quarta-feira, 1 de julho de 2015

Dia Litúrgico: Quinta-feira da 13ª semana do Tempo Comum - Evangelho (Mt 9,1-8) - 02.07.2015

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Mt 9,1-8)

Naquele tempo, entrando num barco, Jesus passou para a outra margem do lago e foi para a sua cidade. Apresentaram-lhe, então, um paralítico, deitado numa maca. Vendo a fé que eles tinham, Jesus disse ao paralítico: «Coragem, filho, teus pecados estão perdoados!». Então alguns escribas pensaram: «Esse homem está blasfemando». Mas Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: «Por que tendes esses maus pensamentos em vossos corações? Que é mais fácil, dizer?: Os teus pecados são perdoados?, ou: Levanta-te e anda? Pois bem, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra poder para perdoar pecados, disse então ao paralítico: 'Levanta-te, pega a tua maca e vai para casa'». O paralítico levantou-se e foi para casa. Vendo isso, a multidão ficou cheia de temor e glorificou a Deus por ter dado tal poder aos seres humanos.

«Levanta-te, pega a tua maca e vai para casa»
Rev. D. Francesc NICOLAU i Pous 
(Barcelona, Espanha)

Hoje encontramos uma das muitas manifestações evangélicas da bondade misericordiosa do Senhor. Todas elas nos mostram aspectos ricos em detalhes. A compaixão misericordiosamente exercida de Jesus vai desde a ressurreição de um morto ou a cura da lepra até perdoar uma mulher pecadora, passando por muitas outras curas de enfermidades e o perdão dos pecadores arrependidos. Perdão esse, expresso em parábolas como a da ovelha desgarrada, da moeda perdida e a do filho pródigo.

O Evangelho de hoje nos dá uma mostra da misericórdia do Salvador em dois aspectos de uma só vez: diante da enfermidade do corpo e da enfermidade da alma. E, considerando que a alma é mais importante, Jesus começa por ela. Sabe que o doente está arrependido de seus pecados, vê a sua fé, e a fé daqueles que o conduzem e diz: «Coragem, filho, teus pecados estão perdoados!» (Mt 9,2).

Por que começa por aí se ninguém Lhe pediu isso? Está claro que Ele lê seus pensamentos e sabe que é precisamente isto o que mais agradecerá aquele paralitico, que provavelmente, ao se ver diante da Santidade de Jesus Cristo, se sentiria confuso e envergonhado de seus próprios pecados, e com certo temor deles serem um impedimento para receber a graça da cura de sua saúde. O Senhor quer tranqüilizá-lo. Não se importa com os maus pensamentos do coração dos escribas, ao contrário, quer mostrar que veio para exercer a misericórdia com os pecadores e agora a quer proclamar.

É que aqueles que estão cegos pelo orgulho, se acham justos e por isto não aceitam a chamada de Jesus; ao contrário, O acolhem todos aqueles que sinceramente se sentem pecadores. Ante estes, Deus se inclina perdoando-os. Como diz Santo Agostinho, «é uma grande miséria o homem orgulhoso, mas é muito maior a misericórdia de Deus humilde». E, neste caso a misericórdia divina vai mais longe: como complemento do perdão, devolve a saúde: «Levanta-te, pega a tua maca e vai para casa» (Mt 9,6). Jesus quer que a felicidade do pecador convertido seja completa.

Nossa confiança nele se há de afirmar. Mas, nos sintamos pecadores, a fim de não nos fecharmos para a graça.

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Primeira Leitura (Gn 22,1-19)



Leitura do Livro do Gênesis.

Naqueles dias, 1Deus pôs Abraão à prova. Chamando-o, disse:

“Abraão!” E ele respondeu: “Aqui estou”. 2E Deus disse: “Toma teu filho único, Isaac, a quem tanto amas, dirige-te à terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre um monte que eu te indicar”.

3Abraão levantou-se bem cedo, selou o jumento, tomou consigo dois dos seus servos e seu filho Isaac. Depois de ter rachado lenha para o holocausto, pôs-se a caminho, para o lugar que Deus lhe havia ordenado. 4No terceiro dia, Abraão, levantando os olhos, viu de longe o lugar. 5Disse, então, aos seus servos: “Esperai aqui com o jumento, enquanto eu e o menino vamos até lá. Depois de adorarmos a Deus, voltaremos a vós”.

6Abraão tomou a lenha para o holocausto e a pôs às costas do seu filho Isaac, enquanto ele levava o fogo e a faca. E os dois continuaram caminhando juntos. 7lsaac disse a Abraão: “Meu pai”. “Que queres, meu filho?”, respondeu ele. E o menino disse:

“Temos o fogo e a lenha, mas onde está a vítima para o holocausto?” 8Abraão respondeu: “Deus providenciará a vítima para o holocausto, meu filho”. E os dois continuaram caminhando juntos.

9Chegados ao lugar indicado por Deus, Abraão ergueu um altar, colocou a lenha em cima, amarrou o filho e o pôs sobre a lenha em cima do altar. 10Depois, estendeu a mão, empunhando a faca para sacrificar o filho. 11E eis que o anjo do Senhor gritou do céu, dizendo: “Abraão! Abraão!” Ele respondeu: “Aqui estou!” 12E o anjo lhe disse: “Não estendas a mão contra teu filho e não lhe faças nenhum mal! Agora sei que temes a Deus, pois não me recusaste teu filho único”. 13Abraão, erguendo os olhos, viu um carneiro preso num espinheiro pelos chifres; foi buscá-lo e ofereceu-o em holocausto no lugar do seu filho. 14Abraão passou a chamar aquele lugar: “O Senhor providenciará”. Donde até hoje se diz: “O monte onde o Senhor providenciará”.

15O anjo do Senhor chamou Abraão, pela segunda vez, do céu, 16e lhe disse: “Juro por mim mesmo — oráculo do Senhor —, uma vez que agiste deste modo e não me recusaste teu filho único, 17eu te abençoarei e tomarei tão numerosa tua descendência como as estrelas do céu e como as areias da praia do mar. Teus descendentes conquistarão as cidades dos inimigos. 18Por tua descendência serão abençoadas todas as nações da terra, porque me obedeceste”. 19Abraão tornou para junto dos seus servos, e, juntos, puseram-se a caminho de Bersabeia, onde Abraão passou a morar.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 114)



— Andarei na presença de Deus, junto a ele, na terra dos vivos.

— Andarei na presença de Deus, junto a ele, na terra dos vivos.



— Eu amo o Senhor, porque ouve o grito da minha oração. Inclinou para mim seu ouvido, no dia em que eu o invoquei.

— Prendiam-me as cordas da morte, apertavam-me os laços do abismo; invadiam-me angústia e tristeza: eu então invoquei o Senhor “Salvai, ó Senhor, minha vida!”

— O Senhor é justiça e bondade, nosso Deus é amor-compaixão. É o Senhor quem defende os humildes: eu estava oprimido, e salvou-me.
— Libertou minha vida da morte, enxugou de meus olhos o pranto e livrou os meus pés do tropeço. Andarei na presença de Deus, junto a ele na terra dos vivos.

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