terça-feira, 30 de setembro de 2014

Dia Litúrgico: Quinta-feira da 26ª semana do Tempo Comum - Evangelho (Lc 10,1-12) - 02.10.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Lc 10,1-12)

Naquele tempo, O Senhor escolheu outros setenta e dois e enviou-os, dois a dois, à sua frente, a toda cidade e lugar para onde ele mesmo devia ir. E dizia-lhes: «A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da colheita que mande trabalhadores para sua colheita. Eis que vos envio como cordeiros para o meio de lobos. Não leveis bolsa, nem sacola, nem sandálias, e não vos demoreis para saudar ninguém pelo caminho!.

»Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: A paz esteja nesta casa!. Se ali morar um amigo da paz, a vossa paz repousará sobre ele; senão, ela retornará a vós. Permanecei naquela mesma casa; comei e bebei do que tiverem, porque o trabalhador tem direito a seu salário. Não passeis de casa em casa. Quando entrardes numa cidade e fordes bem recebidos, comei do que vos servirem, curai os doentes que nela houver e dizei: O Reino de Deus está próximo de vós.

»Mas quando entrardes numa cidade e não fordes bem recebidos, saindo pelas ruas, dizei: Até a poeira de vossa cidade que se grudou aos nossos pés, sacudimos contra vós. No entanto, sabei que o Reino de Deus está próximo!. Eu vos digo: naquele dia, Sodoma receberá sentença menos dura do que aquela cidade».

Comentário: Rev. D. Ignasi NAVARRI i Benet (La Seu d'Urgell, Lleida, Espanha)

Pedi (...) ao Senhor da colheita que mande trabalhadores para sua colheita

Hoje Jesus nos fala da missão apostólica. Porém «escolheu outros setenta e dois e enviou-os, dois a dois» (Lc 10,1), a proclamação do Evangelho é uma tarefa «que não pode ser delegada a uns poucos especialistas» João Paulo II: todos estamos chamados a essa tarefa e, todos vamos sentirmos responsáveis dela. Cada um desde seu lugar e condição. O dia do Batismo nos disseram: «Sois Sacerdote, Profeta e Rei para a vida eterna». Hoje mais que nunca, nosso mundo precisa do testemunho dos seguidores de Cristo.

«A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos» (Lc 10,2): É interessante esse sentido positivo da missão, pois o texto não diz: «Há muito para semear e poucos trabalhadores». Tal vez, hoje teríamos que falar desse jeito, pelo grande desconhecimento de Jesus Cristo e sua Igreja em nossa sociedade. Um olhar esperançado da missão gera otimismo e ilusão. Não nos deixemos abater pela desilusão e a desesperança.

No inicio, a missão que nos espera é, ao mesmo tempo, apaixonante e difícil. O anúncio da Verdade e da Vida, nossa missão, não pode nem deve pretender forçar a adesão, pelo contrário, deve suscitar uma livre adesão. As idéias, devem se propor e não impor, nos lembra o Papa.

«Não leveis bolsa, nem sacola, nem sandálias...» (Lc 10,4): a única força do missionário deve ser Cristo. E para que ele encha sua vida, é preciso que o evangelizador se esvazie de tudo aquilo que não é Cristo. A pobreza evangélica é um requisito importante e, ao mesmo tempo, o testemunho mais crível que o apóstolo pode dar, além de que só esse desprendimento nos fará livres.

O missionário anuncia a paz. É portador de paz, porque leva a Cristo, o Príncipe da Paz. Por isso, «Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: A paz esteja nesta casa! Se ali morar um amigo da paz, a vossa paz repousará sobre ele; senão, ela retornará a vós» (Lc 10,5-6). Nosso mundo, nossas famílias, nosso Eu pessoal, têm necessidade de Paz. Nossa missão é urgente e apaixonante.

Fonte evangeli.net M&M Euroeditors |



Primeira Leitura (Êx 23,20-23)

Leitura do Livro do Êxodo.

Assim diz o Senhor: 20“Vou enviar um anjo que vá à tua frente, que te guarde pelo caminho e te conduza ao lugar que te preparei. 21Respeita-o e ouve a sua voz. Não lhe sejas rebelde, porque não suportará as vossas transgressões, e nele está o meu nome. 22Se ouvires a sua voz e fizeres tudo o que eu disser, serei inimigo dos teus inimigos, e adversário dos teus adversários. 23O meu anjo irá à tua frente e te conduzirá à terra dos amorreus, dos hititas, dos ferezeus, dos cananeus, dos heveus e dos jebuseus, e eu os exterminarei”.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório (Sl 90)

— O Senhor deu uma ordem aos seus Anjos, para em todos os caminhos te guardarem.

— O Senhor deu uma ordem aos seus Anjos, para em todos os caminhos te guardarem.

— Quem habita ao abrigo do Altíssimo e vive à sombra do Senhor onipotente, diz ao Senhor: “Sois meu refúgio e proteção, sois o meu Deus, no qual confio inteiramente”.

— Do caçador e do seu laço ele te livra. Ele te salva da palavra que destrói. Com suas asas haverá de proteger-te, com seu escudo e suas armas, defender-te.

— Não temerás terror algum durante a noite, nem a flecha disparada em pleno dia; nem a peste que caminha pelo escuro, nem a desgraça que devasta ao meio-dia.

— Nenhum mal há de chegar perto de ti, nem a desgraça baterá à tua porta; pois o Senhor deu uma ordem a seus Anjos, para em todos os caminhos te guardarem.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Dia Litúrgico: Quarta-feira da 26ª semana do Tempo Comum - Evangelho (Lc 9,57-62) - 01.10.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Lc 9,57-62)

Enquanto estavam a caminho, alguém disse a Jesus: «Eu te seguirei aonde quer que tu vás». Jesus respondeu: «As raposas têm tocas e os pássaros do céu têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça». Então disse a outro: «Segue-me». Este respondeu: «Permite-me primeiro ir enterrar meu pai». Jesus respondeu: «Deixa que os mortos enterrem os seus mortos; mas tu, vai e anuncia o Reino de Deus». Um outro ainda lhe disse: «Eu te seguirei, Senhor, mas deixa-me primeiro despedir-me dos de minha casa». Jesus, porém, respondeu-lhe: «Quem põe a mão no arado e olha para trás, não está apto para o Reino de Deus».

Comentário: Fray Lluc TORCAL Monje del Monastério de Sta. Mª de Poblet (Santa Maria de Poblet, Tarragona, Espanha)

Segue-me

Hoje, o Evangelho invita-nos a reflexionar, com muita claridade e não com menos insistência, sobre o ponto central da nossa fé: o seguimento radical de Jesus. «Eu te seguirei aonde quer que tu vás» (Lc 9,57). Com que simplicidade a expressão que propõe um cambio total da vida de uma pessoa!: «Segue-me» (Lc 9,59). Palavras do Senhor que não admitem desculpas, demoras, condições, nem traições...

A vida cristã é este seguimento radical de Jesus. Radical, não só porque em toda a sua duração quere estar debaixo da guia do Evangelho (porque compreende, portanto, todo o tempo da nossa vida), mas sim -sobretudo- porque todos os seus aspectos -desde os mais extraordinários até aos mais ordinários- querem ser e hão de ser manifestação do Espírito Santo de Jesus Cristo que nos anima. Efetivamente, desde o Batismo, a nossa já não é a vida de uma pessoa qualquer: levamos a vida de Cristo inserida em nós! Pelo Espírito Santo derramado nos nossos corações, já não somos nós que vivemos, senão que é Cristo que vive em nós. Assim é a vida do cristão, é vida cheia de Cristo, ressume Cristo desde as suas raízes mais profundas: esta é a vida somos chamados a viver.

O Senhor, quando veio ao mundo, ainda que «todo o gênero humano tinha o seu lugar, Ele não o teve: não encontrou lugar no meio dos homens (...), só numa manjedoura, no meio do gado e dos animais, e ao lado das pessoas mais simples e inocentes. Por isso disse: As raposas têm tocas e os pássaros do céu têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça» (São Jerônimo). O Senhor encontrará sitio no meio de nós se como João Batista, deixamos que Ele cresça e que nós diminuamos, quer dizer, se deixamos crescer a Aquele que já vive em nós sendo dúcteis e dóceis ao seu Espírito, a fonte de toda humildade e inocência.

Fonte evangeli.net M&M Euroeditors |



Primeira Leitura (Jó 9,1-12.14-16)

Leitura do Livro de Jó.

1Jó respondeu a seus amigos e disse: 2“Sei muito bem que é assim: como poderia o homem ser justo diante de Deus? 3Se quisesse disputar com ele, entre mil razões não haverá uma para rebatê-lo. 4Ele é sábio de coração e poderoso em força; quem poderia enfrentá-lo e ficar ileso? 5Ele desloca as montanhas, sem que elas percebam e as derruba em sua cólera. 6Ele abala a terra em suas bases e suas colunas vacilam. 7Ele manda ao sol que não brilhe e guarda escondidas as estrelas. 8Sozinho desdobra os céus, e caminha sobre as ondas do mar. 9Criou a Ursa e o Órion, as Plêiades e as constelações do Sul. 10Faz prodígios insondáveis, maravilhas sem conta. 11Se passa junto de mim, não o vejo, e quando se afasta, não o percebo. 12Se ele apanha uma presa, quem ousa impedi-lo? Quem pode dizer-lhe: — ‘Que está fazendo?’ 14Quem sou eu para replicar-lhe, e contra ele escolher meus argumentos? 15Ainda que eu tivesse razão, não poderia replicar, e deveria pedir misericórdia ao meu juiz. 16Se eu clamasse e ele me respondesse, não creio que daria atenção à minha voz”.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório (Sl 87)


— Chegue a minha oração até a vossa presença!

— Chegue a minha oração até a vossa presença!

— Clamo a vós, ó Senhor sem cessar, todo o dia, minhas mãos para vós se levantam em prece. Para os mortos, acaso, faríeis milagres? Poderiam as sombras erguer-se e louvar-vos?

— No sepulcro haverá quem vos cante o amor e proclame entre os mortos a vossa verdade? Vossas obras serão conhecidas nas trevas, vossa graça, no reino onde tudo se esquece?

— Quanto a mim, ó Senhor, clamo a vós na aflição, minha prece se eleva até vós desde a aurora. Por que vós, ó Senhor, rejeitais a minh’alma? E por que escondeis vossa face de mim?

domingo, 28 de setembro de 2014

Dia Litúrgico: Terça-feira da 26ª semana do Tempo Comum - Evangelho (Lc 9,51-56) - 30.09.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Lc 9,51-56)

Quando ia se completando o tempo para ser elevado ao céu, Jesus tomou a firme decisão de partir para Jerusalém. Enviou então mensageiros à sua frente, que se puseram a caminho e entraram num povoado de samaritanos, para lhe preparar hospedagem. Mas os samaritanos não o queriam receber, porque mostrava estar indo para Jerusalém. Vendo isso, os discípulos Tiago e João disseram: «Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu, para que os destrua?». Ele, porém, voltou-se e os repreendeu. E partiram para outro povoado».

Comentário: Rev. D. Llucià POU i Sabater (Granada, Espanha)

Voltou-se e os repreendeu

Hoje no Evangelho contemplamos como «Tiago e João disseram: ‘Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu, para que os destrua?’. Ele, porém, voltou-se e os repreendeu. E partirem para outro povoado» (Lc 9,54-55). São defeitos dos Apóstolos, que o Senhor corrige.

Conta a história de um homem que transportava água da Índia, carregava dois cântaros um a cada lado pendurado no extremo de um pau que se apoiava em seus ombros: Um era perfeito, e o outro tinha uma rachadura e perdia água. Este –triste- observava o outro tão perfeito e com vergonha e sentindo-se miserável, disse um dia ao seu amo: sinto muito, que por causa do meu defeito perca metade do meu conteúdo. Ele lhe respondeu: Quando voltarmos para casa repara nas flores que crescem no lado do caminho. E reparou: eram belíssimas flores, mas vendo que continuava a perder água, repetiu: Não sirvo, faço tudo mal. O senhor lhe respondeu: —reparaste que as flores só crescem no teu lado do caminho? Isto porque eu sempre soube que em ti havia uma rachadura, então plantei sementes do teu lado e a cada dia que fazia este trajeto tu regavas as sementes e assim pude recolher estas flores para o altar da Virgem Maria. Sem ti e a tua maneira de ser, não seria possível esta beleza.

Todos, de alguma maneira somos cântaros rachados, mas Deus conhece bem os seus filhos e dá-nos a possibilidade de aproveitar as rachaduras-defeitos para alguma coisa boa. Assim o apóstolo João —que hoje quere destruir—, com a correção do Senhor converte-se no apóstolo do amor nas suas cartas. Não se desanimou com as correções, senão que aproveitou o lado positivo do seu caráter impulsivo —a paixão— para o serviço do amor. Que nós, também sejamos capazes de aproveitar as correções, as contrariedades —sofrimento, fracasso, limitações— para “começar e recomeçar”, tal como São Josemaria definia a santidade: dóceis ao Espírito Santo para convertermos a Deus e sermos seus instrumentos.

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Primeira Leitura (Jó 3,1-3.11-17.20-23)

Leitura do Livro de Jó.

1Jó abriu a boca e amaldiçoou o seu dia,2 dizendo: 3“Maldito o dia em que nasci e a noite em que fui concebido. 11Por que não morri desde o ventre materno, ou não expirei ao sair das entranhas? 12Por que me acolheu um regaço e uns seios me amamentaram? 13Estaria agora deitado e poderia descansar, dormiria e teria repouso, 14com os reis e ministros do país, que construíram para si sepulcros grandiosos; 15ou com os nobres, que amontoaram ouro e prata em seus palácios. 16Ou, então, enterrado como aborto, eu agora não existiria, como crianças que nem chegaram a ver a luz.

17Ali acaba o tumulto dos ímpios, ali repousam os que esgotaram as forças. 20Por que foi dado à luz um infeliz e vida àqueles que têm a alma amargurada? 21Eles desejam a morte que não vem e a buscam mais que um tesouro; 22eles se alegrariam por um túmulo e gozariam ao receberem sepultura.

23Por que, então, foi dado à luz o homem a quem seu próprio caminho está oculto, a quem Deus cercou de todos os lados?”


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório(Sl 87)

— Chegue a minha oração até a vossa presença.

— Chegue a minha oração até a vossa presença.

— A vós clamo, Senhor, sem cessar, todo o dia, e de noite se eleva até vós meu gemido. Chegue a minha oração até a vossa presença, inclinai vosso ouvido a meu triste clamor!

— Saturada de males se encontra a minh’alma, minha vida chegou junto às portas da morte. Sou contado entre aqueles que descem à cova, toda gente me vê como um caso perdido!

— O meu leito já tenho no reino dos mortos, como um homem caído que jaz no sepulcro, de quem mesmo o Senhor se esqueceu para sempre e excluiu por completo de sua atenção.

— Ó Senhor, me pusestes na cova mais funda, nos locais tenebrosos da sombra da morte. Sobre mim cai o peso do vosso furor, vossas ondas enormes me cobrem, me afogam.

sábado, 27 de setembro de 2014

Dia Litúrgico: 29 de Setembro: Os santos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael - Evangelho (Jn 1,47-51) - 29.09.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Jn 1,47-51)

Naquele tempo, Jesus viu Natanael que vinha ao seu encontro e declarou a respeito dele: Este é um verdadeiro israelita, no qual não há falsidade! Natanael disse-lhe: De onde me conheces? Jesus respondeu: Antes que Filipe te chamasse, quando estavas debaixo da figueira, eu te vi. Natanael exclamou: Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel! Jesus lhe respondeu: Estás crendo só porque falei que te vi debaixo da figueira? Verás coisas maiores que estas. E disse-lhe ainda: Em verdade, em verdade, vos digo: vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem.

Comentário: Cardenal Jorge MEJÍA Arquivista e Bibliotecário de la S.R.I. (Città del Vaticano, Vaticano)

Vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem!.

Hoje, na festa dos Santos Arcanjos, Jesus manifesta aos seus Apostoles e a todos, a presença dos seus arcanjos e, a relação que com Ele mantêm. Os anjos estão na glória celestial, onde louvam perenemente ao Filho do homem, que é o Filho de Deus. O rodeiam e estão ao seu serviço.

Subir e descer nos lembra o episódio do sono do Patriarca Jacob, quem dormindo sobre uma pedra durante sua viagem à terra de origem de sua família (Mesopotâmia), enxerga aos anjos que descem e sobem por uma misteriosa escada que une o céu e a terra, enquanto Deus mesmo está de pé junto dele e lhe comunica sua mensagem. Reparemos a relação entre a comunicação divina e a presença ativa dos anjos.

Desse modo, Gabriel, Miguel e Rafael aparecem na Bíblia como presentes nas vicissitudes terrenas e levando aos homens -como nos diz São Gregório Magno- as comunicações, por meio de sua presença e, a suas mesmas ações, que mudam decisivamente nossas vidas. Chamam-se, precisamente arcanjos, príncipes dos anjos, porque são enviados para as missões mais importantes.

Gabriel foi enviado para anunciar a Maria Santíssima a concepção virginal do Filho de Deus, que é o princípio de nossa redenção (cf. Lc 1). Miguel luta contra anjos rebeldes e os expulsa do céu (cf. Ap 12). Nos anuncia, desse modo, o mistério da justiça divina, que também exerceu-se em seus anjos quando rebelaram-se e, dá-nos a segurança de sua vitória e a nossa sobre o mal. Rafael acompanha a Tobias júnior, o defende e, o aconselha e cura finalmente ao pai Tobit (cf. Tob). Por essa via, nos anuncia a presença dos anjos junto a cada uno de nós: o anjo que chamamos da Guarda.

Aprendamos desta celebração dos arcanjos que sobem e descem sobre o Filho do homem, que servem a Deus, mas lhe servem em nosso benefício. Dão glória à Trindade Santíssima e, o fazem também servindo-nos. Em conseqüência, vejamos que devoção lhes devemos e, quanta gratidão ao Pai que os envia para nosso bem.

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Primeira Leitura (Dn 7,9-10.13-14)


Leitura da Profecia de Daniel.

9Eu continuava olhando até que foram colocados uns tronos, e um Ancião de muitos dias aí tomou lugar. Sua veste era branca como neve e os cabelos da cabeça, como lã pura; seu trono eram chamas de fogo, e as rodas do trono, como fogo em brasa. 10Derramava-se aí um rio de fogo que nascia diante dele; serviam-no milhares de milhares, e milhões de milhões assistiam-no ao trono; foi instalado o tribunal e os livros foram abertos. 13Continuei insistindo na visão noturna, e eis que, entre as nuvens do céu, vinha um como filho de homem, aproximando-se do Ancião de muitos dias, e foi conduzido à sua presença. 14Foram-lhe dados poder, glória e realeza e todos os povos, nações e línguas o serviam: seu poder é um poder eterno que não lhe será tirado, e seu reino, um reino que não se dissolverá.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus!

Ou (escolhe-se uma das leituras)

Primeira Leitura(Ap 12,7-12a)


Leitura do Apocalipse de São João.

7Houve uma batalha no céu: Miguel e seus anjos guerrearam contra o Dragão. O Dragão lutou juntamente com os seus anjos, 8mas foi derrotado, e não se encontrou mais o seu lugar no céu. 9E foi expulso o grande Dragão, a antiga Serpente, que é chamado Diabo e Satanás, o sedutor do mundo inteiro. Ele foi expulso para a terra, e os seus anjos foram expulsos com ele. 10Ouvi então uma voz forte no céu, proclamando: “Agora realizou-se a salvação, a força e a realeza do nosso Deus, e o poder do seu Cristo. Porque foi expulso o acusador dos nossos irmãos, aquele que os acusava dia e noite diante do nosso Deus. 11Eles venceram o Dragão pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu próprio testemunho, pois não se apegaram à vida, mesmo diante da morte. 12aPor isso, alegra-te, ó céu, e todos os que viveis nele”.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório(Sl 137)


— Perante os vossos anjos vou cantar-vos, ó Senhor!

— Perante os vossos anjos vou cantar-vos, ó Senhor!

— Ó Senhor, de coração eu vos dou graças, porque ouvistes as palavras dos meus lábios! Perante os vossos anjos vou cantar-vos e ante o vosso templo vou prostrar-me.

— Eu agradeço o vosso amor, vossa verdade, porque fizestes muito mais que prometestes; naquele dia em que gritei, vós me escutastes e aumentastes o vigor da minha alma.

— Os reis de toda a terra hão de louvar-vos, quando ouvirem, ó Senhor, vossa promessa. Hão de cantar vossos caminhos e dirão: “como a glória do Senhor é grandiosa!”

Dia Litúrgico: Tempo Comum, Semana XXVI (A), domingo - Evangelho (Mt 20,28-32) - 28.09.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Mt 20,28-32)

«Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, disse: ‘Filho, vai trabalhar hoje na vinha!’ O filho respondeu: ‘Não quero’. Mas depois mudou de atitude e foi. O pai dirigiu-se ao outro filho e disse a mesma coisa. Este respondeu: ‘Sim, senhor, eu vou’. Mas não foi.

»Qual dos dois fez a vontade do pai?». Os sumos sacerdotes e os anciãos responderam: «O primeiro». Então Jesus lhes disse: «Em verdade vos digo que os publicanos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus. Pois João veio até vós, caminhando na justiça, e não acreditastes nele. Mas os publicanos e as prostitutas creram nele. Vós, porém, mesmo vendo isso, não vos arrependestes, para crer nele».

Comentário: Dr. Josef ARQUER (Berlin, Alemanha)
Qual dos dois fez a vontade do pai?

Hoje, contemplamos o pai dono de uma vinha pedindo aos seus dois filhos: «Filho, vai trabalhar hoje na vinha!» (Mt 21,29). Um diz que “sim” e não vai. O outro diz que “não” e vai. Nenhum dos dois mantém a palavra dada.

Seguramente, o que diz “sim” e fica em casa não pretende enganar o seu pai. Será apenas preguiça, não apenas “preguiça para fazer”, mas também para refletir. O seu lema é: “O que me importa o que disse ontem?”.

O do “não”, sim que se importa com o que disse ontem. Tem remorsos pelo desaire com seu pai. Da dor arranca a valentia de retificar. Corrige a palavra falsa com o fato certo. “Errare, humanum est?”. Sim, mas ainda mais humano —e mais de acordo com a verdade interior gravada em nós— retificar. Mesmo que custe, porque significa humilhar-se, arrasar a soberba e a vaidade. Alguma que outra vez vivemos momentos assim: corrigir uma decisão precipitada, um juízo temerário, uma valorização injusta… Depois um suspiro de alivio: —Obrigado, Senhor!

«Em verdade vos digo que os publicanos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus» (Mt 21,31). S. João Crisóstomo realça a maestria psicológica do Senhor perante os “sumos sacerdotes”: «Não lhes atira à cara diretamente: Porque não acreditastes em João?, Mas pelo contrario confronta-os —o que resulta muito mais pujante— com os publicanos e as prostitutas. Assim os recrimina com a força patente dos fatos, a malícia de um comportamento marcado pelos respeitos humanos e pela vanglória».

Inseridos na cena, provavelmente sentiremos a falta de um terceiro filho, dado às meias tintas, em cujo comportamento nos seria mais fácil reconhecer e pedir desculpa, envergonhados. Inventamo-lo com autorização de Senhor e ouvimo-lo responder ao pai, com voz apagada: `Pode ser que sim pode ser que não…” E há quem diga ter ouvido no final “o mais provável é que, talvez, quem sabe…”.

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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Dia Litúrgico: Sábado XXV do Tempo Comum - Evangelho (Lc 9,43b-45) - 27.09.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Lc 9,43b-45)

Todos se admiravam com tudo o que Jesus fazia, ele disse aos discípulos: «Prestai bem atenção às palavras que vou dizer: o Filho do Homem vai ser entregue às mãos dos homens». Mas eles não compreendiam esta palavra. O sentido lhes ficava oculto, de modo que não podiam entender. E tinham medo de fazer perguntas sobre o assunto.

Comentário: Rev. D. Antoni CAROL i Hostench (Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)

O Filho do Homem vai ser entregue às mãos dos homens

Hoje, depois de mais de dois mil anos, o anúncio da paixão de Jesus continua a nos provocar. Que o Autor da Vida anuncie a sua entrega às mãos daqueles pelos quais veio para dar tudo, é uma provocação, claramente. Poderia dizer-se que não era necessário, que foi uma exageração. Esquecemos, muitas vezes, a dor que abruma o coração de Cristo, o nosso pecado, o mais radical dos males, causa e efeito de situarmos no lugar de Deus. Até mesmo, de não deixar-nos amar por Deus, e de empenhar-nos em ficar dentro de nossas curtas categorias e no imediatismo da vida atual. É muito necessário reconhecer que somos pecadores como também é necessário admitir que Deus nos ama em seu Filho Jesus Cristo. Depois de tudo, somos como os discípulos, «mas eles não compreendiam esta palavra. O sentido lhes ficava oculto, de modo que não podiam entender. E tinham medo de fazer perguntas sobre o assunto» (Lc 9,45).

Para di-lo com uma imagem: podemos encontrar no Céu todos os vícios e pecados, menos a soberbia, já que o soberbo não reconhece nunca o seu pecado e, não se deixa perdoar por um Deus, que ama até o ponto de morrer por nós. E no inferno, poderemos encontrar todas as virtudes, menos a humildade, pois o humilde se reconhece tal como ele é e, sabe muito bem que sem a graça de Deus não pode deixar de ofender-lhe, como tampouco pode corresponder a sua Bondade.

Uma das chaves da sabedoria cristã é reconhecer a grandeza e a imensidade do Amor de Deus e, ao mesmo tempo admitir a nossa pequenez e a vileza do nosso pecado. Somos tão lentos para entender isso! No dia que descubramos que temos o Amor de Deus bem ao nosso alcance, diremos como Santo Agostinho, com lagrimas de Amor: «Tarde te amei, meu Deus!». Esse dia pode ser hoje. Pode ser hoje. Pode ser.

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Primeira Leitura (Ecl 11,9-12,8)

Leitura do Livro do Eclesiastes.

11,9Alegra-te, jovem, na tua adolescência, e que o teu coração repouse no bem nos dias da tua juventude; segue as aspirações do teu coração e os desejos dos teus olhos: fica sabendo, porém, que de tudo isso Deus te pedirá contas. 10Tira a tristeza do teu coração, e afasta a malícia do teu corpo, pois a adolescência e a juventude são vaidade. 12,1Lembra-te do teu Criador nos dias da juventude, antes que venham os dias da desgraça e cheguem os anos dos quais dirás: “Não sinto prazer neles”; — 2antes que se obscureçam o sol, a luz, a lua e as estrelas, e voltem as nuvens depois da chuva; 3quando os guardas da casa começarem a tremer, e se curvarem os homens robustos; quando as poucas mulheres cessarem de moer, e ficarem turvas as vistas das que olham pelas janelas 4e se fecharem as portas que dão para a rua; quando enfraquecer o ruído do moinho, e os homens se levantarem ao canto dos pássaros, e silenciarem as vozes das canções, 5e houver medo das alturas e sobressaltos no caminho, enquanto a amendoeira floresce, o gafanhoto se arrasta e a alcaparra perde o seu gosto, porque o homem se encaminha para a morada eterna, e os que choram já rondam pelas ruas; — 6antes que se rompa o cordão de prata e se despedace a taça de ouro, a jarra se parta na fonte, a roldana se arrebente no poço, — 7antes que volte o pó à terra, de onde veio, e o sopro de vida volte a Deus que o concedeu. 8Vaidade das vaidades, diz o Eclesiastes, tudo é vaidade.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório(Sl 89)

— Ó Senhor, vós fostes sempre um refúgio para nós.

— Ó Senhor, vós fostes sempre um refúgio para nós.

— Vós fazeis voltar ao pó todo mortal, quando dizeis: “Voltai ao pó, filhos de Adão!” Pois mil anos para vós são como ontem, qual vigília de uma noite que passou.

— Eles passam como o sono da manhã, são iguais à erva verde pelos campos: De manhã ela floresce vicejante, mas à tarde é cortada e logo seca.

— Ensinai-nos a contar os nossos dias, e dai ao nosso coração sabedoria! Senhor, voltai-vos! Até quando tardareis? Tende piedade e compaixão de vossos servos!

— Saciai-nos de manhã com vosso amor, e exultaremos de alegria todo o dia! Que a bondade do Senhor e nosso Deus repouse sobre nós e nos conduza! Tornai fecundo, ó Senhor, nosso trabalho.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Dia Litúrgico: Sexta-feira da 25ª semana do Tempo Comum - Evangelho (Lc 9,18-22) - 26.09.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Lc 9,18-22)

Jesus estava orando, a sós, e os discípulos estavam com ele. Então, perguntou-lhes: «Quem dizem as multidões que eu sou?». Eles responderam: «Uns dizem que és João Batista; outros, que és Elias; outros ainda acham que algum dos antigos profetas ressuscitou». Mas Jesus perguntou: «E vós, quem dizeis que eu sou?». Pedro respondeu: «O Cristo de Deus». Mas ele advertiu-os para que não contassem isso a ninguém. E explicou: «É necessário o Filho do Homem sofrer muito e ser rejeitado pelos anciãos, sumos sacerdotes e escribas, ser morto e, no terceiro dia, ressuscitar».

Comentário: Rev. D. Pere OLIVA i March (Sant Feliu de Torelló, Barcelona, Espanha)

Quem dizem as multidões que eu sou?(...) E vós, quem dizeis que eu sou?

Hoje, no Evangelho, há dois interrogantes que o mesmo Maestro formula a todos. O primeiro interrogante pede uma resposta estatística, aproximada: «Quem dizem as multidões que eu sou?» (Lc 9,18). Faz que giremos ao redor e contemplemos como resolvem a questão os outros: os vizinhos, os colegas de trabalho, os amigos, os familiares mais próximos... Olhamos o entorno e sentimo-nos mais ou menos responsáveis ou próximos -depende dos casos- de algumas dessas respostas que formulam quem têm relação conosco e com nosso âmbito, as pessoas... E a resposta diz-nos muito, informa-nos, situa-nos e faz que tomemos consciência daquilo que desejam, precisam, buscam os que vivem ao nosso lado. Ajuda-nos a sintonizar, a descobrir com o outro, um ponto de encontro para ir além...

Há uma segunda interrogação que pede por nós: «E vós, quem dizeis que eu sou?» (Lc 9,20). É uma questão fundamental que chama à porta, que mendiga a cada um de nós: uma adesão ou uma rejeição; uma veneração ou uma indiferença; caminhar com Ele e Nele ou finalizar numa aproximação de simples simpatia... Esta questão é delicada, é determinante porque nos afeta. Que dizem nossos lábios e nossas atitudes? Queremos ser fiéis àquele que é e dá sentido ao nosso ser? Há em nós uma sincera disposição a seguí-lo nos caminhos da vida? Estamos dispostos a acompanhá-lo à Jerusalém da cruz e da glória?

«É um caminho de cruz e ressurreição (...). A cruz é exaltação de Cristo. Disse-o Ele mesmo: Quando seja levantado, atrairei a todos para mim. (...) A cruz, pois, é glória e exaltação de Cristo» (São André de Creta). Dispostos para avançar para Jerusalém? Somente com Ele e Nele, verdade?
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Primeira Leitura(Ecl 3,1-11)

Leitura do Livro do Eclesiastes.

1Tudo tem seu tempo. Há um momento oportuno para tudo o que acontece debaixo do céu. 2Tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de colher a planta. 3Tempo de matar e tempo de salvar; tempo de destruir e tempo de construir. 4Tempo de chorar e tempo de rir; tempo de lamentar e tempo de dançar. 5Tempo de atirar pedras e tempo de as amontoar; tempo de abraçar e tempo de separar. 6Tempo de buscar e tempo de perder; tempo de guardar e tempo de esbanjar. 7Tempo de rasgar e tempo de costurar; tempo de calar e tempo de falar. 8Tempo de amar e tempo de odiar; tempo de guerra e tempo de paz.

9Que proveito tira o trabalhador de seu esforço? 10Observei a tarefa que Deus impôs aos homens, para que nela se ocupassem. 11As coisas que ele fez são todas boas no tempo oportuno. Além disso, ele dispôs que fossem permanentes; no entanto o homem jamais chega a conhecer o princípio e o fim da ação que Deus realiza.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório(Sl 143)

— Bendito seja o Senhor, meu rochedo!

— Bendito seja o Senhor, meu rochedo!

— Bendito seja o Senhor, meu rochedo. Ele é meu amor, meu refúgio, libertador, fortaleza e abrigo. É meu escudo: é nele que espero.

— Que é o homem, Senhor, para vós? Por que dele cuidais tanto assim, e no filho do homem pensais? Como o sopro de vento é o homem, os seus dias são sombra que passa.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Dia Litúrgico: Quinta-feira da 25ª semana do Tempo Comum - Evangelho (Lc 9,7-9) - 25.09.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Lc 9,7-9)

Naquele tempo, o rei Herodes ouviu falar de tudo o que estava acontecendo, e ficou confuso, porque alguns diziam que João Batista tinha ressuscitado dos mortos. Outros diziam que Elias tinha aparecido; outros ainda, que um dos antigos profetas tinha ressuscitado. Então Herodes disse: «Eu mandei cortar a cabeça de João... Quem será esse homem, sobre quem ouço falar estas coisas?». E procurava ver Jesus.

Comentário: Rev. P. Jorge R. BURGOS Rivera SBD (Cataño, Porto Rico)

Procurava ver Jesus

Hoje o texto do Evangelho nos diz que Herodes queria ver Jesus (cf. Lc 9,9). Esse desejo de ver Jesus vem da curiosidade. Falava-se muito de Jesus pelos milagres que ele ia realizando por onde passava. Muitas pessoas falavam dele. A atuação de Jesus trouxe à memória do povo diversas figuras de profetas: Elias, João Batista, etc. Mas, por ser simples curiosidade, esse desejo não transcende. Tal é o fato que quando Herodes vê não lhe causa maior impressão (cf. Lc 23,8-11). Seu desejo se desvanece ao vê-lo cara a cara, porque Jesus se nega a responder suas perguntas. Esse silêncio de Jesus delata Herodes como corrupto e depravado.

Nós, ao igual que Herodes, com certeza sentimos, alguma vez, o desejo de ver Jesus. Mas já não contamos com ele Jesus em carne e osso como nos tempos de Herodes, no entanto contamos com outras presenças de Jesus. Quero ressaltar duas delas.

Em primeiro lugar, a tradição da Igreja fez das quintas-feiras um dia por excelência para ver Jesus na Eucaristia. São muitos os lugares onde hoje está exposto Jesus - Eucaristia. «A adoração eucarística é uma forma essencial de estar com o Senhor. Na sagrada custódia está presente o verdadeiro tesouro, sempre esperando por nós: não está ali por Ele, e sim por nós» (Bento XVI). -Aproxime-se para que lhe deslumbre com sua presença.

Para o segundo caso podemos fazer referência a uma canção popular, que diz: «Conosco está e não o conhecemos». Jesus está presente em tantos e tantos de nossos irmãos que têm sido marginados, que sofrem e não têm ninguém que os queira ver. Na sua encíclica Deus é Amor, diz o Papa Bento XVI: «O amor ao próximo enraizado no amor a Deus é ante tudo uma tarefa para cada fiel, mas é também para toda a comunidade eclesial». Assim, então, Jesus está lhe esperando, com os braços abertos lhe recebe em ambas as situações. Aproxime-se!
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Primeira Leitura(Ecl 1,2-11)

Leitura do Livro do Eclesiastes.

2“Vaidade das vaidades, diz o Eclesiastes, vaidade das vaidades! Tudo é vaidade”. 3Que proveito tira o homem de todo o trabalho com o qual se afadiga debaixo do sol? 4Uma geração passa, outra lhe sucede, enquanto a terra permanece sempre a mesma. 5O sol se levanta, o sol se deita, apressando-se para voltar a seu lugar, donde novamente torna a levantar-se. 6Dirigindo-se para o sul e voltando para o norte, ora para cá, ora para lá, vai soprando o vento, para retomar novamente o seu curso. 7Todos os rios correm para o mar, e contudo o mar não transborda; voltam ao lugar de onde saíram para tornarem a correr. 8Tudo é penoso, difícil para o homem explicar. A vista não se cansa de ver, nem o ouvido se farta de ouvir. 9O que foi será; o que aconteceu, acontecerá: 10não há nada de novo debaixo do sol. Uma coisa da qual se diz: “Eis aqui algo de novo”, também esta já existiu nos séculos que nos precederam. 11Não há memória do que aconteceu no passado, nem também haverá lembrança do que acontecer, entre aqueles que viverão depois.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório(Sl 89)

— Ó Senhor, vós fostes sempre um refúgio para nós.

— Ó Senhor, vós fostes sempre um refúgio para nós.

— Vós fazeis voltar ao pó todo mortal, quando dizeis: “Voltai ao pó, filhos de Adão!” Pois mil anos para vós são como ontem, qual vigília de uma noite que passou.

— Eles passam como o sono da manhã, são iguais à erva verde pelos campos: De manhã ela floresce vicejante, mas à tarde é cortada e logo seca.

— Ensinai-nos a contar os nossos dias, e dai ao nosso coração sabedoria! Senhor, voltai-vos! Até quando tardareis? Tende piedade e compaixão de vossos servos!

— Saciai-nos de manhã com vosso amor, e exultaremos de alegria todo o dia! Que a bondade do Senhor e nosso Deus repouse sobre nós e nos conduza! Tornai fecundo, ó Senhor, nosso trabalho.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Dia Litúrgico: Quarta-feira da 25ª semana do Tempo Comum - Evangelho (Lc 9,1-6) - 24.09.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Lc 9,1-6)

Jesus convocou os Doze e deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios e para curar doenças. Ele os enviou para anunciar o Reino de Deus e curar os enfermos. E disse-lhes: «Não leveis nada pelo caminho: nem cajado, nem sacola, nem pão, nem dinheiro, nem duas túnicas. Na casa onde entrardes, permanecei ali, até partirdes daí. Quanto àqueles que não vos acolherem, ao sairdes daquela cidade, sacudi a poeira dos vossos pés, para que sirva de testemunho contra eles». Os discípulos partiram e percorriam os povoados, anunciando a Boa Nova e fazendo curas por toda parte.

Comentário: Rev. D. Jordi CASTELLET i Sala (Sant Hipòlit de Voltregà, Barcelona, Espanha)

Jesus convocou os Doze e deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios e para curar doenças

Hoje vivemos tempos em que novas doenças mentais alcançam difusões inesperadas, como nunca tinha havido no curso da história. O ritmo de vida atual impõe estresse às pessoas, corrida para consumir e aparentar mais do que o vizinho, tudo isso acompanhado de fortes doses de individualismo, que constroem uma pessoa isolada do resto dos mortais. Essa solidão a que muitos se vêem obrigados por conveniências sociais, pela pressão laboral, por convenções escravizantes, faz com que muitos sucumbiam à depressão, às neuroses, às histerias, às esquizofrenias ou outros desequilíbrios que marcam profundamente o futuro daquela pessoa.

«Reunindo Jesus os Doze apóstolos, deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios, e para curar enfermidades» (Lc 9,1). Transtornos, esses, que podemos identificar no mesmo Evangelho como doenças mentais.

O encontro com Cristo, pessoa completa e realizada, dá um equilíbrio e uma paz capazes de serenar os ânimos e de fazer a pessoa se reencontrar com ela mesma, dando claridade e luz em sua vida, bom para instruir e ensinar, educar os jovens e os idosos e, encaminhar as pessoas pelo caminho da vida, aquela que nunca haverá de murchar-se.

Os Apóstolos «partiram, pois, e percorriam as aldeias, pregando o Evangelho e fazendo curas por toda parte» (Lc 9,6). Essa é também nossa missão: viver e meditar o Evangelho, a mesma palavra de Jesus, a fim de permitir que ela penetre no nosso penetrar interior. Assim, pouco a pouco, poderemos encontrar o caminho a seguir e a liberdade a realizar. Como escreveu João Paulo II, «a paz deve realizar-se na verdade (...); deve realizar-se em liberdade».

Que seja o próprio Jesus Cristo, que nos chamou à fé e à felicidade eterna, quem nos encha de sua esperança e amor, Ele que nos deu uma nova vida e um futuro inesgotável.
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Primeira Leitura(Pr 30,5-9)

Leitura do Livro dos Provérbios.

5A Palavra de Deus é comprovada. Ele é um escudo para os que nele se abrigam. 6Não acrescentes nada às suas palavras, para que ele não te repreenda e passes por mentiroso! 7Duas coisas eu te pedi; não mas recuses, antes de eu morrer: 8afasta de mim a falsidade e a mentira, não me dês pobreza nem riqueza, mas concede-me o pão que me é necessário. 9Não aconteça que, saciado, eu te renegue e diga: “quem é o Senhor?” Ou que, empobrecido, eu me ponha a roubar e profane o nome de meu Deus.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório(Sl 118)

— Vossa palavra é uma luz para os meus passos!

— Vossa palavra é uma luz para os meus passos!

— Afastai-me do caminho da mentira e dai-me a vossa lei quanto um presente!

— A lei de vossa boca, para mim, vale mais do que milhões em ouro e prata.

— É eterna, ó Senhor, vossa palavra, ela é tão firme e estável quanto o céu.

— De todo mau caminho afasto os passos, para que eu siga fielmente as vossas ordens.

— De vossa lei eu recebi inteligência, por isso odeio os caminhos da mentira.

— Eu odeio e detesto a falsidade, porém amo vossas leis e mandamentos!

domingo, 21 de setembro de 2014

Dia Litúrgico: Terça-feira da 25ª semana do Tempo Comum - Evangelho (Lc 8,19-21) - 23.09.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Lc 8,19-21)

Naquele tempo, sua mãe e seus irmãos vieram ter com ele, mas não podiam se aproximar, por causa da multidão. Alguém lhe comunicou: Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem te ver. Ele respondeu: Minha mãe e meus irmãos são estes aqui, que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática.

Comentário: Rev. D. Xavier JAUSET i Clivillé (Lleida, Espanha)

Minha mãe e meus irmãos são estes aqui, que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática

Hoje, lemos uma formosa passagem do Evangelho. Jesus não ofende, de modo algum, a Sua Mãe, já que Ela é a primeira a escutar a Palavra de Deus e dela nasce Aquele que é a Palavra. E, simultaneamente, Ela é a que mais perfeitamente cumpriu a vontade de Deus: Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra (Lc 1,38), responde ao anjo na Anunciação.

Jesus revela-nos de que precisamos, também nós, para chegar a ser seus familiares: Aqueles que ouvem...(Lc 8,21) e, para ouvir é necessário que nos aproximemos, tal como os seus familiares, que chegaram até onde Ele estava, mas não podiam aproximar-se por causa da multidão. Os familiares esforçam-se por se aproximar, seria conveniente que nos perguntássemos se lutamos e procuramos vencer os obstáculos que encontramos na hora de nos aproximarmos da Palavra de Deus. Dedico, todos os dias, uns minutos a ler, escutar e meditar a Sagrada Escritura? S. Tomás de Aquino recorda-nos que: é necessário que meditemos continuamente a Palavra de Deus(...) ; esta meditação ajuda fortemente na luta contra o pecado.

E, finalmente, cumprir a Palavra de Deus. Não basta escutar a Palavra; é necessário cumpri-la, se queremos ser membros da família de Deus. Temos de pôr em prática aquilo que nos diz! Por isso será bom que nos perguntemos se só obedeço quando aquilo que se me pede me agrada ou é relativamente fácil, e, pelo contrário, quando há que renunciar ao bem-estar, ao bom nome, aos bens materiais ou ao tempo disponível para o descanso..., ponho a Palavra entre parêntesis até que cheguem melhores tempos. Peçamos à Virgem Maria que escutemos como Ela e cumpramos a Palavra de Deus para andarmos assim no caminho que conduz à felicidade duradoura.

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Primeira Leitura (Pr 21,1-6.10-13)

Leitura do Livro dos Provérbios.

1O coração do rei nas mãos do Senhor é como água corrente; ele o dirige para onde quer. 2O homem pensa que o seu caminho é sempre reto, mas é o Senhor quem sonda os corações. 3Praticar a justiça e o direito é mais agradável ao Senhor do que os sacrifícios. 4Olhar arrogante e coração orgulhoso, a lâmpada dos malvados não é senão o pecado. 5Os projetos do homem aplicado produzem abundância, mas todos os apressados só alcançam indigência. 6Tesouros adquiridos com língua mentirosa são ilusão passageira dos que procuram a morte. 10A alma do malvado deseja o mal, ele olha sem piedade para o seu próximo. 11Quando se castiga o zombador, aprende o imbecil, e quando o sábio é instruído, ele adquire mais saber. 12O justo observa a casa do ímpio e leva os ímpios à desgraça. 13Quem tapa os ouvidos ao clamor do pobre, também há de clamar, mas não será ouvido.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório (Sl 118, 1.27.30.34.35.44)

— Guiai-me, Senhor, no caminho de vossos preceitos!

— Guiai-me, Senhor, no caminho de vossos preceitos!

— Feliz o homem sem pecado em seu caminho, que na lei do Senhor Deus vai progredindo!

— Fazei-me conhecer vossos caminhos, e então meditarei vossos prodígios!

— Escolhi seguir a trilha da verdade, diante de mim eu coloquei vossos preceitos.

— Dai-me o saber, e cumprirei a vossa lei, e de todo o coração a guardarei.

— Guiai meus passos no caminho que traçastes, pois só nele encontrarei felicidade.

— Cumprirei constantemente a vossa lei, para sempre, eternamente a cumprirei!

Dia Litúrgico: Segunda-feira da 25ª semana do Tempo Comum - Evangelho (Lc 8,16-18) - 22.09.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Lc 8,16-18)

«Ninguém acende uma lâmpada para escondê-la debaixo de uma vasilha ou colocá-la debaixo da cama; ela é posta no candelabro, a fim de que os que entram vejam a claridade. Ora, nada há de escondido que não venha a ser descoberto. Nada há de secreto que não venha a ser conhecido e se tornar público. Olhai, portanto, a maneira como ouvis! Pois a quem tem será dado, e a quem não tem, até aquilo que julga ter lhe será tirado!».

Comentário: Rev. D. Joaquim FONT i Gassol (Igualada, Barcelona, Espanha)
Ela é posta no candelabro, a fim de que os que entram vejam a claridade

Hoje, este Evangelho tão breve é rico em temas que chamam a nossa atenção. Em primeiro lugar, “dar luz”: tudo é evidente aos olhos de Deus! Segundo grande tema: as Graças estão encadeadas, a fidelidade a uma atrai as outras: «Gratia pro Gratia» (Jo 1,16).

Luz para os que entram na Igreja! Desde há séculos, as mães cristãs ensinaram os seus filhos na intimidade, com palavras expressivas, mas sobretudo com a “luz” do seu bom exemplo. Também semearam, com a típica candura popular e evangélica, comprimida em muitos provérbios, plenos de sabedoria e, ao mesmo tempo, de fé. Um deles é o seguinte: «Iluminar e não defumar». São Mateus diz-nos: «…onde ela brilha para todos os que estão em casa. Assim também brilhe a vossa luz diante das pessoas, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus (Mt 5,15-16).

O nosso exame de consciência, no final de cada dia, pode comparar-se ao trabalho do lojista, que verifica a caixa para ver o fruto do seu trabalho. Não começa por perguntar: Quanto perdi? Antes, pelo contrário: Quanto ganhei? E imediatamente: Como poderei ganhar mais amanhã, que posso fazer para melhorar? A revisão do nosso dia acaba com uma acção de graças e, por contraste, com um acto de dor amoroso. Dói-me não ter amado mais, e espero cheio de confiança, começar amanhã o novo dia para agradar mais a Nosso Senhor, que sempre me vê, e me acompanha e me ama tanto. Quero proporcionar mais luz e diminuir o fumo do fogo do meu amor.

Nos serões familiares, os pais e os avós forjaram – e continuam a forjar – a personalidade e a piedade das crianças de hoje e dos homens de amanhã. Vale a pena! É urgente! Maria, Estrela da Manhã, Virgem do amanhecer que precede a Luz do Sol-Jesus, guia-nos e dá-nos a mão. «Oh, Virgem ditosa! É impossível que se perca aquele em quem pões o teu olhar» (Santo Anselmo).

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Primeira Leitura(Pr 3,27-34)

Leitura do Livro dos Provérbios.

Meu filho, 27não recuses um favor a quem dele necessita, se tu podes fazê-lo. 28Não digas ao próximo: “Vai embora, volta amanhã, então te darei”, quando podes dar logo! 29Não trames o mal contra o próximo, quando ele vive contigo cheio de confiança. 30Não abras processo contra alguém sem motivo, se não te fez mal algum! 31Não invejes o homem violento, e não escolhas nenhum de seus caminhos, 32porque o Senhor detesta o perverso, mas reserva sua amizade aos íntegros. 33O Senhor amaldiçoa a casa do ímpio, mas abençoa a morada dos justos. 34Ele zomba dos zombadores, mas concede o seu favor aos humildes.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório(Sl 14)

— O justo habitará no monte santo do Senhor.

— O justo habitará no monte santo do Senhor.

— Aquele que caminha sem pecado e pratica a justiça fielmente; que pensa a verdade no seu íntimo e não solta em calúnias sua língua.

— Que em nada prejudica o seu irmão, nem cobre de insultos seu vizinho; que não dá valor algum ao homem ímpio, mas honra os que respeitam o Senhor.

— Não empresta o seu dinheiro com usura, nem se deixa subornar contra o inocente. Jamais vacilará quem vive assim!

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Dia Litúrgico: Tempo Comum, Semana XXV (A), domingo - Evangelho (Mt 20,1-16) - 21.09.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Mt 20,1-16)

Pois o Reino dos Céus é como o proprietário que saiu de madrugada para contratar trabalhadores para a sua vinha. Combinou com os trabalhadores a diária e os mandou para a vinha. Em plena manhã, saiu de novo, viu outros que estavam na praça, desocupados, e lhes disse: ‘Ide também vós para a minha vinha! Eu pagarei o que for justo’. E eles foram.

»Ao meio-dia e em pleno tarde, ele saiu novamente e fez a mesma coisa. Saindo outra vez pelo fim da tarde, encontrou outros que estavam na praça e lhes disse: ‘Por que estais aí o dia inteiro desocupados? Eles responderam: ‘Porque ninguém nos contratou’. E ele lhes disse: ‘Ide vós também para a minha vinha’.

»Ao anoitecer, o dono da vinha disse ao administrador: ‘Chama os trabalhadores e faze o pagamento, começando pelos últimos até os primeiros! ’ Vieram os que tinham sido contratados no final da tarde, cada qual recebendo a diária. Em seguida vieram os que foram contratados primeiro, pensando que iam receber mais. Porém, cada um deles também recebeu apenas a diária. Ao receberem o pagamento, começaram a murmurar contra o proprietário: ‘Estes últimos trabalharam uma hora só, e tu os igualaste a nós, que suportamos o peso do dia e o calor ardente’. Então, ele respondeu a um deles: ‘Companheiro, não estou sendo injusto contigo. Não combinamos a diária? Toma o que é teu e vai! Eu quero dar a este último o mesmo que dei a ti. Acaso não tenho o direito de fazer o que quero com aquilo que me pertence? Ou estás com inveja porque estou sendo bom?’ Assim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos».

Comentário: Rev. D. Jaume GONZÁLEZ i Padrós (Barcelona, Espanha)

Ou estás com inveja porque estou sendo bom?

Hoje o evangelista continua fazendo a descrição do Reino de Deus conforme ao que Jesus ensina, tal como tem sido proclamado durante estes domingos de verão nas nossas assembleias eucarísticas.

No fundo o relato de hoje, a vinha, imagem profética do povo de Israel no Antigo Testamento, e agora o novo povo de Deus que nasce do lado aberto do Senhor na cruz. A questão: a filiação a este povo, que vem dada por uma chamada pessoal feita a cada um: «Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi» (Jo 15,16), e pela vontade do Pai do céu, de fazer extensiva esta chamada a todos os homens, movido por sua vontade generosa de salvação.

Ressalta, nesta parábola a protesta dos trabalhadores da primeira hora. É a imagem paralela do irmão grande da parábola do filho pródigo. Os que vivem o seu trabalho pelo Reino de Deus (o trabalho na vinha) como uma carga pesada «suportamos o peso do dia e o calor ardente» (Mt 20,12) e não como um privilégio que Deus lhes dispensa; não trabalham desde a alegria filial, senão com o mal humor dos serventes.

Para eles a fé é coisa que ata e escraviza e, caladamente, têm inveja dos que “vivem a vida”, já que concebem a consciência cristã como um freio e não como umas asas que dão vôo divino à vida humana. Pensam que é melhor permanecer desocupados espiritualmente, antes que viver à luz da palavra de Deus. Sentem que a salvação lhe é devida e, são zelosos de ela. Contrasta notavelmente seu espírito mesquinho com a generosidade do Pai, que «o qual deseja que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade» (1Tim 2,4), e por isso chama à sua vinha, «O Senhor é bom para com todos, e sua misericórdia se estende a todas as suas obras» (Sal 144,9).

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Primeira Leitura (Is 55,6-9)


Leitura do Livro do Profeta Isaías:

6Buscai o Senhor, enquanto pode ser achado; invocai-o, enquanto ele está perto.

7Abandone o ímpio seu caminho, e o homem injusto, suas maquinações; volte para o Senhor, que terá piedade dele, volte para nosso Deus, que é generoso no perdão.

8Meus pensamentos não são como os vossos pensamentos, e vossos caminhos não são como os meus caminhos, diz o Senhor.

9Estão meus caminhos tão acima dos vossos caminhos e meus pensamentos acima dos vossos pensamentos, quanto está o céu acima da terra.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório (Sl 144)


— O Senhor está perto da pessoa que o invoca!

— O Senhor está perto da pessoa que o invoca!


— Todos os dias haverei de bendizer-vos,/ hei de louvar o vosso nome para sempre./ Grande é o Senhor e muito digno de louvores,/ e ninguém pode medir sua grandeza.

— Misericórdia e piedade é o Senhor,/ ele é amor, é paciência, é compaixão./ O Senhor é muito bom para com todos,/ sua ternura abraça toda criatura.

— É justo o Senhor em seus caminhos,/ é santo em toda obra que ele faz./ Ele está perto da pessoa que o invoca,/ de todo aquele que o invoca lealmente.



Segunda Leitura (Fl 1,20c-24.27a)


Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses:

Irmãos: 20cCristo vai ser glorificado no meu corpo, seja pela minha vida, seja pela minha morte. 21Pois, para mim, o viver é Cristo e o morrer é lucro.

22Entretanto, se o viver na carne significa que meu trabalho será frutuoso, neste caso, não sei o que escolher.

23Sinto-me atraído para os dois lados: tenho o desejo de partir, para estar com Cristo — o que para mim seria de longe o melhor — 24mas para vós é mais necessário que eu continue minha vida neste mundo. 27aSó uma coisa importa: vivei à altura do Evangelho de Cristo.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Dia Litúrgico: Sábado XXIV do Tempo Comum - Evangelho (Lc 8,4-15) - 20.09.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Lc 8,4-15)

Naquele tempo, ajuntou-se uma grande multidão, e de todas as cidades iam até Jesus. Ele, então, contou uma parábola: «O semeador saiu a semear. Ao semear, uma parte da semente caiu à beira do caminho e foi pisada; e os pássaros do céu a comeram. Outra parte caiu sobre as pedras; brotou, mas secou, por falta de umidade. Outra parte caiu entre os espinhos e, crescendo ao mesmo tempo, os espinhos a sufocaram. Ainda outra parte caiu em terra boa; brotou e deu frutos, até cem por um». Depois de dizer isso, ele exclamou: «Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!».

Seus discípulos faziam perguntas sobre o sentido da parábola. Jesus, então, lhes disse: «A vós foi dado conhecer os mistérios do Reino de Deus. Aos outros, porém, só por meio de parábolas, de modo que, olhando, não enxergam e ouvindo, não entendem.

»A parábola quer dizer o seguinte: a semente é a Palavra de Deus. Os que caem à beira do caminho são os que escutam, mas logo vem o Diabo e arranca a palavra do seu coração, para que não acreditem e não se salvem. Os que ficam sobre as pedras são os que ouvem e acolhem a palavra com alegria, mas não têm raízes. Por um momento, acreditam, mas quando chega a tentação, desistem. Aquilo que caiu entre os espinhos são os que escutam, mas vivendo em meio às preocupações, as riquezas e os prazeres da vida, são sufocados e não chegam a amadurecer. O que caiu em terra boa são aqueles que, ouvindo com um coração bom e generoso, conservam a Palavra e dão fruto pela perseverança».

Comentário: Rev. D. Lluís RAVENTÓS i Artés (Tarragona, Espanha)

O que caiu em terra boa são aqueles que, (...) dão fruto pela perseverança

Hoje, Jesus nos fala de um semeador que «saiu a semear» (Lc 8,5) e aquela semente era precisamente «a Palavra de Deus». Mas «crescendo ao mesmo tempo, os espinhos a sufocaram» (Lc 8,7).

Há uma grande variedade de espinhos. «Aquilo que caiu entre os espinhos são os que escutam, mas vivendo em meio as preocupações, as riquezas e os prazeres da vida, são sufocados e não chegam a amadurecer» (Lc 8,14).

-Senhor, por acaso sou culpável de ter preocupações? Já quisera não tê-las, mas vêm por todas partes! Não entendo por que hão de privar-me da sua Palavra, se não são pecado, nem vicio, nem defeito.

-Por que esquece que Eu sou o seu Pai e deixa-se escravizar por uma manhã que não sabe se chegará!

«Se vivêssemos com mais confiança na Providência divina, seguros -com uma fé firmíssima- dessa proteção diária que nunca nos falta, quantas preocupações ou aflições nos pouparíamos! Desapareceria uma quantidade de quimeras que, na boca de Jesus, são próprias dos pagãos, dos homens mundanos (cf. Lc 12,30), das pessoas que são carentes de sentido sobrenatural (...). Eu quisera gravar a fogo na vossa mente -nos diz São Josemaria- que temos todos os motivos para andar com otimismo nesta terra, com a alma desasida de tudo de tantas coisas que parecem imprescindíveis, já que vosso Pai sabe muito bem o que necessitais! (cf. Lc 12,30), e Ele vos provê de tudo». Disse Davi: «Depõe no Senhor os teus cuidados e, ele te susterá» (Sal 54,23). Assim fez São José quando o Senhor o provou: reflexionou, consultou, orou, tomou uma resolução e deixou tudo nas mãos de Deus. Quando veio o Anjo -comenta Mn. Ballarín-, não quis despertá-lo e falou em sonhos. Em fim, «Eu não devo ter mais preocupações que a tua Glória..., numa palavra, teu Amor» (São Josemaria).
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Primeira Leitura (1Cor 15,35-37.42-49)


Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios.

Irmãos, 35alguém perguntará? Como ressuscitam os mortos? 36Insensato! O que semeias não nasce sem antes morrer. 37E, quando semeias, não semeias o corpo da planta, que há de nascer, mas o simples grão, como o de trigo, ou de alguma outra planta.

42Pois assim será também a ressurreição dos mortos. Semeia-se em corrupção e ressuscita-se em incorrupção. 43Semeia-se em ignomínia, e ressuscita-se em glória. Semeia-se em fraqueza, e ressuscita-se em vigor. 44Semeia-se um corpo animal, e ressuscita-se um corpo espiritual. Se há um corpo animal, há também um espiritual.

45Por isso está escrito: o primeiro homem, Adão, “foi um ser vivo”. O segundo Adão é um espírito vivificante. 46Veio primeiro não o homem espiritual, mas o homem natural; depois é que veio o homem espiritual. 47O primeiro homem, tirado da terra, é terrestre; o segundo homem vem do céu. 48Como foi o homem terrestre, assim também são as pessoas terrestres; e como é o homem celeste, assim também vão ser as pessoas celestes. 49E como já refletimos a imagem do homem terrestre, assim também refletiremos a imagem do homem celeste.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório(Sl 55)


— Na presença do Senhor, andarei na luz da vida!

— Na presença do Senhor, andarei na luz da vida!


— Meus inimigos haverão de recuar em qualquer dia em que eu vos invocar; tenho certeza: o Senhor está comigo.

— Confio em Deus e louvarei sua promessa; é no Senhor que eu confio e nada temo: que poderia contra mim um ser mortal?

— Devo cumprir, ó Deus, os votos que vos fiz, e vos oferto um sacrifício de louvor, porque da morte arrancastes minha vida e não deixastes os meus pés escorregarem, para que eu ande na presença do Senhor, na presença do Senhor na luz da vida.

Dia Litúrgico: Sexta-feira da 24ª semana do Tempo Comum - Evangelho (Lc 8,1-3) - 19.09.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Lc 8,1-3)

Naquele tempo, Jesus percorria cidades e povoados proclamando e anunciando a Boa Nova do Reino de Deus. Os Doze iam com ele, e também algumas mulheres que tinham sido curadas de espíritos maus e de doenças: Maria, chamada Madalena, de quem saíram sete demônios; Joana, mulher de Cuza, alto funcionário de Herodes; Susana, e muitas outras mulheres, que os ajudavam com seus bens.

Comentário: Rev. D. Jordi PASCUAL i Bancells (Salt, Girona, Espanha)

Jesus percorria cidades e povoados proclamando e anunciando a Boa Nova do Reino de Deus

Hoje, vemos no Evangelho o que seria uma jornada cotidiana dos três anos da vida pública de Jesus. São Lucas nos narra-o com poucas palavras: «Jesus percorria cidades e povoados proclamando e anunciando a Boa Nova do Reino de Deus» (Lc 8,1). É o que contemplamos no terceiro mistério de luz do Santo Rosário.

Comentando este mistério diz o Papa João Paulo II: «Mistério de luz é a predicação com a que Jesus anuncia a chegada do Reino de Deus e convida à conversão, perdoando os pecados de quem se aproxima a Ele com fé humilde, iniciando assim o mistério da misericórdia que Ele continuará exercendo até o fim do mundo, especialmente através do sacramento da Reconciliação confiado à Igreja».

Jesus continua passando perto de nós, oferecendo-nos seus bens sobrenaturais: quando fazemos oração, quando lemos e meditamos o Evangelho para conhecê-lo e amá-lo mais e imitar sua vida, quando recebemos algum sacramento, especialmente a Eucaristia e a Penitência, quando dedicamo-nos com esforço e constância ao trabalho de cada dia, quando tratamos com a família, os amigos ou vizinhos, quando ajudamos àquela pessoa necessitada material e espiritualmente, quando descansamos ou nos divertimos... Em todas essas circunstâncias podemos encontrar a Jesus e segui-lo como aqueles doze e aquelas santas mulheres.

Mas, além disso, cada um de nós é chamado por Deus a ser também Jesus que passa, para falar -com nossas obras e nossas palavras- a quem tratamos sobre a fé que enche de sentido a nossa existência, da esperança que nos move a seguir adiante pelos caminhos da vida confiados do Senhor e, da caridade que guia todo nosso agir.

A primeira em seguir Jesus e em ser Jesus é María. Que Ela com seu exemplo e sua intercessão nos ajude!
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Primeira Leitura(1Cor 15,12-20)


Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios.

Irmãos, 12ora, se se prega que Cristo ressuscitou dos mortos, como podem alguns dizer entre vós que não há ressurreição dos mortos? 13Se não há ressurreição dos mortos, então Cristo não ressuscitou. 14E se Cristo não ressuscitou, a nossa pregação é vã e a vossa fé é vã também. 15Nesse caso, nós seríamos testemunhas mentirosas de Deus, porque teríamos atestado — contra Deus — que ele ressuscitou Cristo, quando, de fato, ele não o teria ressuscitado — se é verdade que os mortos não ressuscitam.

16Pois, se os mortos não ressuscitam, então Cristo também não ressuscitou. 17E se Cristo não ressuscitou, a vossa fé não tem nenhum valor e ainda estais nos vossos pecados. 18Então, também os que morreram em Cristo pereceram. 19Se é para esta vida que pusemos a nossa esperança em Cristo, nós somos — de todos os homens — os mais dignos de compaixão. 20Mas, na realidade, Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório(Sl 16)


— Ao despertar, me saciará vossa presença, ó Senhor.

— Ao despertar, me saciará vossa presença, ó Senhor.

— Ó Senhor, ouvi a minha justa causa, escutai-me e atendei o meu clamor! Inclinai o vosso ouvido à minha prece, pois não existe falsidade nos meus lábios!

— Ao despertar, me saciará vossa presença, ó Senhor.

— Eu vos chamo, ó meu Deus, porque me ouvis, inclinai o vosso ouvido e escutai-me! Mostrai-me vosso amor maravilhoso, vós que salvais e libertais do inimigo quem procura a proteção junto de vós.

— Protegei-me qual dos olhos a pupila e guardai-me à proteção de vossas asas. Mas eu verei, justificado, a vossa face e ao despertar me saciará vossa presença.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Dia Litúrgico: Quinta-feira da 24ª semana do Tempo Comum - Evangelho (Lc 7,36-50) - 18.09.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Lc 7,36-50)

Naquele tempo, um fariseu convidou Jesus para jantar. Ele entrou na casa do fariseu e sentou-se à mesa. Uma mulher, pecadora da cidade, soube que Jesus estava à mesa na casa do fariseu e trouxe um frasco de alabastro, cheio de perfume. Ela postou-se atrás, aos pés de Jesus e, chorando, lavou-os com suas lágrimas. Em seguida, enxugou-os com os seus cabelos, beijou-os e os ungiu com o perfume.

Ao ver isso, o fariseu que o tinha convidado comentou: «Se este homem fosse profeta, saberia quem é a mulher que está tocando nele: é uma pecadora!». Então Jesus falou: «Simão, tenho uma coisa para te dizer». Ele respondeu: «Fala, Mestre». «Certo credor», retomou Jesus, «tinha dois devedores. Um lhe devia quinhentas moedas de prata, e o outro cinqüenta. Como não tivessem com que pagar, perdoou a ambos. Qual deles o amará mais?». Simão respondeu: «Aquele ao qual perdoou mais». Jesus lhe disse: «Julgaste corretamente». Voltando-se para a mulher, disse a Simão: «Estás vendo esta mulher? Quando entrei na tua casa, não me ofereceste água para lavar os pés; ela, porém, lavou meus pés com lágrimas e os enxugou com seus cabelos. Não me beijaste; ela, porém, desde que cheguei, não parou de beijar meus pés. Não derramaste óleo na minha cabeça; ela, porém, ungiu meus pés com perfume. Por isso te digo: os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados, pois ela mostrou muito amor. Aquele, porém, a quem menos se perdoa, ama menos».

Em seguida, disse à mulher: «Teus pecados estão perdoados». Os convidados começaram a comentar entre si: «Quem é este que até perdoa pecados?». Jesus, por sua vez, disse à mulher: «Tua fé te salvou. Vai em paz!».

Comentário: Mons. José Ignacio ALEMANY Grau, Bispo Emérito de Chachapoyas (Chachapoyas, Peru)

«Ela postou-se aos pés de Jesus chorando»

Hoje, Simon fariseu, convida para comungar o corpo de Jesus para chamar a atenção das pessoas. Era um ato de vaidade, mas o trato que Jesus deu ao recebê-lo, não correspondeu nem se quer ao mais elementar.

Enquanto ceiam, una pecadora pública faz um grande ato de humildade: «Pondo-se atrás, aos pés de Jesus, começou a chorar e com suas lagrimas lhe molhava os pés e com os cabelos, os secavam, beijava seus pés e os ungia com o perfume» (Lc 7,38).

O fariseu em troca, ao receber Jesus, não lhe deu o beijo de saudação, água para seus pés, toalha para secá-los, nem lhe ungiu a cabeça com azeite. Além disso, o fariseu pensa mal, «Se este fosse profeta, saberia quem e que tipo de mulher é a que está tocando, pois é uma pecadora» (Lc 7,39). De fato, quem não sabia com quem tratava era o fariseu!

O Papa Francisco tem insistido muito na importância de aproximar-se dos enfermos e assim “tocar a carne de Cristo”. Ao canonizar a santa Guadalupe García, Francisco disse: «Renunciar a uma vida cômoda para seguir ao chamado de Jesus amar a pobreza para poder amar mais aos pobres, enfermos e abandonados, para servir-lhes com ternura e compaixão, isto se chama “tocar a carne de Cristo”. “Os pobres, abandonados, enfermos, e os marginais são a carne de Cristo». Jesus tocava os enfermos e se deixava tocar por eles e pelos pecadores.

A pecadora do Evangelho tocou Jesus e Ele estava feliz vendo como se transformava seu coração. Por isso lhe presenteou a paz recompensando sua fé valente. —Tu amigo, te aproximas com amor para tocar a carne de Cristo em tantos que passam junto a ti e de ti necessitam? Si sabes fazê-lo, tua recompensa será a paz com Deus, com os demais e contigo mesmo.

Comentário: Rev. D. Ferran JARABO i Carbonell (Agullana, Girona, Espanha)

Tua fé te salvou. Vai em paz!

Hoje, o Evangelho nos chama a ficar atentos ao perdão que o Senhor nos oferece: «Teus pecados estão perdoados» (Lc 7,48). É preciso que os cristãos nos lembremos de duas coisas: que devemos perdoar sem julgar à pessoa e amar muito porque fomos perdoados gratuitamente por Deus. Gera-se um duplo movimento: o perdão recebido e o perdão amoroso que devemos dar.

«Quando alguém lhe insulte, não lhe jogue a culpa, jogue-a ao demônio que, em todo caso, é quem faz insultar, e descarregue nele toda sua ira; em troca, compadeça ao desgraçado que faz o que o diabo lhe mandar» (São João Crisóstomo). Não se deve julgar à pessoa mas reprovar a má ação. A pessoa é um objeto continuado do amor do Senhor, são as ações que nos distanciam de Deus. Nós, então, devemos estar sempre dispostos a perdoar, acolher e amar á pessoa, mas a rejeitar aquelas ações contrarias ao amor de Deus.

«Quem peca fere a honra de Deus e o seu amor, sua própria dignidade de homem chamado a ser filho de Deus e o bem espiritual da Igreja, da qual cada cristão deve ser pedra viva» (Catecismo da Igreja, n. 1487). Através do Sacramento da Penitência, a pessoa tem a possibilidade e a oportunidade de refazer sua relação com Deus e com toda a Igreja. A resposta ao perdão recebido, só pode ser o amor. A recuperação da graça e a reconciliação nos levará à amar com um amor divinizado. Somos chamados para amar como Deus ama!

Perguntemo-nos hoje, especialmente, se somos conscientes da grandeza do perdão de Deus, se somos aqueles que amam à pessoa e lutam contra o pecado e, finalmente, se acudimos com confiança ao Sacramento da Reconciliação. Tudo o podemos com o auxilio de Deus. Que nossa humilde oração nos ajude.
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Primeira Leitura(1Cor 15,1-11)


Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios.

1Irmãos, quero lembrar-vos o evangelho que vos preguei e que recebestes, e no qual estais firmes. 2Por ele sois salvos, se o estais guardando tal qual ele vos foi pregado por mim. De outro modo teríeis abraçado a fé em vão.

3Com efeito, transmiti-vos, em primeiro lugar, aquilo que eu mesmo tinha recebido, a saber: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras; 4que foi sepultado; que ao terceiro dia, ressuscitou, segundo as Escrituras, 5e que apareceu a Cefas e, depois, aos Doze. 6Mais tarde, apareceu a mais de quinhentos irmãos, de uma vez. Destes, a maioria ainda vive e alguns já morreram. 7Depois, apareceu a Tiago e, depois, apareceu aos apóstolos todos juntos. 8Por último, apareceu também a mim, como a um abortivo.

9Na verdade, eu sou o menor dos apóstolos, nem mereço o nome de apóstolo, porque persegui a Igreja de Deus. 10É pela graça de Deus que eu sou o que sou. Sua graça para comigo não foi estéril: prova é que tenho trabalhado mais do que os outros apóstolos – não propriamente eu, mas a graça de Deus comigo.

11É isso, em resumo, o que eu e eles temos pregado e é isso o que crestes.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório(Sl 117)


— Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom!

— Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom!

— Dai graças ao Senhor porque ele é bom. Eterna é a sua misericórdia. A casa de Israel agora o diga: Eterna é a sua misericórdia.

— A mão direita do Senhor fez maravilhas, a mão direita do Senhor me levantou, a mão direita do Senhor fez maravilhas. Não morrerei, mas ao contrário, viverei para cantar as grandes obras do Senhor!

— Vós sois meu Deus, eu vos bendigo e agradeço. Vós sois meu Deus, eu vos exalto com louvores! 

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Dia Litúrgico: Quarta-feira da 24ª semana do Tempo Comum - Evangelho (Lc 7,31-35) - 17.09.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Lc 7,31-35)

Naquele tempo, disse Jesus: «Com quem, então, vou comparar as pessoas desta geração? Com quem são parecidas? São parecidas com crianças sentadas nas praças, que gritam umas para as outras: Tocamos flauta para vós e não dançastes! Entoamos cantos de luto e não chorastes!. Veio João Batista, que não come, nem bebe vinho, e dizeis: Tem um demônio!. Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizeis: É um comilão e beberrão, amigo de publicanos e de pecadores!. Ora, a sabedoria é reconhecida graças a todos os seus filhos».

Comentário: Rev. D. Xavier SERRA i Permanyer (Sabadell, Barcelona, Espanha)

Com quem, então, vou comparar as pessoas desta geração?

Hoje, Jesus constata a dureza de coração das pessoas de seu tempo, especialmente os fariseus, tão seguros de si mesmos que não há quem os converta. Não se calam nem diante de João Batista, «que não comia pão, nem bebia vinho» (Lc 7,33), e o acusavam de possuir um demônio; tampouco se calam diante do Filho do homem, «que come e bebe», acusando-o de comilão e bêbedo e, «amigo de publicanos e pecadores» (Lc 7,34). Atrás dessas acusações se escondem seu orgulho e arrogância: ninguém lhes vai dar lições; não aceitam a Deus, senão que fazem seu próprio Deus, um Deus que não os mova de suas comodidades, privilégios e interesses.

Nós também temos esse perigo. Quantas vezes criticamos tudo: se a Igreja diz isso, por que diz isso, se diz o contrário... E até mesmo, poderíamos criticar nos referindo a Deus ou aos outros. No fundo, talvez inconscientemente, queremos justificar nossa preguiça e falta de desejo de uma verdadeira conversão, justificar nossa comodidade e falta de docilidade. Disse São Bernardo: «Há algo mais lógico que não ver as próprias chagas, especialmente se as tapou com a finalidade de não poder vê-las? Disso resulta que, ainda que outro as ache, defenda com teimosia que não são chagas, deixando que seu coração se abandone a palavras falsas».

Deixemos que a Palavra de Deus chegue ao nosso coração e nos converta, nos mude, nos transforme com sua força. Mas para isso, peçamos o dom da humildade. Somente o humilde pode aceitar a Deus; e permitir que se aproxime de nós, que como publicanos e pecadores necessitamos que nos cure. Ai daquele que creia que não necessita do médico! O pior para um doente é acreditar-se sadio, porque o mal avançará e nunca será medicado. Todos estamos doentes de morte, e somente Cristo pode nos salvar, sejamos ou não conscientes disso. Demos graças ao Salvador, acolhendo-o como tal!

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Primeira Leitura (1Cor 12,31—13,13)

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios.

Irmãos, 12,31Aspirai aos dons mais elevados. Eu vou ainda mostrar-vos um caminho incomparavelmente superior. 13,1Se eu falasse todas as línguas, as dos homens e as dos anjos, mas não tivesse caridade, eu seria como um bronze que soa ou um címbalo que retine.

2Se eu tivesse o dom da profecia, se conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, se tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, mas se não tivesse caridade, eu não seria nada. 3Se eu gastasse todos os meus bens para sustento dos pobres, se entregasse o meu corpo às chamas, mas não tivesse caridade, isso de nada me serviria.

4A caridade é paciente, é benigna; não é invejosa, não é vaidosa, não se ensoberbece; 5não faz nada de inconveniente, não é interesseira, não se encoleriza, não guarda rancor; 6não se alegra com a iniquidade, mas regozija-se com a verdade. 7Suporta tudo, crê tudo, espera tudo, desculpa tudo. 8A caridade não acabará nunca. As profecias desaparecerão, as línguas cessarão, a ciência desaparecerá. 9Com efeito, o nosso conhecimento é limitado e a nossa profecia é imperfeita.

10Mas, quando vier o que é perfeito, desaparecerá o que é imperfeito. 11Quando eu era criança, falava como criança, raciocinava como criança. Quando me tornei adulto, rejeitei o que era próprio de criança. 12Agora nós vemos num espelho, confusamente, mas, então, veremos face a face. Agora, conheço apenas de modo imperfeito, mas, então, conhecerei como sou conhecido. 13Atualmente permanecem estas três coisas: fé, esperança, caridade. Mas a maior delas é a caridade.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório(Sl 32)


— Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!

— Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!


— Dai graças ao Senhor ao som da harpa, na lira de dez cordas celebrai-o! Cantai para o Senhor um canto novo, com arte sustentai a louvação!

— Pois reta é a palavra do Senhor, e tudo o que ele faz merece fé. Deus ama o direito e a justiça, transborda em toda a terra a sua graça.

— Feliz o povo cujo Deus é o Senhor, e a nação que escolheu por sua herança! Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, da mesma forma que em vós nós esperamos!

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Dia Litúrgico: Terça-Feira da 24ª semana do Tempo Comum - Evangelho (Lc 7,11-17) - 16.09.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Lc 7,11-17)

Naquele tempo, Jesus foi a uma cidade chamada Naim. Os seus discípulos e uma grande multidão iam com ele. Quando chegou à porta da cidade, coincidiu que levavam um morto para enterrar, um filho único, cuja mãe era viúva. Uma grande multidão da cidade a acompanhava. Ao vê-la, o Senhor encheu-se de compaixão por ela e disse: «Não chores!». Aproximando-se, tocou no caixão, e os que o carregavam pararam. Ele ordenou: «Jovem, eu te digo, levanta-te!». O que estava morto sentou-se e começou a falar. E Jesus o entregou à sua mãe. Todos ficaram tomados de temor e glorificavam a Deus dizendo: «Um grande profeta surgiu entre nós», e: «Deus veio visitar o seu povo». Esta notícia se espalhou por toda a Judeia e pela redondeza inteira.

Comentário: + Rev. D. Joan SERRA i Fontanet (Barcelona, Espanha)

Jovem, eu te digo, levanta-te!

Hoje se encontram duas comitivas. Uma comitiva que acompanha à morte e a outra que acompanha à vida. Uma pobre viúva seguida por seus familiares e amigos, levava o seu filho ao cemitério e de repente, vê a multidão que ia com Jesus. As duas comitivas se cruzam e se param, e Jesus lhe diz à mãe que ia enterrar o seu filho: «Não chores» (Lc 7,13). Todos ficam olhando Jesus, que não permanece indiferente a dor e ao sofrimento daquela pobre mãe, mas, pelo contrário, se compadece e lhe devolve a vida ao seu filho. E, é que encontrar a Jesus é encontrar a vida, pois Jesus disse de si mesmo: «Eu sou a ressurreição e a vida» (Jo 11,25). São Bráulio de Saragoça escreve: «A esperança da ressurreição deve-nos confortar, porque voltaremos a ver no céu a quem perdemos aqui».

Com a leitura do fragmento do Evangelho que nos fala da ressurreição do jovem de Naim, poderia salientar a divindade de Jesus e insistir nela, dizendo que somente Deus pode voltar um jovem à vida; mas hoje preferiria salientar a sua humanidade, para não ver Jesus como um ser alheio, como um personagem tão diferente de nós, ou como alguém tão excessivamente importante que não nos inspire a confiança que pode nos inspirar um bom amigo.

Os cristãos devemos saber imitar Jesus. Devemos pedir a Deus a graça de ser Cristo para os demais. Tomara que todo aquele que nos veja, possa contemplar uma imagem viva de Jesus na terra! Quem via São Francisco de Assis, por exemplo, via a imagem viva de Jesus. Os santos são aqueles que levam Jesus nas suas palavras e obras e imitam seu modo de atuar e a sua bondade. A nossa sociedade precisa de santos e você pode ser um deles no seu lugar.

Fonte evangeli.net M&M Euroeditors |



Primeira Leitura (1Cor 12,12-14.27-31a)

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios.

Irmãos, 12como o corpo é um, embora tenha muitos membros, e como todos os membros do corpo, embora sejam muitos, formam um só corpo, assim também acontece com Cristo. 13De fato, todos nós, judeus ou gregos, escravos ou livres, fomos batizados num único Espírito, para formarmos um único corpo, e todos nós bebemos de um único Espírito. 14Com efeito, o corpo não é feito de um membro apenas, mas de muitos membros.

27Vós, todos juntos, sois o corpo de Cristo e, individualmente, sois membros desse corpo. 28E, na Igreja, Deus pôs, em primeiro lugar, os apóstolos; em segundo lugar, os profetas; em terceiro lugar, os que têm o dom e a missão de ensinar; depois, outras pessoas com dons diversos, a saber: dom de milagres, dom de curas, dom para obras de misericórdia, dom de governo e direção, dom de línguas. 29Acaso todos são apóstolos? Todos são profetas? Todos ensinam? Todos realizam milagres? 30Todos têm o dom das curas? Todos falam em línguas? Todos as interpretam? 31aAspirai aos dons mais elevados.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório(Sl 99)

— Nós somos o seu povo e seu rebanho.

— Nós somos o seu povo e seu rebanho.

— Aclamai o Senhor, ó terra inteira, servi ao Senhor com alegria, ide a ele cantando jubilosos!

— Sabei que o Senhor, só ele, é Deus, Ele mesmo nos fez, e somos seus, nós somos seu povo e seu rebanho.

— Entrai por suas portas dando graças, e, em seus átrios com hinos de louvor; dai-lhe graças, seu nome bendizei!

— Sim, é bom o Senhor e nosso Deus, sua bondade perdura para sempre, seu amor é fiel eternamente!