quarta-feira, 16 de julho de 2014

Dia Litúrgico: Quinta-feira da 15ª semana do Tempo Comum - Evangelho (Mt 11,28-30) - 17.07.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Mt 11,28-30):

Naquele tempo, disse Jesus, «vinde a mim, todos vós que estais cansados e carregados de fardos, e eu vos darei descanso. Tomai sobre vós o meu jugo e sede discípulos meus, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para vós. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve».

Comentário: P. Julio César RAMOS González SDB (Mendoza, Argentina)

«Vinde a mim, todos vós que estais cansados (…) e encontrareis descanso para vós»

Hoje, diante um mundo que decidiu lhe dar as costas a Deus, diante um mundo hostil ao cristão e aos cristãos, escutar de Jesus (que é quem nos fala na liturgia ou na leitura pessoal da Palavra), provoca consolo, alegria e esperanças no meio das lutas quotidianas: «Vinde a mim, todos vós que estais cansados (…) e encontrareis descanso para vós» (Mt 11,28).

Consolo, porque estas palavras contem a promessa do alívio que provem do amor de Deus. Alegria, porque fazem que o coração manifeste na vida, a segurança na fé dessa promessa. Esperanças, porque caminhando, num mundo assim de definido contra Deus e nós os que acreditamos em Cristo sabemos que não tudo acaba com um fim, senão que muitos “fins” foram “inícios” de coisas muito melhores, como o mostrou sua própria ressurreição.

Nosso fim, para começo de novidades no amor de Deus, é estar sempre com Cristo. Nossa meta é ir indefectivelmente ao amor de Cristo, “jugo” de uma lei que não se baseia na limitada capacidade dos voluntarismos humanos, senão na eterna vontade salvadora de Deus.

Nesse sentido nos dirá Bento XVI numa de suas Catequeses: «Deus tem uma vontade com e para conosco e, esta deve se converter no que queremos e somos. A essência do céu estriba em que se cumpra sem reservas a vontade de Deus, ou para di-lo em outros termos, onde se cumpre a vontade de Deus há céu. Jesus mesmo é “céu” no sentido mais profundo e verdadeiro da palavra, Nele em quem e através de quem se cumpre totalmente a vontade de Deus. Nossa vontade nos afasta da vontade de Deus e nos transforma em mera “terra”. Mas, Ele nos aceita, nos atrai para Si e, em comunhão com Ele, aprendemos a vontade de Deus» Que assim seja, então.

Comentário: Ir. Lluís SERRA i Llançana (Roma, Italia)

Vinde a mim, todos vós que estais cansados

Hoje, as palavras de Jesús ressoam íntimas e próximas. Somos conscientes que o homem e a mulher contemporâneos sofrem uma enorme pressão psicológica. O mundo gira e dá voltas de tal maneira que não temos tempo nem paz interior suficientes para assimilar estas mudanças. Afastamo-nos frequentemente da simplicidade evangélica e, estamos carregados de normas, compromissos, planejamentos e objetivos. Sentimo-nos abrumados e cansados de lutar sem perceber resultados convincentes. As pesquisas recentes afirmam que a depressão aumenta. O que nos falta para estarmos bem?

Hoje à luz do Evangelho, podemos revisar qual é nossa concepção de Deus. Como vivo e sinto a Deus no meu interior? Que sentimentos me provocam sua presença na minha vida? Jesus oferece sua compreensão quando sentimos o cansaço e temos vontade de repousar: «Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei». (Mt 11,28). Talvez temos lutado para ser perfeitos e no fundo a única coisa que queremos é sentir-nos amados. Em suas palavras encontramos resposta a nossa crise de sentido. Nosso ego joga-nos maus momentos e não nos permite ser tão bons como quiséssemos. Não vemos talvez a luz em determinadas épocas. Santa Juliana de Norwich, mística inglesa do século XIV, entendeu a mensagem de Jesus e escreveu: «Tudo irá bem, todas as coisas irão bem».

A proposta de Jesus —«aprendei de mim» (Mt 11,29)— implica seguir seu estilo de benevolência (querer o bem para todos) e de humildade de coração (virtude que faz referência a tocar de pés a terra e, a que só a Graça Divina nos pode fazer levantar o vôo). Ser discípulo exige aceitar o jugo de Jesus, lembrando que seu jugo é «suave» e seu peso é «leve». Mas eu não sei se estamos convencidos que isso é assim. Viver como pessoa cristã em nosso contexto não é fácil, pois optamos por valores contra a corrente. Não se deixar levar pelo dinheiro, pelo prestígio ou pelo poder exige um esforço. Se o queremos fazer sozinhos, se transformará em uma empresa impossível. Com Jesus tudo é possível e suave.

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Primeira Leitura (Is 26,7-9.12.16-19)


Leitura do Livro do Profeta Isaías.

7O caminho do justo é reto, e tu ainda aplainas a estrada ao justo. 8Sim, no caminho dos teus juízos esperamos em ti, Senhor; para o teu nome e para a tua memória volta-se o nosso desejo. 9Quando vem a noite anseia por ti a minh’alma e com a força do espírito te procuro no meu íntimo. Quando brilharem na terra teus juízos, os habitantes do mundo aprenderão a ser justos.

12Senhor, hás de dar-nos a paz, como nos deste a mão em nossos trabalhos. 16Senhor, eles a ti recorreram na angústia; exageraram na superstição, e veio-lhes o teu castigo. 17Como a mulher grávida, ao aproximar-se o parto geme e chora em suas dores, assim nós, Senhor, em tua presença.

18Concebemos e sofremos dores de parto, e o que geramos foi vento. Não demos à terra frutos de salvação, não fizemos nascer habitantes para o mundo. 19Reviverão os teus mortos e se levantarão também os meus mortos. Despertai, cantai louvores, vós que jazeis no pó! Senhor, é orvalho de luz o teu orvalho, e a terra trará à luz os falecidos.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório (Sl 101)


— O Senhor olhou a terra do alto do céu.

— O Senhor olhou a terra do alto do céu.


— Vós, Senhor, permanecei eternamente, de geração em geração sereis lembrado! Levantai-vos, tende pena de Sião, já é tempo de mostrar misericórdia! Pois vossos servos têm amor aos seus escombros e sentem compaixão de sua ruína.

— As nações respeitarão o vosso nome, e os reis de toda a terra, a vossa glória; quando o Senhor reconstruir Jerusalém e aparecer com gloriosa majestade, ele ouvirá a oração dos oprimidos e não desprezará a sua prece.

— Para as futuras gerações se escreva isto, e um povo novo a ser criado louve a Deus. Ele inclinou-se de seu templo nas alturas, e o Senhor olhou a terra do alto céu, para os gemidos dos cativos escutar e da morte libertar os condenados.


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