sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Dia Litúrgico: Tempo Comum, Semana XXIV (A), domingo - Evangelho (Mt 18,21-35) - 14.09.2014

Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho (Mt 18,21-35)

Pedro dirigiu-se a Jesus perguntando: «Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?» Jesus respondeu: «Digo-te, não até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes. O Reino dos Céus é, portanto, como um rei que resolveu ajustar contas com seus servos. Quando começou o ajuste, trouxeram-lhe um que lhe devia uma fortuna inimaginável. Como o servo não tivesse com que pagar, o senhor mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher, os filhos e tudo o que possuía, para pagar a dívida.

»O servo, porém, prostrou-se diante dele pedindo: ‘Tem paciência comigo, e eu te pagarei tudo’. Diante disso, o senhor teve compaixão, soltou o servo e perdoou-lhe a dívida. Ao sair dali, aquele servo encontrou um dos seus companheiros que lhe devia uma quantia irrisória. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves’. O companheiro, caindo aos pés dele, suplicava: ‘Tem paciência comigo, e eu te pagarei’. Mas o servo não quis saber. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que estava devendo.

»Quando viram o que havia acontecido, os outros servos ficaram muito sentidos, procuraram o senhor e lhe contaram tudo. Então o senhor mandou chamar aquele servo e lhe disse: ‘Servo malvado, eu te perdoei toda a tua dívida, porque me suplicaste. Não devias tu também ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti? O senhor se irritou e mandou entregar aquele servo aos carrascos, até que pagasse toda a sua dívida. É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão».

Comentário: Rev. P. Anastasio URQUIZA Fernández MCIU (Monterrey, Mexico)

Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim?

Hoje, no Evangelho, Pedro consulta Jesus sobre um tema muito concreto que continua guardando no coração de muitas pessoas: pergunta pelo limite do perdão. A resposta é que esse limite não existe: «Digo-te, não até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes» (Mt 18,22). Para explicar esta realidade, Jesus utiliza uma parábola. A pergunta do rei centra o tema da parábola: «Não devias tu também ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?» (Mt 18,33).

O perdão é um dom, uma graça que procede do amor e da misericórdia de Deus. Para Jesus, o perdão não tem limites, sempre e quando o arrependimento seja sincero e veraz. Mas exige abrir o coração à conversão, quer dizer, obrar com os outros segundo os critérios de Deus.

O pecado grave afasta-nos de Deus (cf. Catecismo da Igreja Católica n. 1470). O veiculo ordinário para receber o perdão desse pecado grave da parte de Deus é o sacramento da penitência, e o ato do penitente que o coroa é a sua satisfação. As obras próprias que manifestam essa satisfação são o signo do compromisso pessoal —que o cristão assumiu perante Deus— de começar uma existência nova, reparando, na medida do possível, os danos causados ao próximo.

Não pode haver perdão do pecado sem algum tipo de satisfação, cujo fim é: 1. Evitar deslizar-se a outros pecados mais graves; 2. Recusar o pecado (pois as penas satisfatórias são como o feno e tornam o penitente mais cauto e vigilante); 3. Tirar com os atos virtuosos os maus hábitos contraídos pelo mau viver; 4. Assemelhar-nos a Cristo.

Como explicou S. Tomás de Aquino, o homem é devedor perante Deus, tanto pelos benefícios recebidos, como pelos pecados cometidos. Pelos primeiros deve tributar-lhe adoração e ação de graças; e pelo segundo, satisfação. O homem da parábola não esteve disposto a realizar o segundo, pelo que se tornou incapaz de receber o perdão.

Fonte evangeli.net M&M Euroeditors |



Primeira Leitura (Nm 21,4b-9)

Leitura doLivro dos Números:

Naqueles dias, 4bos filhos de Israel partiram do monte Hor, pelo caminho que leva ao mar Vermelho, para contornarem o país de Edom. Durante a viagem o povo começou a impacientar-se, 5e se pôs a falar contra Deus e contra Moisés, dizendo: “Por que nos fizestes sair do Egito para morrermos no deserto? Não há pão, falta água, e já estamos com nojo desse alimento miserável”.

6Então o Senhor mandou contra o povo serpentes venenosas, que os mordiam; e morreu muita gente em Israel. 7O povo foi ter com Moisés e disse: “Pecamos, falando contra o Senhor e contra ti. Roga ao Senhor que afaste de nós as serpentes”.

Moisés intercedeu pelo povo, 8e o Senhor respondeu: “Faze uma serpente de bronze e coloca-a como sinal sobre uma haste; aquele que for mordido e olhar para ela viverá”.

9Moisés fez, pois, uma serpente de bronze e colocou-a como sinal sobre uma haste. Quando alguém era mordido por uma serpente, e olhava para a serpente de bronze, ficava curado.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



Responsório (Sl 77)


— Das obras do Senhor, ó meu povo, não te esqueças!

— Das obras do Senhor, ó meu povo, não te esqueças!


— Escuta, ó meu povo, a minha Lei,/ ouve atento as palavras que eu te digo;/ abrirei a minha boca em parábolas,/ os mistérios do passado lembrarei.

— Quando os feria, eles então o procuravam,/ convertiam-se correndo para ele;/ recordavam que o Senhor é sua rocha/ e que Deus, seu Redentor, é o Deus Altíssimo.

— Mas apenas o honravam com seus lábios/ e mentiam ao Senhor com suas línguas;/ seus corações enganadores eram falsos/ e, infiéis, eles rompiam a Aliança.

— Mas o Senhor, sempre benigno e compassivo,/ não os matava e perdoava seu pecado;/ quantas vezes dominou a sua ira/ e não deu largas à vazão de seu furor.



Segunda Leitura (Fl 2,6-11)


Leitura daCarta de São Paulo aos Filipenses:

6Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, 7mas ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens. Encontrado com aspecto humano, 8humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz.

9Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o Nome que está acima de todo nome.

10Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, 11e toda língua proclame: “Jesus Cristo é o Senhor” — para a glória de Deus Pai.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

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