então lhes disse: Sim, do cálice que eu vou beber, bebereis, com o batismo com que eu vou ser batizado, sereis batizados. Mas o sentar-se à minha direita ou à minha esquerda não depende de mim; é para aqueles para quem foi preparado.

Quando os outros dez ouviram isso, começaram a ficar zangados com Tiago e João. Jesus então os chamou e disse: Sabeis que os que são considerados chefes das nações as dominam, e os seus grandes fazem sentir seu poder. Entre vós não deve ser assim. Quem quiser ser o maior entre vós seja aquele que vos serve, e quem quiser ser o primeiro entre vós seja o escravo de todos. Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos.

«Quem quiser ser o maior entre vós seja aquele que vos serve»
Rev. D. Antoni CAROL i Hostench
(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)
Hoje, novamente, Jesus altera nossos esquemas. Provocadas por Santiago e João, chegam até nós palavras cheias de autenticidade: Porque o filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em redenção. (Mc 10,45).

Como gostamos de estar bem servidos! Pensemos, por exemplo, no agradável que nos resulta a eficácia, pontualidade e pulcritude dos serviços públicos; ou nossas queixas quando, depois de haver pago um serviço, não recebemos o que esperávamos. Jesus Cristo nos ensina com seu exemplo. Ele não só é servidor da vontade do Pai, que inclui nossa redenção e, que além disso paga! E, o preço de nosso resgate é seu Sangue, na que recebemos a salvação de nossos pecados. Grande paradoxo este, que nunca chegaremos a entender! Ele, o grande rei, o filho de David, o que devia vir em nome do Senhor, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens (...). E, sendo exteriormente reconhecido como homem, humilhou-se ainda mais, tornando-se obediente até a morte, e uma morte de cruz. (Fl 2,7-8). Que expressivas são as representações de Cristo vestido como um Rei cravado na cruz! Em Catalunha temos muitas e recebem o nome de Santa Majestade. Na catequese contemplamos como servir é reinar e, como o exercício de qualquer autoridade será sempre um serviço.

Jesus transtorna de tal maneira as categorias deste mundo que também esclarece o sentido da atividade humana. Não é melhor a encomenda que mais brilha, e sim o que realizamos mais identificados com Jesus Cristo-servo, com maior Amor a Deus e aos irmãos. Se realmente acreditamos que: Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos (Jn 15,13), então também nos esforçaremos em oferecer um serviço de qualidade humana e de competência profissional com nosso trabalho, cheio de um profundo sentido cristão de serviço. Como dizia a Madre Teresa de Calcutá: O fruto da fé é o amor, o fruto do amor é o serviço, o fruto do serviço é a paz.

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Primeira Leitura (Is 53,10-11)



Leitura do Livro do Profeta Isaías:

10O Senhor quis macerá-lo com sofrimentos. Oferecendo sua vida em expiação, ele terá descendência duradoura e fará cumprir com êxito a vontade do Senhor.

11Por esta vida de sofrimento, alcançará luz e uma ciência perfeita. Meu Servo, o justo, fará justos inúmeros homens, carregando sobre si suas culpas.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 32)



— Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça,/ pois, em vós, nós esperamos!

— Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça,/ pois, em vós, nós esperamos!



— Pois reta é a palavra do Senhor,/ e tudo o que ele faz merece fé./ Deus ama o direito e a justiça,/ transborda em toda a terra a sua graça.

— Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça,/ pois, em vós, nós esperamos!

— Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem,/ e que confiam esperando em seu amor,/ para da morte libertar as suas vidas/ e alimentá-los quando é tempo de penúria.

— No Senhor nós esperamos confiantes,/ porque ele é nosso auxílio e proteção!/ Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça,/ da mesma forma que em vós nós esperamos!


Segunda Leitura (Hb 4,14-16)



Leitura da Carta aos Hebreus:

Irmãos: 14Temos um sumo-sacerdote eminente, que entrou no céu, Jesus, o Filho de Deus. Por isso, permaneçamos firmes na fé que professamos.

15Com efeito, temos um sumo-sacerdote capaz de se compadecer de nossas fraquezas, pois ele mesmo foi provado em tudo como nós, com exceção do pecado.

16Aproximemo-nos então, com toda a confiança, do trono da graça, para conseguirmos misericórdia e alcançarmos a graça de um auxílio no momento oportuno.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Dia Litúrgico: Sábado XXVIII do Tempo Comum - Evangelho (Lc 12,8-12) - 17.10.2015

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Lc 12,8-12)

Naquele tempo, o Senhor disse aos seus discípulos: Eu vos digo: todo aquele que se declarar por mim diante do povo, o Filho do Homem também se declarará a favor dele diante dos anjos de Deus. Aquele, porém, que me renegar diante do povo será renegado diante dos anjos de Deus. Todo aquele que falar uma palavra contra o Filho do Homem será perdoado. Mas quem blasfemar contra o Espírito Santo não será perdoado.

Quando vos conduzirem diante das sinagogas, magistrados e autoridades, não vos preocupeis com os argumentos para vos defender, nem com o que dizer. Pois nessa hora o Espírito Santo vos ensinará o que deveis dizer.

«Aquele que se declarar por mim diante do povo, o Filho do Homem também se declarará a favor»
P. Alexis MANIRAGABA 
(Ruhengeri, Ruanda)

Hoje, o Senhor desperta nossa fé e esperança Nele. Jesus nos antecipa que teremos que comparecer ante o exército celestial para sermos examinados. E aquele tenha se declarado a favor de Jesus aderindo a sua missão «também o Filho do homem se declarará por Ele» (Lc 12,8). Tal confissão pública se realizará em palavras, em atos e durante toda a vida.

Esta interpelação à confissão é ainda mais necessária e urgente em nossos tempos, nos que há pessoas que não querem escutar a voz de Deus nem seguir seu caminho de vida. No entanto, a confissão de nossa fé terá a um forte seguimento. Portanto, não sejamos confessores nem por medo de um castigo, que será mais severo para os apóstatas, nem pela abundante recompensa reservada aos fieis. Nosso testemunho é necessário e urgente para a vida do mundo, Deus mesmo nos pede, tal como disse São Juan Crisóstomo: «Deus não se contenta com a fé interior; Ele pede a confissão exterior e pública, e nos move assim a uma confiança e a um amor maior».

Nossa confissão é sustentada pela força e pela garantia de seu Espírito que está ativo dentro de nós e que nos defende. O reconhecimento de Jesus Cristo ante seus anjos é de vital importância já que este feito nos permitirá vê-lo cara a cara, viver com Ele e ser inundados de sua luz. Ao mesmo tempo, o contrário não será outra coisa que sofrer e perder a vida, ficar privado da luz e despojado de todos os bens. Peçamos, pois, a graça de evitar toda negação nem que seja por medo ao suplício ou por ignorância; pelas heresias, pela fé estéril e pela falta de responsabilidade, ou porque queremos evitar o martírio. Sejamos fortes, o Espírito Santo está conosco! E «com o Espírito Santo está sempre Maria (…) e Ela tem feito possível a explosão missionária produzida em Pentecostes» (Papa Francisco).

«O Espírito Santo vos ensinará o que deveis dizer»
+ Rev. D. Albert TAULÉ i Viñas
(Barcelona, Espanha)
Hoje ressoam outra vez as palavras de Jesus convidando-nos a reconhece-lo diante dos homens. Todo aquele que se declarar por mim diante do povo, o Filho do Homem também se declarará a favor dele diante dos anjos de Deus (Lc 12,8). Estamos num tempo, em que na vida pública reivindica-se a laicidade, obrigando aos crentes a manifestar sua fé somente no âmbito privado. Quando um cristã, um presbítero, um bispo, o Papa..., diz alguma coisa publicamente, porém seja cheia de sentido comum, incomoda, somente porque vem de quem vem, como se nós, não tivéssemos direito - como todo o mundo!- a dizer o que pensamos. Por mais que lhes incomode, não podemos deixar de anunciar o Evangelho. Igualmente, o Espírito Santo vos ensinará o que deveis dizer (Lc 12,12). São Cirilo de Jerusalém, afirmava que o Espirito Santo, que habita em aqueles que estão bem dispostos, inspira-lhes como doutor aquilo que vão dizer.

As agressões que fazem aos cristãs, têm uma gravidade diferente, já que não é o mesmo falar mal de um membro da Igreja (às vezes com razão, por causa de nossas deficiências), que agredir a Jesus Cristo (se o vêem somente em sua dimensão humana), ou injuriar ao Espirito Santo, já seja blasfemando, já seja negando a existência e os atributos de Deus.

Também refere-se ao perdão da ofensa, até mesmo quando o pecado é leve, é preciso uma atitude prévia que é o arrependimento. Se não houver arrependimento, o perdão é inviável, já que a ponte está quebrada por um lado. Por isso, Jesus diz que existem pecados que nem Deus perdoará, se não existe por parte do pecador a atitude humilde de reconhecer seu pecado (cf. Lc 12,10).

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Primeira Leitura (Rm 4,13.16-18)



Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos.

Irmãos, 13não foi por causa da Lei, mas por causa da justiça que vem da fé, que Deus prometeu o mundo como herança a Abraão ou à sua descendência. 16É em virtude da fé que alguém se torna herdeiro. Logo, a condição de herdeiro é uma graça, um dom gratuito, e a promessa de Deus continua valendo para toda a descendência de Abraão, tanto para a descendência que se apega à Lei, quanto para a que se apoia somente na fé de Abraão, que é o pai de todos nós. 17Pois está escrito: “Eu fiz de ti pai de muitos povos”. Ele é pai diante de Deus, porque creu em Deus que vivifica os mortos e faz existir o que antes não existia. 18Contra toda a humana esperança, ele firmou-se na esperança e na fé. Assim, tornou-se pai de muitos povos, conforme lhe fora dito: “Assim será a tua posteridade”.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 104)



— O Senhor se lembra sempre da Aliança.

— O Senhor se lembra sempre da Aliança.



— Descendentes de Abraão, seu servidor, e filhos de Jacó, seu escolhido, ele mesmo, o Senhor, é nosso Deus, vigoram suas leis em toda a terra.

— Ele sempre se recorda da Aliança, promulgada a incontáveis gerações; da Aliança que ele fez com Abraão, e do seu santo juramento a Isaac.

— Ele lembrou-se de seu santo juramento, que fizera a Abraão, seu servidor. Fez sair com grande júbilo o seu povo, e seus eleitos, entre gritos de alegria.

Dia Litúrgico: Sexta-feira da 28ª semana do Tempo Comum - Evangelho (Lc 12,1-7) - 16.10.2015

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Lc 12,1-7)

Entretanto, milhares de pessoas se ajuntaram, a ponto de uns pisarem os outros. Jesus começou a falar, primeiro a seus discípulos: Cuidado com o fermento dos fariseus, que é a hipocrisia. Não há nada de oculto que não venha a ser revelado, e não há nada de escondido que não venha a ser conhecido. Portanto, tudo o que tiverdes dito na escuridão, será ouvido à luz do dia; e o que tiverdes pronunciado ao pé do ouvido, nos quartos, será proclamado sobre os telhados. A vós, porém, meus amigos, eu digo: não tenhais medo dos que matam o corpo e depois não podem fazer mais nada. Vou mostrar-vos a quem deveis temer: temei Aquele que, depois de fazer morrer, tem o poder de lançar-vos no inferno. Sim, eu vos digo, a este deveis temer. Não se vendem cinco pardais por duas moedinhas? No entanto, nenhum deles é esquecido por Deus. Até mesmo os cabelos de vossa cabeça estão todos contados. Não tenhais medo! Vós valeis mais do que muitos pardais.

«Cuidado com o fermento dos fariseus, que é a hipocrisia»
P. Raimondo M. SORGIA Mannai OP 
(San Domenico di Fiesole, Florencia, Italia)

Hoje o Senhor nos convida a refletir sobre um tipo de má levedura que não fermenta o pão, mas sim o engrandece em aparência, deixando-o cru e incapaz de nutrir: Cuidado com o fermento dos fariseus; (Lc 12,1). Chama-se hipocrisia e é somente aparência de bem, máscara feita com farrapos de cores atraentes, mas encobrem vícios e deformidades morais, infecções no espírito e micróbios que sujam o pensamento e, por tanto, a própria existência.

Por isso, Jesus, adverte ter cuidado com esses usurpadores que, ao predicar com maus exemplos e com o brilho de palavras mentirosas, tentam semear ao redor uma infecção. Lembro que um jornalista, brilhante por seu estilo e professor de filosofia, quis afrontar a posição da Igreja sobre a questão do matrimônio entre homossexuais. E, com passo alegre e uma grande quantidade de sofismas enormes como elefantes, tentou contrariar as boas razões que o Magistério expôs em um documento recente. Vemos aqui um fariseu de nossos dias, que depois de ter-se declarado batizado e crente, afastou-se do pensamento da Igreja e do espírito de Cristo, pretendendo passar por mestre, acompanhante e guia dos fieis.

Passando a outro assunto, o Mestre aconselha distinguir entre medo e medo: não tenhais medo dos que matam o corpo e depois não podem fazer mais nada, (Lc 12,4), seriam os perseguidores da idéia cristã, que matam a dezenas de fieis em tempos de caçar homens ou de vez em quando a testemunhas singulares de Jesus Cristo.

Medo absolutamente diverso e motivado é o poder perder o corpo e a alma e, isso está nas mãos do Juiz divino; não que morra a alma (seria uma sorte para o pecador), mas sim que goste de uma amargura que se pode chamar de mortal no sentido de absoluta e interminável. Se escolheres viver bem aqui, não serás enviado às penas eternas. Aqui não podes escolher não morrer, em quanto vives escolhe o não morrer eternamente (Santo Agostinho).

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Primeira Leitura (Rm 4,1-8)



Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos.

Irmãos, 1que vantagem diremos ter obtido Abraão, nosso pai segundo a carne? 2Pois se Abraão se tornou justo em virtude das obras, está aí seu motivo de glória... mas não perante Deus! 3Com efeito, o que diz a Escritura? “Abraão creu em Deus, e isso lhe foi creditado como justiça”. 4Ora, para quem faz um trabalho, o salário não é creditado como um presente gratuito, mas como uma dívida. 5Porém, para a pessoa que, em vez de fazer um trabalho, crê naquele que torna justo o ímpio, a sua fé lhe é creditada como atestado de justiça. 6É assim que Davi declara feliz o homem a quem Deus credita a justiça independentemente das obras: 7“Felizes aqueles cujas transgressões foram remidas e cujos pecados foram perdoados; 8feliz o homem do qual Deus não leva em conta o pecado”.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 31)



— Vós sois para mim proteção e refúgio, eu canto bem alto a vossa salvação.

— Vós sois para mim proteção e refúgio, eu canto bem alto a vossa salvação.



— Feliz o homem que foi perdoado e cuja falta já foi encoberta! Feliz o homem a quem o Senhor não olha mais como sendo culpado, e em cuja alma não há falsidade!

— Eu confessei, afinal, meu pecado, e minha falta vos fiz conhecer. Disse: “eu irei confessar meu pecado!” E perdoastes, Senhor, minha falta”.

— Regozijai-vos, ó justos, em Deus, e no Senhor exultai de alegria! Corações retos, cantai jubilosos!

Dia Litúrgico: Quinta-feira da 28ª semana do Tempo Comum - Evangelho (Lc 11,47-54) - 15.10.2015

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Lc 11,47-54)

Naquele tempo, o Senhor disse:«Ai de vós, porque construís os túmulos dos profetas! No entanto, foram vossos pais que os mataram. Com isso, sois testemunhas e aprovais as ações de vossos pais, pois eles mataram os profetas e vós construís os túmulos. É por isso que a sabedoria de Deus afirmou: Eu lhes enviarei profetas e apóstolos, e a alguns, eles matarão ou perseguirão; por isso se pedirá conta a esta geração do sangue de todos os profetas derramado desde a criação do mundo, desde o sangue de Abel até o sangue de Zacarias, que foi morto entre o altar e o Santuário. Sim, eu vos digo: esta geração terá de prestar conta disso. Ai de vós, doutores da Lei, porque ficastes com a chave da ciência!: vós mesmos não entrastes, e ainda impedistes os que queriam entrar».

Quando Jesus saiu de lá, os escribas e os fariseus começaram a importuná-lo e a provocá-lo em muitos pontos, armando ciladas para apanhá-lo em suas próprias palavras.

«Construís os túmulos dos profetas! No entanto, foram vossos pais que os mataram»
Rev. D. Pedro-José YNARAJA i Díaz 
(El Montanyà, Barcelona, Espanha)

Hoje o Evangelho nos fala do sentido, aceitação e trato dado aos profetas: «Eu lhes enviarei profetas e apóstolos, e a alguns, eles matarão ou perseguirão» (Lc 11,49).

São pessoas de diferente condição social ou religiosa, que tem recebido a mensagem divina e tem se impregnado dela; impulsionadas pelo Espírito, o expressam com signos ou palavras compreensíveis para seu tempo. É uma mensagem transmitida através de discursos, nunca lisonjeiros, ou ações, quase sempre difíceis de aceitar. Uma característica da profecia é sua incomodidade. O dom resulta incômodo para aquele que o recebe, o esfolia internamente e, é molesto para seu entorno, que hoje, graças à Internet ou aos satélites, pode se estender ao mundo todo.

Os contemporâneos do profeta pretendem o condenar ao silêncio, o caluniam, o desacreditam, assim até que morre. Chega então o momento de lhe erigir o sepulcro e, de lhe organizar homenagens, quando já não incomoda. Não faltam atualmente profetas que gozam de fama universal. A Madre Teresa, João XXIII, Monsenhor Romero... Lembramo-nos daquilo que nos reclamavam e nos exigiam? Aplicamos o que nos fizeram ver? A nossa geração se lhe pedirá contas sob a capa de ozônio que destruiu, da desertificação que nossa dilapidação de água causou, mas também do ostracismo que temos reduzido aos nossos profetas

Ainda há pessoas que se reservam para elas o direito de saber em exclusiva, que o compartilham “no melhor dos casos” com os seus, com aqueles que lhe permitem continuar no colo dos seus sucessos e da fama. Pessoas que fecham o passo aos que tentam entrar nos âmbitos do conhecimento, não seja que talvez saibam tanto quanto eles e os ultrapassem: «Ai de vós, doutores da Lei, porque ficastes com a chave da ciência! vós mesmos não entrastes, e ainda impedistes os que queriam entrar».

Agora, como nos tempos de Jesus, muitos analisam frases e estudam textos para desacreditar aos que incomodam com suas palavras: É esse nosso agir? «Não há nada mais perigoso que julgar as coisas de Deus com os discursos humanos» (São João Crisóstomo).

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Primeira Leitura (Rm 3,21-30)


Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos.

Irmãos, 21agora, sem depender do regime da Lei, a justiça de Deus se manifestou, atestada pela Lei e pelos Profetas; 22justiça de Deus essa, que se realiza mediante a fé em Jesus Cristo, para todos os que têm a fé. Pois diante desta justiça não há distinção: 23todos pecaram e estão privados da glória de Deus, 24e a justificação se dá gratuitamente, por sua graça, em virtude da redenção realizada em Jesus Cristo.

25Deus destinou Jesus Cristo a ser, por seu próprio sangue, instrumento de expiação mediante a realidade da fé. Assim Deus mostrou sua justiça em ter deixado sem castigo os pecados cometidos outrora, 26no tempo de sua tolerância. Assim ainda ele demonstra sua justiça no tempo presente, para ser ele mesmo justo, e tornar justo aquele que vive a partir da fé em Jesus.

27Onde estaria, então, o direito de alguém se gloriar? — Foi excluído. Por qual lei? Pela lei das obras? — Absolutamente não, mas, sim, pela lei da fé. 28Com efeito, julgamos que o homem é justificado pela fé, sem a prática da Lei judaica. 29Acaso Deus é só dos judeus? Não é também Deus dos pagãos? Sim, é também Deus dos pagãos. 30Pois Deus é um só.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 129)



— No Senhor se encontra toda graça e copiosa redenção!

— No Senhor se encontra toda graça e copiosa redenção!



— Das profundezas eu clamo a vós, Senhor, escutai a minha voz! Vossos ouvidos estejam bem atentos ao clamor da minha prece!

— Se levardes em conta nossas faltas, quem haverá de subsistir? Mas em vós se encontra o perdão, eu vos temo e em vós espero.

— No Senhor ponho a minha esperança, espero em sua palavra. A minh’alma espera no Senhor mais que o vigia pela aurora.

Dia Litúrgico: Quarta-feira da 28ª semana do Tempo Comum - Evangelho (Lc 11,42-46) - 14.10.2015

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Lc 11,42-46)

Naquele tempo, o Senhor disse: «Ai de vós, fariseus, porque pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as outras ervas, mas deixais de lado a justiça e o amor de Deus. Isto é que deveríeis praticar, sem negligenciar aquilo. Ai de vós, fariseus, porque gostais do primeiro assento nas sinagogas e de serdes cumprimentados nas praças. Ai de vós, porque sois como túmulos que não se vêem, sobre os quais as pessoas andam sem saber». Um doutor da Lei tomou a palavra e disse: «Mestre, falando assim, insultas também a nós!». Jesus respondeu: «Ai de vós igualmente, doutores da Lei, porque carregais as pessoas com fardos insuportáveis, e vós mesmos, nem com um só dedo, não tocais nesses fardos!».

«Isto é que deveríeis praticar, sem negligenciar aquilo»
Rev. D. Joaquim FONT i Gassol 
(Igualada, Barcelona, Espanha)

Hoje o Divino Mestre dá-nos algumas lições: entre elas, fala-nos dos dízimos e também da coerência que devem ter os educadores (pais, mestres e todo cristão apóstolo). No Evangelho segundo São Lucas da Missa de hoje, o ensino aparece de maneira mais sintética, mas nas passagens paralelas de Mateus (23,1ss.) é bastante extenso e concreto. Todo o pensamento do Senhor conclui em que a alma de nossa atividade deve de ser a justiça, a caridade, a misericórdia e a fidelidade (cf. Lc 11,42).

Os dízimos no Antigo Testamento e nossa atual colaboração com a Igreja, segundo as leis e os costumes, vão na mesma linha. Mas dando o valor da lei obrigatória às pequenas coisas—como o faziam os Mestres da Lei— é exagerado e fadigoso: «Ai de vós igualmente, doutores da Lei, porque carregais as pessoas com fardos insuportáveis, e vós mesmos, nem com um só dedo, não tocais nesses fardos!» (Lc 11,46).

É verdade que as pessoas que afinam tem delicadezas de generosidade. Tivemos vivências recentes de pessoas que da colheita trazem para a Igreja —para o culto e para os pobres— 10% (o dízimo); outros que reservam a primeira flor (as primícias), o melhor fruto do seu horto; ou também oferecem a mesma quantia que gastaram na viagem de lazer ou de férias; outros trazem o produto preferido do seu trabalho, tudo isso com o mesmo fim. Adivinha-se ai assimilado, o espírito do Santo Evangelho. O amor é engenhoso; das coisas pequenas obtém alegrias e méritos perante Deus.

O bom pastor passa na frente do rebanho. Os bons pais são modelo: o exemplo arrasta. Os bons educadores esforçam-se em viver as virtudes que ensinam. Isso é a coerência. Não só com um dedo, senão com a mão toda: Vida de Sacrário, devoção à Virgem, pequenos serviços no lar, difundir bom humor cristão... «As almas grandes dão-se conta das pequenas coisas» (São Josemaria).

© evangeli.net M&M Euroeditors 


Primeira Leitura (Rm 2,1-11)



Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos.

1Ó homem, qualquer que sejas, tu que julgas, não tens desculpa; pois, julgando os outros, te condenas a ti mesmo, já que fazes as mesmas coisas, tu que julgas.

2Ora, sabemos que o julgamento de Deus se exerce segundo a verdade contra os que praticam tais coisas. 3Ó homem, tu que julgas os que praticam tais coisas e, no entanto, as fazes também tu, pensas que escaparás ao julgamento de Deus? 4Ou será que desprezas as riquezas de sua bondade, de sua tolerância, de sua longanimidade, não entendendo que a benignidade de Deus é um insistente convite para te converteres?

5Por causa de teu endurecimento no mal e por teu coração impenitente, estás acumulando ira para ti mesmo, no dia da ira, quando se revelará o justo juízo de Deus.

6Deus retribuirá a cada um segundo as suas obras. 7Para aqueles que, perseverando na prática do bem, buscam a glória, a honra e a incorruptibilidade, Deus dará a vida eterna; 8porém, para os que, por espírito de rebeldia, desobedecem à verdade e se submetem à iniquidade, estão reservadas ira e indignação.

9Tribulação e angústia para toda pessoa que faz o mal, primeiro para o judeu, mas também para o grego; 10glória, honra e paz para todo aquele que pratica o bem, primeiro para o judeu, mas também para o grego; 11pois Deus não faz distinção de pessoas.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 61)



— Senhor, pagais a cada um, conforme suas obras.

— Senhor, pagais a cada um, conforme suas obras.



— Só em Deus a minha alma tem repouso, porque dele é que me vem a salvação! Só ele é meu rochedo e salvação, a fortaleza, onde encontro segurança!

— Só em Deus a minha alma tem repouso, porque dele é que me vem a salvação! Só ele é meu rochedo e salvação, a fortaleza, onde encontro segurança!

— Povo todo, esperai sempre no Senhor, e abri diante dele o coração: nosso Deus é um refúgio para nós!